quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Final de Ano...2010

2010...

Acabando...

E lá se vão mais 365 dias de muitas vidas que embarcaram juntas e não sabem até quando ficarão... quantos mais dias restam...

Importa quantos restarão?

Ainda há muito a se fazer... ainda há muito o que realizar... mas sempre haverá não? nunca será o momento ideal pra dizer adeus...sempre estaremos presos a algo ou alguém... É por isso que é tão difícil dizer adeus...

Mas... Adeus 2010...

Este ano foi um ano bem interessante.

Quando começou 2010 eu estava morta, vazia...era uma pessoa que já não mais sabia se era humana mesmo, ou se havia se tornado robô...

Janeiro passou... o que eu fiz...? nada...

Fevereiro chegou... teve algo que me despertou...o teatro... então eu senti que eu morria de segunda a sexta, acordava no sábado e no domingo e voltava a morrer no restante.

Assim passei praticamente o ano todo. Vivia uma vida grotesca... Me achava a super heroína brasileira... Fazia tudo que eu podia externamente... nossa...e como eu fazia.... mas por dentro, por dentro eu não tinha nada... eu não sabia quem eu era... eu estava completamente perdida. Sabe como era?...acordar 08 da manhã...trabalhar...fazer tudo pelos outros...estudar...chegar em casa a 00!!

Sim, eu fugia de mim... eu fugia desesperadamente da minha dor...

Então, eu comecei a ser despertada de final de semana... o teatro começou a me aquecer por um instante...como seu alguém me sacudisse dizendo: "Ei... Ainda há muito o que viver sabia???"

Então...eu aprendi...

Chegou Julho... depois das férias do teatro... surgiu o PA2-A na minha vida aturbulada... estavámos preparando o Roda Viva para apresentar... e eu me senti excluída da única coisa que estava me fazendo renascer de novo... eu não estava me sentindo integrada...não estavam me permitindo viver a única coisa que ainda me fazia ver uma saída na vida...

Então, eu assisti o Roda Viva ser montado... e eu aprendi, aprendi muito mesmo com isso... aprendi que eu preciso ter voz ativa... que eu preciso acordar pra mim.

Então, em um belo dia, em uma aula de corpo do teatro surgiu o assunto da anti-ginática... Era você perceber seu corpo... perceber-se vc... perceber que o seu corpo é a sua casa e você precisa habitá-la.

E eu me lembro como se fosse ontem, havia uns 2 meses que eu tava sentindo dor nas costas e tava fingindo que estava tudo bem, até que eu fui falar com a moça da anti-ginástica e começamos a falar da minha história, pelas coisas que eu passei... meu... o efeito de escutar cada palavra que eu escondi durante anos de mim, sendo pronunciadas por esta minha boca... foi assustador!

Ela me perguntou: Por que você quer fazer antiginástica?

Eu respondi: Porque eu quero me conectar de novo comigo...quero habitar meu corpo e também porque eu to com muita dor nas costas.

Ela perguntou: Dor nas costas? há quanto tempo?

Eu: Há uns 2 meses... mas eu fingo que não sinto... ai uma hora eu esqueço.

E ela: As coisas que você carregou não foram leves, você precisa permitir que elas passem, você não pode fingir que não as sente, assim como finge que as costas não doem, você tem que ver o que é... você promete que verá?

Eu: Prometo... sim...

No dia seguinte, eu estava trabalhando e no meio de expediente travei... as costas doíam de uma forma espetacular, nunca senti tanta dor na vida. E eu fui ao médico...

Resultado? Licença de praticamente 2 meses do trabalho.

Nessa licença eu dormi, dormi, dormi, dormi, dormi, dormi... e, agora, no finalzinho, quanto estou a 10 dias de voltar pro trabalho comecei a me perceber de novo. A dor passou... às vezes ela dá sinal de vida, quando faço mais do que deveria, mas assim que a percebo eu páro, e ela passa... agradecendo por eu prestar atenção de novo em mim.

2010 foi o ano em que eu mais me descobri. Descobri parte de quem eu sou... descobri que não adianta eu buscar o tempo todo quem eu fui... eu jamais serei aquela menina que era santinha e inocente e que todos adoravam... Eu sou responsável, eu tenho seriedade e eu tenho que agora saber lidar com quem eu me tornei.

Não me tornei porque eu quis, mas porque a vida me pediu mudanças e ou eu mudava... ou eu continuava morta por dentro.

Antes eu achava que se as pessoas não faziam a parte delas, eu precisava fazer a minha e a delas, hoje eu sei que eu preciso fazer a minha parte e, se sobrar energia...eu posso ajudar os outros com as deles, mas não devo tomar isso como responsabilidade minha.

Aprendi que as pessoas podem tentar me aconselhar, mas que elas não podem ditar quem eu sou ou como eu deveria ser.... eu sou qm eu sou, eu sou oq eu aprendi na minha trilha... e elas não podem mais tentar impor seus jeitos a mim. Não vou mais tolerar isso.

Aprendi que estou cansada de tanta mentira, de tanto fingimento, de pessoas que fingem se importar e na verdade estão cagando e andando. Eu me importo... e só vou querer saber de quem se importar também.

Aprendi que as melhores coisas da vida acontecem se você abrir um espaço para que elas aconteçam, senão será sempre tudo cinza e vazio...e você irá sempre reclamar da vida...

Aprendi que é comodidade reclamar da vida... Você quem tem o controle da sua... você qm está no poder sabe?... as coisas acontecem se você fizer elas acontecerem.

Aprendi que muitas das coisas que eu acreditava eram bobagem.

Aprendi que eu não vou me tornar puta se eu simplesmente quiser experimentar o mundo.

Aprendi que eu não posso viver preocupada com o que dizem ou pensam. Eu tenho saber quem eu sou.

Aprendi que uma das melhores coisas da vida é ler. O mundo está nos livros.

Aprendi que eu preciso aprender novamente a escutar os outros, mas não permitir que eles me influenciem, porque os outros tem sempre muito a ensinar.

Reaprendi muitas coisas em 2010. Outras tantas... aprendi... outras... apaguei da mente.

2010 fui uma ressureição. Renasci das cinzas...

Espero 2011 de braços abertos, espero reencontrar-me neste novo ano. Espero descobrir bem mais sobre mim, sobre o mundo...e principalmente sobre os que amo.

Espero que o teatro seja sempre uma das coisas primordiais da minha existência. Porque ele me trouxe de volta a vida...

Que venha 2011... mais aprendizados... mais experiências...e muito, mais muito mais MERDA!

ANd?

Doa a quem doer...
Sintam o que quiserem sentir...
Cansei, cansei de correr, viver em vão...
viver por aqueles que não querem saber...
não se importam, jamais se importarão.

A gente tenta ser uma santa...
A gente tenta ser uma diabinha...
A gente tenta ser diferente...
A gente tenta ser igual...
Mas tem gente pra quem a gente
Jamais será alguém para se ver

Cansei de buscar
Cansei de tentar
Cansei...
Cansei...

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Visita dos anjos



Feche os olhos.

Sinta... os anjos te acariciam o rosto enquanto você está deitado a sonhar.

Eles te acordam, e você vê...uma luz...é a do sol...ela alegra todos os lugares conhecidos...

Eles te põe em pé... ajeitam o seu cabelo... arrumam seus sorrisos, te colocam uma roupa leve... um sapatinho confortável... e te deixam no coração uma música...

E você, começa a sentir as borboletas na barriga...

Eles te põe nas nuvens e você se põe a dançar enquanto percorre o mundo, quem te vê se contagia e se põe a dançar, quem não te vê ao escutar o som é despertado e se põe a dançar e cantar...

E você percorre o mundo... percorre deixando essa alegria contida na sua alma e maior, bem maior do que ela...

Você volta pro quarto... os anjos te acariciam, te põe a deitar e sussuram eu seus ouvidos sobre a beleza da vida... e você está olhando o teto, como se pudesse ver o céu e através dele todas as emoções que sente...

Então você fecha os olhos e se põe novamente a sonhar.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Mundo Estranho

Eu vi daqui, um mundo estranho. As pessoas pareciam perdidas. Distantes umas das outras. Distantes de si mesmas. Elas caminhavam, mas não sabiam para onde. Elas não se olhavam. Quando se cruzavam, atravessavam as ruas, mudavam de calçada, ou simplesmente paravam e não se mexiam. Tinham medo. Era vazias. Não tinham nada, nem a si mesmas.

Pelas esquinas eu achava partes, um coração que batia de saudade. Uma mão que nunca achou uma parceira. Um pulmão que já não tinha mais ar. Uma mente que já não sabia distinguir o real do imaginário. Achava pessoas vivas pensando estar mortas. Achava pessoas que tinham perdido alguém. Achei corpos largados na rua, sem ninguém para ocupá-los.

O curioso é que não achei passos. Todos foram, mas ninguém queria voltar, ou talvez não pensou que se perderia no caminho.

Mas se perderam e, a cada esquina que dobravam, deixavam mais de si, e cada vez eram pedaços maiores, pedaços cruciais para a sobrevivência.

Não os culpo, essa vida é a que estamos aprendendo a caminhar, não somos obrigados a saber como caminhar. Cada um testa os seus passos no decorrer da vida.

O problema é que as pessoas vão, caminham, correrm, dobram as esquinas e tentam percorrer todas as ruas do mundo para dizer: eu vivi. E esquecem a si mesmas pelo caminho. Esquecem os sorrisos, esquecem as lágrimas, fogem da dor, fogem da saudade, esquecem do corpo, esquecem dos sentimentos. Elas querem correr para alcançar tudo... e no final, deixaram tanto de si por ai, que não dá para reaver e quando se está perto de alcançar tudo, explode-se sem nada.

Vocês dobram as esquinas todos os dias... já pensaram no que deixaram, do que não levam mais, do que deixaram de olhar, no que deixaram de perceber, no que já não querem mais sentir?

Vocês já perceberam que se perdem em cada novo passo e, ao pensar que estão ganhando o mundo na verdade estão perdendo mais um pedaço de si mesmos?

Vocês já perceberam?

Percebam.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Luz..

Era tudo silêncio o que havia lá, não havia movimento, não havia mudanças, era tudo pacato...tudo igual.

Um dia, alguém decidiu desafiá-lo e o tocou... tocou o silêncio, e pelo quarto ecoou um berro sufocante de alguém que não queria ser descoberto... O escuro gritou, mas gritou tão alto que pensou ter contido quem o desafiou, mas, mesmo assim não conteve a grandiosidade da luz... porque ela surgiu, alegre, feliz...como uma criança que tinha aprendido a aprontar.

A luz surgiu e se pôs a mostrar aquele ambiente infeliz... aquele lugar frio... nos primeiros momentos a luz iluminou tudo e não sabia para onde olhar, tamanho eram as coisas escondidas e imóveis, com o tempo, a luz começou a aquecer cada objeto daquele canto que um dia fora morte e começou a surgir vida, os objetos começaram a se tornar pessoas, pessoas essas que haviam encontrado, finalmente, um motivo pra respirar.

Você apareceu

Eu não esperava. Não procurava. Na verdade, na verdade mesmo já tinha dúvidas se queria ou não,

Mas você apareceu...

E é sempre assim, não tem como fugir, parece que abre-se apenas uma porta no meio do nosso caminho e ela fica brilhando, linda, amarela e dourada dizendo: Venha, me descubra.

e há como não querer descobrir?

Eu pelo menos não consigo...eu quero, quero descobrir...

Seus sorrisos

Seus choros

Suas alegrias

Suas angústias

Quero descubrir quem você é...quem almeja ser... quem já foi,

Quero saber seus melhores sonhos, aqueles que ainda sonha...aqueles que desistiu de tentar...

Quero descobrir seu silêncio, sentir seu toque, ver sua respiração normal...ofegante...

Quero sentir seus abraços...seus carinhos... e quero te acariciar também.

Quero descobrir seus olhos, ver seu jeito, sentir o seu gosto...

E quem sabe talvez... tirar no seu silêncio os poemas mais belos que ainda não existem palavras para escrever.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Domaram?

Domaram meus sonhos ou em que imaginei que de alguma forma eles deveriam ser domados?

Será que seguraram no tempo meus instintos ou eu que os perdi pelo caminho, esperando que alguém os achasse, que alguém os segurasse?

Quando foi que eu deixei de lado o meu lado selvagem, o meu instito de mulher e passei a ser esse rôbo que às vezes tem dúvidas se é de carne e osso?

Domaram meu espírito? Será que foi por isso que eu me perdi de mim no meio de toda a confusão e no meio de todo o caos?...

Se sim...onde ei de encontrar a minha força vital? como ei de saber quem eu sou...e se eu realmente sou?

Como redomar ou reconquistar o meu eu?...

Quem ei de ser eu afinal?

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Romance

- Vou te pedir pra fechar os olhos... você terá que confiar em mim...

- Mas, porque? pra que?

- porque eu quero te fazer uma surpresa.

- Mas não dá pra ser de olhos abertos?

- Não, não dá, senão você vai ver antes do que eu quero que você veja. Tem que ser tudo perfeito.

- Aiaiai, você e essa mania de perfeição.

- Quando eu faço as coisas para você, quero que elas sejam do jeito que eu sonhei. Quero que toque o seu coração.

- rs... Que lindo.

- Vai fechar os olhos?

- Vou né?

(ela fecha os olhos, eles começam a andar, ele abre a porta do carro, ela senta, ele põe o cinto nela e uma venda em seus olhos. Ele entra no carro, põe o cinto e começa a dirigir)

- Sabe, quando eu olhei para você, pensei...que menina linda. Você tem uns olhos delicados, curiosos, transparentes... e um sorriso... que nossa!

- rs... assim eu fico com vergonha.

- Que que você sentiu quando me conheceu?

- Ah... pensei que você fosse chato, mas aí você começou a me surpreender sabe.? Você tem um jeito carinhoso, me faz sentir bem.

- chato? mas que bom que te surpreendi. Quase todo mundo tem essa primeira impressão de mim. hahaha...

- Ahh... é... rs... é normal, as pessoas acham que eu sou metida...kkk...depois dizem que eu sou totalmente o oposto daquilo que imaginavam. Faz parte.

- É, as pessoas julgam muito precocemente, mas que bom que dão a segunda chance né?

- É... isso é verdade...

- Que bom que você me deu uma segunda chance.

- Depois que te conheci, te daria segundas, terceiras... rs

- rs... Linda!

- E aí...qual a surpresa?

- Aaa... você já vai ver, estamos chegando...

- To curiosaa...

- Eu sei... eu sei... mas sinta o cheiro...sente cheiro do que?

- Uhhn... mata?... árvore?

- Acertou... hahahaha... é um cheiro delicioso não é?

- É, é refrescante né?

- hahaha... é sim.

Depois de alguns minutos.

- Chegamos.

- Oba... (indo com as mãos em direção a venda) posso olhar?

- Ainda não...

- Aiai

- Vem comigo.

(ele pegou ela pela mão e eles foram caminhando devagar... ele sabia exatamente em diração a que... já ela...nem sonhava... no caminho haviam muitas plantinhas que incomodavam, mas de repente ela parou de sentir o incomodo dessas plantas)

- Chegamos. Sente-se - ele a ajudou a sentar - Que que você sente?

- Um vento agradável...refrescante... meu coração a milhão... talvez pela curiosidade.. talvez por imaginar e tentar desvendar a surpresa, talvez por estar perto de você. Escuto som de bichinhos... alguns sei quais são, outros nem sonho... devem ser vaga-lumes, sei la. Bom... estamos no meio de algum floresta, ou campo, ou algo assim... o chão é de terra, dá pra sentir... e no caminho a pé tinha várias árvores pinicando...

- Sabe o que eu sinto?

- O que?

- Sinto que antes de te conhecer eu achava que sabia quem eu era e o que eu queria. Em certas coisas eu estava certo, mas depois de te conhecer, eu percebi que não conheci apenas você... conheci a mim também... e não só isso... conheci um novo sentimento que achei já ter sentido, mas era mero engano.

- Que sentimento?

( ele tirou a venda dela)

- Noooooossa... que lindo

( eles estavão em frente a um lago, nele estava refletido a luz da lua, tinha vinho para beberem, morangos para comerem, não havia ninguém ali, só eles dois...mas também não haveria espaço para mais alguém tamanho era o sentimento)

Ele a olhou bem no fundo dos olhos, tocou o seu delicado rosto e disse:

- O amor.

- e precisava fazer tudo isso pra dizer que me ama?

- Pra dizer não. Mas para te fazer sentir o que eu sinto, talvez precisasse mais.

Então ele a beijou.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Caminho certo?

Tenho sonhos, vontades, anseios. Nem sempre sei se o caminho que sigo é o certo, mas continuo indo em frente, buscando sinais que me mostrem se devo mudar de caminho ou permanecer no mesmo.

Caminho certo.

E quem foi que disse que existe um?

E, quem foi que disse que não existe?

O que é um caminho certo?

Neste caso...é uma metáfora. Não estou dizendo que existe um caminho que é como uma porta, como naqueles programas que existem várias portas e você tem que escolher a que está premiada. Não acredito em caminhos premiados...ou pré destinados.

A intenção é dizer que é um caminho que eu trilhei calcado em minha certeza, que é bem incerta, e por isso eu busco aqueles sinais que menciono que me dirão e dizem se eu devo ou não continuar nele.

Mas, quais são esses sinais?

São sinais de que eu, a cada passou que dou me aproximo e não afasto de mim...porque se me afastar, mudarei de caminho.

são sinais que me mostrem que continuo aprendendo, porque se um dia parar, vou mudar de caminho.

São sinais esses que me mostrem que estou andando com sentido...com intenção... eu sei que não vou achar meu pote premiado... não vou achar o baú de ouro no final do arco-íris, porque no final do caminho há apenas a morte.

Todo o dourado está na travessia...está em colhetarmos dos caminhos que cruzarmos o maior número de carinhos, de aprendizados, de superações, etc... que pudermos.

Uma vez me perguntaram se eu gostaria de viver de certezas. Certeza não faz ninguém viver... não te faz ousar, não te faz correr atrás daquilo que pode ser que aconteça... mas que também pode ser que não.

Eu vivo de incertezas...porque pra começar, eu mesmo sou incerta...eu mudo o tempo todo...mudo de acordo com aquilo que aprendo... então, se eu não sou em momento nenhum certa... porque deveria viver dessa maneira?

Caminhos certos são aqueles que incertamente nos permitimos escolher...mas não para chegar ao final...mas sim para nos desafiarmos durante a travessia.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Me fui

Eu me fui, não deixei pistas, não marquei passos, não levei nada, não fui pega e nem sequestrada. Apenas fui.

Alguns dirão:

- Pobrezinha... ela sumiu...

Mas logo se esquecerão.

Outros vão pensar que fui fraca e vão para sempre dizer que "não me perdoam", como se de algum modo a culpa fosse minha.

Alguns outros irão se culpar:

- Eu não fiz tudo o que podia... Deveria ter feito mais, deveria ter feito melhor, eu deveria ter percebido que ela dizia adeus, mesmo sem falar.

Também terão aqueles que nem notarão que me fui.

Mas eu fui... corri o risco de me arrepender, de errar e pior, de me perder.

Ainda penso em algumas pessoas... e em algumas delas eu gosto de pensar... são pessoas que eu tive que deixar mesmo não querendo, mas que são especiais e se um dia eu voltar, serão a elas que eu vou dizer "Sinto Muito"...se eu sentir.

Outras, eu penso já sem querer... não me satisfaz pensar nelas porque de algum modo, foram elas, por serem de certa forma importantes, que me fizeram tomar essa decisão...é delas que eu fujo... e, se um dia eu voltar, não terei palavras ou presentes, porque nada do que eu poderia trazer seria o suficiente para deixá-las satisfeitas.

Mas, se eu não voltar... se eu não olhar mais para trás... e, mesmo se às vezes em simplismente virar o meu rosto em direção ao caminho que eu trilhei, mesmo que por alguns instantes, verei também que uma parte de mim ficou... não tenho intenção ou interesse de avisá-la pra onde eu vou...nem se eu vou... ela ficou ali e se não veio é porque está presa lá no passado... eu não quero mais buscar meu passado e nem quero viver tentando recuperar essa parte de mim que se prendeu...que se barrou de viver o futuro.

Eu quero seguir em frente... Contruir novos caminhos...com meus pés, mas com novas formas de andar.

O meu passado ficou e pra ele, eu já não quero voltar.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Ele se Foi

Quanto tempo esperou?
E quando o momento enfim chegou
Surpreendentemente ele não quis
Não era o que ele sonhou.

Largou assim como quem acorda de um sonho
Simplesmente saiu andando
Deixou no silêncio todos os caminhos andados
Todos os obstáculos superados.

Caminhou em direção a não se sabe o que,
Só precisava se afastar
O passado ficou
O presente ele escolheu deixar.

Dizem que foi por medo
Dizem que foi por ambição
Mas ele não quer saber o que dizem
Ele só seguiu seu coração.

Ele esperou tanto tempo
Desejou tanto o momento
Mas a realidade não trouxe
O que em sonhos ele tanto desejava.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Desabafo de uma quarta

As pessoas vivem me dizendo o que fazer, como fazer, o que pensar e como pensar. Elas esquecem que eu já tenho 21 anos e, segundo as leis do meu país, já sou maior de idade.

Elas parecem que não percebem que eu cresci, que a minha mente já não é mais nutrida de histórias e fantasias, elas parecem que não perceberam que eu já sei reconhecer o real, que já não creio em contos de fadas ou em papai noel.

Não percebem que eu já sou formada e que estou buscando minhas profissões, minhas razões, meu amores e meus lugares, querem que eu fique para sempre a mercê de seus sonhos e ideais, mas eu agora tenho meus próprios sonhos e ideias e isso acaba contrariando elas.

Então, elas pensam que eu quero ser maior ou melhor e não é isso, eu quero apenas ser eu, apenas ter meu espaço, apenas ter o direito de pensar por minha própria cabeça e escolher no que eu quero acreditar ou não.

Eu não quero mais ser comparada, quando erro ou quando faço algo que elas não concordam, com meu pai (como se ele fosse apenas um exemplo negativo e qualquer coisa que eu faça, segundo a visão delas nesse sentido, eu sou ele ou estou com o espiríto dele nas minhas costas) e também não quero quando acerto ou quando por algum momento sou motivo de orgulho ser comparada a minha mãe (como se ela fosse apenas exemplo do que é correto) eu não quero mais ser comparada.

Eu sou eu quando eu choro, eu sou eu quando eu rio, eu sou eu quando acerto, eu sou eu quando erro, eu sou eu quando ganho, eu sou eu quando perco, eu sou eu. EU SOU EU.

Eu quero simplesmente poder ser eu. Quero poder me superar ao final de cada dia. Quero poder dizer que eu errei quando eu errar, quero poder dizer que eu dei meu melhor quando acertar. Eu quero que me vejam como eu e não como uma extensão de um alguém.

Eu sei e eu entendo que é dificil ver alguém crescer e entender que a pessoa vai andar com os seus pés e que não se vai poder dizer onde pisar, a pessoa vai ter que descobrir por si mesma os caminhos que quer utilizar. E, eu me sinto tão podada de todos os lados, com todo mundo me dizendo como ser, como pensar, como agir, o que esperar que eu acabei perdendo a maior parte das minhas sensações, eu me anulei completamente para fazer com que os outros fossem felizes. No final, eu acabei me perdendo, acabei triste, acabei sozinha no meu espaço cada vez menor.

Eu quero levantar a minha cabeça, quero abrir o meu espaço e escolher os rumos da minha vida. Quero decidir como escolher minhas primeiras, segundas ou terceiras sensações. Não quero mais que me digam como eu devo esperar as coisas. Não quero mais saber.

A única coisa que eu quero é que olhem para mim e saibam e tentem e respeitem quem eu sou. Simplesmente isso. Quem era meu pai....ele foi. Quem é a minha mãe, ela é.

Quem sou eu? Quem eu quiser ser.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Ansiedade

A gente traça um caminho. 6 meses a gente fica nele para que em 3 dias e 6 sessões a gente leve uma mensagem a um público que se dispôs nos assistir. Ruim? de maneira nenhuma. Isso é algo inspirador.

São 6 meses de escolhas, de estudos, de crescimento. Não ache você que é fácil. Não é, você precisa largar seus velhos eu...tem que se entregar a seu personagem, seja ele quem quer que seja. Você precisa encontrar as razões dele, embora nem sempre ele tenha a razão.

Você precisa saber lidar com o seu ego, precisa entender o ego dos outros e respeitar os jeitos de cada um, mas cada um deve entender que um ótimo espetáculo depende de ótimos atores e diretor.

Nem sempre é fácil não ter o papel principal, mas você tem que ser o melhor daquilo que você puder ser. Tudo sempre tem uma razão para acontecer, olhe e aprenda.

Tudo vem na hora certa. Basta estarmos preparados quando as oportunidades vierem.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Ouse...Tente

A vida é agora... a gente sempre acha que vai ter mais uma chance, mais uma oportunidade. Até o dia em que a gente percebe que não somos os mais importantes ou os mais especiais, somos como qualquer outra pessoa deste mundo, com nossos sonhos e ideais. As oportunidades que você não aproveita alguém sempre vai aproveitar. Então a gente só aprende a dar valor quando a gente se arrepende de não ter tomando atitudes, de não ter ditos as palavras, de não ter ousado dar um beijo, um abraço.

A gente só sente falta quando perde. E, quando perde já é tarde pra reconquistar. Mas o passado tá ai, na sua porta, pronto para te lembrar que você não fez o bastante, que você não se entregou à vida como deveria, ou como queria.

Então você vê alguém sorrindo ali, lá onde você poderia estar sorrindo, onde você poderia estar.

A vida é agora. E agora você tem a oportunidade. Não deixe a oportunidade do passado virar uma cobrança... deixe a oportunidade do futuro virar um caminho, um caminho que você ousou tentar.

Histórias de ontem...

Quantos anos fazem que eu te conheço? 4, 4 e meio, 5?... Mas que diferença isso faz? Nenhuma, porque a cada vez que eu falo com você, eu sinto como se fosse aquela primeira. Não importa o que aconteça entre a gente, falar com você me faz sorrir, me faz escrever, compor. Eu me pergunto, por quê?

Talvez tenha sido porque as palavras que eu tanto guardei para te dizer não foram ditas.

Talvez porque aqueles beijos que eu salvei pra você não foram dados.

Talvez porque os sonhos que eu tive com você não foram realizados.

Talvez, Talvez.

Falar com você faz passar um filme na minha mente. O filme começa em uma viagem...em um feriado de janeiro de 2008, a noite, quando brincavámos de gato mia, você era o pegador, e estavamos nos escondendo, então, tanto eu quanto minha amiga nos escondemos no banheiro, mas vc viu e deixou que ela saisse, então, foi em direção a mim e não me deixou fugir, encostou a mão no meu rosto, foi chegando perto... sua boca quase tocou a minha e então você recuou. Mas eu também não avancei. Como eu queria ter avançado.

Depois pula pro bar... naquela despedida... você estava indo pra Europa e eu estava namorando... então você me viu... e, sempre que a gente se via era mágico... o sentimento ficava ali, pairando no ar entre eu e você, então... você me viu e chegou perto... e na hora que eu estava indo embora você me deu um abraço forte, bem apertado e disse eu vou pra Europa, mas eu volto por você. Eu ri... queria que aquelas palavras fossem verdade. E você disse... eu volto por você. Te dei um beijinho e fui... subi na moto do namorado e fui embora, mas levei você no coração.

Quando você voltou da Europa, com um presente pra cada amiga e eu liguei pra agradecer, sua primeira pergunta foi. Bru...você terminou o namoro? E eu não queria dizer que não... eu queria dizer que sim... mas eu fiquei muda... eu não tinha terminado. Então você falou... eu sei que tá namorando ainda... mas ele não é pra você.

Depois disso ainda nos vimos em um bar, aquele dia eu me segurei tanto pra não te beijar. Estavámos dançando e aí paramos e sentamos na caixa de som e começamos a conversar do passado e eu perguntei porque você nunca beijou a nossa amiga e você, como sempre, fugiu perguntando e você, porque nunca beijou nosso amigo? Então eu falei...a, nunca teve nada a ver eu e ele... e você...a nunca teve nada a ver eu e ela... aí eu perguntei...aaa...será? acho que tinha... aí você me olhou e disse... eu não queria beijar ela. Aí eu perguntei... então queria beijar quem... Aí você me olhou... aqueles olhos tocaram meu coração e eu disse...vou ao banheiro. Eu não podia te beijar, eu estava namorando, mas meu Deus como eu queria... a cada encontro, a cada troca de palavras eu queria te beijar.

Eu ainda quero te beijar. Loucura? não sei...talvez... talvez seja por toda essa vontade escondida. Fato é que não importa quanto tempo passe... não importa que caminhamos por caminhos diferentes, importa que quando os nossos caminhos se cruzam a gente sente. A gente ainda sente.

Eu queria de duas, uma. Ou parar de sentir, ou realizar o que só você me fez sentir até hoje.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Cumplicidade

Chove. EU te vejo ali, parado, olhando o horizonte. Imóvel. Caminho até você, as gotas de chuva tocam cada parte do meu corpo, a água é gelada. Chego a você, toco seus ombros, minha mçao escorrega pelos seus braços, toco suas mãos, te abraço. Você começa a soluçar. Passo pra sua frente. Toco seu rosto, Tento secar suas lágrimas, mas elas se misturam com as águas da chuva. Fico olhando pro seu rosto, seus olhos vermelhos e você olha ao longe. Toco seus cabelos. Você fecha os olhos. Te abraço, você me aperta. Sinto, eu sinto a sua dor. Queria poder tirá-la de você, mas não posso e você soluça nos meus ombros e ficamos horas assim. Até que a chuva cede. E o sol vai surgindo e você não me larga, mas a gente vai se abaixo e senta. Você deita sobre meu colo e olha pro céu e eu vejo o céu espelhado no seu olhar, no seu olhar triste, descrente que pede socorro, que pede cuidado.

Toco o seu silêncio, sinto sua alma... Eu sei que é difícil, mas tudo vai passar, sussuro em seu ouvido. Você aperta minha mão no seu coração. Me olha. Toca meu rosto molhado, me abraça forte, me puxa pela mão, me leva pra dentro de casa novamente. Eu tomo banho, você também. Deitamos na cama, no silêncio, e ficamos juntos, sem dizer uma palavra, apenas olhando um ao outro, sentindo um ao outro. Até que lua aparece... as estrelas surgem... elas brilham, elas enchem meu coração e você olha e dá um singelo sorriso, como um desabafo. Você deita entre meus braços, se encolhe em mim e dorme... eu fico te acariciando... enquanto a noite vai ficando cada vez mais escura. Te olho, você tem uma aparência mais calma, mais tranquila. Então eu durmo também.

A distância entre 02 portas.

Está tarde. As minhas malas estão arrumadas. Estavam escondidas. Esperei todos dormirem. São 03 da manhã, estou abrindo meu guarda-roupa, pegando as malas prontas. Deixei elas na sala. Passo no quarto dos meus irmãos. Digo tchau, mas ninguém escuta. Eles estão dormindo. Passo no quarto da minha mãe, com lágrimas nos olhos digo... Até. E novamente silêncio. Tomo um copo de água. Olho pela última vez minha casa. Aquele que eu vivi durante 11 anos. Ela está tão diferente de quando coloquei os pés aqui pela primeira vez. Tanta coisa mudou nesses anos... coisas que me fizeram rir, coisas que me fizeram chorar. Muitas coisas que passei aqui foram necessárias para o meu amadurecimento. Aliás, todas foram. Algumas eu dava tudo pra não ter passado, outras eu dava tudo pra passar de novo. Isso é viver, a gente não tem borracha, não faz ensaio, isso é real.

Então vou para a sala... olho as cadeiras, lembro dos sorrisos, dos almoços na mesa da sala... lembro dos choros, das brigas, das reuniões de família. Vou pra sacada, olho o prédio da frente, lembro dos meus 13 anos, dos meus amigos, meus amores, minhas brigas. Passa o filme da minha vida. Bate a suadade. Mas é hora de partir.

Volto pra sala, pego minhas malas, me encaminho a porta, abro ela, chamo o elevador e enquanto ele sobre eu olhos novamente aquela minha casa. Nossa eu nem lembrava desses quadros na parede, nem lembrava que tinham esses cds. Como a gente passa a vida toda em um lugar e quando está indo percebe que já deixou de ver coisas que estavam na nossa cara? Acho que nos acostumamos. Faz parte.

O elevador chegou. É difícil, dói, mas eu fecho a porta, mas fico um segundos esperando que alguém perceba que estou saindo...que alguém sinta que estou indo...mas ninguém sente. Entro no elevador, desço...e me vou.

Levo grandes lembranças... A família durante um tempo é perfeita... depois a gente passa a questionar as certezas. De certa forma sabemos que ela é fundamental para que sejamos quem somos. Eu devo muito a família que tive. Aprendi muito com ela. Aprendi muito com a minha mãe, com os meus irmãos, com o meu pai e até com o meu padrato, mas chega um momento em que passamos a ser aquele quadro na parede, deixamos de ser vistos como parte integrante da casa, já não nos percebem, só percebem quando precisam que façamos alguma coisa.

Esquecem de nos olhar. Esquecem de ver se estamos bem, se estamos felizes. Isso passa a fazer parte unica e exclusivamente de você mesmo e esse é o sinal de que você precisa criar o seu próprio ninho. Precisa encontrar alguém que te veja como par e não como aquele velho tapete que ninguém mais lembra a cor.

Ir embora é sempre dificil, começar de novo é sempre doído, mas fazer isso enquanto ninguém vê é uma forma de não vermos o quanto os outros também sentem. Pode demorar 1 dia, 2 ou 100, mas em algum momento eles vão notar a falta do quadro. Pode ser que substituam... pode ser que deixem aquele buraco.

Cheguei... abri a porta...ascendi a luz... deixei minhas malas na sala...fui pro meu quarto e dormi... amanhã vou acordar e descobrir meu novo espaço, meu novo eu...

Não digo adeus pro passado... Porque o passado de certa forma é presente... a família sempre estará ao meu lado...e eu ao lado dela... mas é hora de criar a minha própria família. Doido... Dificil...Prazeroso.

Boa noite.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Brizando total

Estou saindo do meu prédio. Olhando o lugar onde moro por fora, ele tem muitas proteções. Parece um presídio chique, pintado de vermelho e branco e com grades pretas.

A rua é silenciosa. Está molhada. A noite está fria.

Eu estou de shorts preto, meias brancas e casaco preto também.

Sinto meus pés criarem um caminho nesta rua molhada, mas, ao olhar para trás, não vejo e não deixo pegadas. Ando sempre em frente buscando... não sei o que.

Atravesso ruas, todas estão do mesmo jeito. Todas as casas tem as mesmas proteções. O que difere são as cores que elas tem.

Chego a uma avenida. Há luz. Há som. Há carros. Pessoas me olham esquisito, como se me julgasse. Por que me julgam? Me consideram diferente. Mas por quê? Temos o mesmo casco. Temos o mesmo sangue. Temos a mesma forma. Mas elas tem medo de mim. Dizem que eu sou suja. Não! EU tenho minha meia branca, limpa. Não, eu não tenho, ela agora está suja. Ela coletou sujeira durante todo o trajeto. Mas eu tenho casa. Mas eu não deixei marcas. Eu não sei voltar. Eu só sei seguir. Eles só sabem me questionar, me criticar, me julgar. Julguem... continuem julgando... tirem seus sapatos e caminhem com suas meias brancas. O que vocês verão? elas também colhetarão sujeiras. Há muita imundice nas ruas do mundo. Há sim. Mas vivemos protegidos, achando que nunca chegará aos nossos pés. Sempre chega... um dia você julga e no outro você é julgado... e no outro você julga... até que a noite cede... a luz reaparece e você anda reconhecendo o lugar e chega ao seu prédio prisão vermelho e branco e com proteções pretas...

Aí, qual a primeira coisa que você faz? você tira a suas meias e põe para lavar. Elas ficam limpas e brilhantes e você esquece toda aquela imundice. Você pode esquecer. Você está protegido. Você tem a oportunidade. Um dia...pode ser que não haja mais como lavar as meias... e aí, teremos que enfrentar a realidade.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Ele se foi

Ontem ele se foi, partiu, ninguém soube, ninguém além de mim sentiu. Doeu, como quando alguém arranca um pedaço de nós, eu perdi grande parte dos meu sorrisos, perdi grande parte da minha inocência, ganhei uma enorme responsabilidade e precisei ser forte.

Forte. Era tudo o que eu queria ser, e eu tento, eu escondo as lágrimas, eu aparto as brigas, eu tento ter coerência, mas meu corpo clama cuidado, meu corpo pede socorro e eu adoeço e mesmo assim não percebo como eu sou fraca, como eu preciso de cuidado.

Cuidado. Todos querem que alguém cuide deles, querem que mostrem o quanto são importantes e únicos. Ninguém cuida de si mesmo, ninguém se mostra o quanto é importante, o quanto é único.

Único. Ele era único. Agora ele continua sendo, mas longe de mim... aquilo que dele eu sabia foi enterrado, com algumas poucas flores de importância em cima. Aquilo que eu não conhecia subiu... foi além daqui, foi percorrer novos rumos, conhecer novas essências. Pode ser que ele ainda olhe aqui, pode ser que eu queira acreditar nisso, mas no que acreditar? Daqui pouco tempo sou eu quem me vou. Quem irá perceber? Será que alguém vai sentir? E daí?

E daí?... E daí que eu já não quero mais saber o que pensam ou que acham. Eu aprendi que poucos são amigos. Poucos deixarão flores, assim como poucos estiveram ao seu lado.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Com fome

Com fome, mas não de comida. Com fome de afeto. Com fome de paz. Com fome de amor.

Há tempos promessas foram feitas. Algumas cumpridas, outras mudadas.

Há alguns dias palavras foram ditas e corações foram partidos, machucados fizeram a alma.

Mas aqueles dois que lutaram, nem de longe perceberam o transtorno que causaram aqueles que apenas testemunharam.

Aqueles dois mantem seus jeitos, mantem sua maneira rude, nenhum deles quer dizer que errou... talvez não saibam porque não querem ver e ai a culpa de todo erro recai sobre quem tentou separá-los, sobre quem tentou apartar a briga.

Oh pobre coitado.

Quem sabe um dia aprenda, quem sabe um dia entenda, quem sabe um dia abra as suas asas e voe como um passarinho rumo ao seu destino e deixe aqueles que se descontrolaram aprenderem por seus próprios passos.

Mas dói ver quem amamos sofrendo e do coitado ninguém tem dó...

Azar o dele que sempre vive esperando que lhe tragam carinhos, amores...

Azar o dele que permite e que continua aceitando toda a situação.

As coisas só mudam, coitado, quando você decidir que elas vão.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Largando Velhos Vícios

Me ensinaram que podemos negar muitas coisas a alguém, ou a nós mesmos, mas jamais devemos ficar negando (ou regulando) comida.

Aprendi também, desde cedo a comer salgadinho, mc donald's, habib's, beber muito refrigente e por ai vai.

Eu não culpo ninguém, era uma época onde comer fast food era a opção mais rápida, afinal as pessoas viviam correndo, e ainda viivem, mas agora há uma maior preocupação com a alimentação, não pela saúde (muito provavelmente em 50 plano), mas principalmente em relação a obesidade.

Mas, voltando ao assunto eu sempre tive uma alimentação errada e, nunca fiz questão de largá-la. Sabe porque? porque eu estou acostumada a ela e ela a mim.

Decidi então me questionar. Porque sempre tomo coca cola junto com as refeições? Fato...ela me enche...faz com que eu me sinta satisfeita e da mais sabor a comida.

Então, resolvi começar um experimento, na quarta (depois de amanhã) que será começar a comer sem tomar coca.

Meu pai me disse algumas coisas antes de falecer... não foi no seu leito de morte, mas foi uma das últimas vezes que eu falei com ele e isso me tocou, não sei bem o porque. Mas ele disse... Filha, pára de tomar coca...isso vai acabar te fazendo muito mal.

Se ele está certo...eu não sei... mas sempre senti a necessidade de continuar a manter esse vício como uma forma de mantê-lo cuidando de mim...e me avisando pra parar... é, eu sei...estranho.

Então... eu decidi que eu vou começar a me cuidar... vou deixar meu pai parar de se preocupar comigo e vou tomar as rédeas de mim e do meu corpo... não vou domá-lo, vou conhecê-lo...vou conhecer a mim..

E, nessa nova etapa que nomeio "Depertar"... é hoje de saborear comidas diferentes e mudar hábitos antigos que não me levaram e não me levarão a lugar algum...

Espero que daqui a alguns dias eu volte a escrever sobre este assunto, dizendo que fui bem sucedida e tudo mais, mas se por acaso eu recair...tenha certeza que eu vou levantar...e recomeçar...

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Transição

Houve um dia em que eu acreditava em tudo o que me diziam... eu não tinha poder de escolha...eu não tinha opinião. Aquilo que falavam era a verdade absoluta da minha vida. Eu não conhecia outras verdades. Naquele tempo meus melhores amigos eram ursinhos e meus melhores momentos eram no quarto, quando brincava de ser professora e ensinar.

Um outro dia eu comecei a conhecer novas verdades, algumas me deixavam ludibriada, outras confusa, outras confirmavam histórias que eu já ouvia escutado. A minha verdade absaoluta passou a ter dois principais centros. De um lado família, do outro amigos. Meus melhores amigos eram homens (porque as meninas sentiam ciúmes de mim) e meus melhores momentos era quando todos nós sentavámos em roda, numa noite gostosas e conversavámos sobre tudo e nada...mas riamos, nos divertiamos e eu me sentia inteira.

Depois eu comecei a ter novos pensamentos. Meus melhores momentos eram quando eu ia para a balada e soltava todas as angústias dos dias...das dores... das superações que tive que ter tão nova. Meus melhores amigos eram 4... ro, ma, ya e emer. Eu, me sentia... Não me sentia.

Hoje eu tenho minhas próprias idéias de mundo. Muitas delas ainda precisam ser revistas, outras expressam de forma concreta aquilo que sou e aprendi. Hoje, minha melhor amiga sou eu mesma e os meus melhores momentos são todos, pois consigo tirar de cada um uma lição. Me sinto de certa forma inteira, porque hoje eu sei que sempre dá para agregar mais um pouquinho.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Ensinamentos coletivos mas não pessoais.

Existem muitas linhas que ousamos ultrapassar. No momento em que o fazemos, escolhemos deixar algumas coisas para trás e assumir novas responsabilidades. Isso nós fazemos o tempo todo mas, só temos a real consciência quando deixamos lá atrás nós mesmos e tentamos a todo custo recuar e voltar e já não podemos. É como aqueles jogos de video game que você só pode ir para frente pois a tela se move naquele sentido, você não consegue voltar e se fica parado, morre. Então a solução é seguir em frente, buscando uma nova forma de se reencontrar.

No entanto, fomos ensinados a fazer diversas coisas, como ler, escrever, a forma correta de comer, que tipo de roupa vestir, a se importar com o que os outros pensam e etc., mas ninguém nunca nos ensinou a como olhar para dentro de nós mesmos e perceber o que sentimos, ninguém nunca nos incentivou a olhar para nós mesmo e nos perguntar o que eu acho disso? Como eu vejo isso?

Caímos então em um vácuo e ao invés de buscarmos a solução para nossos problemas, ao invés de nos olharmos e nos reconhecermos o que fazemos? Fugimos... fugimos com as drogas, fugimos com a bebida, fugimos com a correria do dia a dia, fugimos no outro... Nós somos um bando de fugitivos... fugimos o tempo inteiro de nós mesmos.

E por quê? Porque é como aprendemos a viver, sempre em prol dos outros, nunca de nós mesmos.

Alguns aprenderam com a vida a se olhar e são taxados como egoístas. Bem, ser egoísta é completamente diferente. Egoismo é querer ter tudo para si. Reconhecer a si mesmo é querer se ter e, nós temos esse direito. Habitamos o nosso corpo e temos esse cérebro para quê, para usar o dos outros? Para ser como os outros? Não. Se fosse para sermos cópias um dos outros, não haveria digitais individuais. Não haveria a necessidade de sermos todos diferentes, bastaria fazer um bando de robôs.

A gente vive ultrapassando linhas e muitas delas são linhas pessoais... aprendemos a nos anular em prol do outro, aprendemos a nos calar para não magoar.

Mas eu convido você a começar a se perceber, a analisar o mundo pelos seus olhos, sentir pelo seu toque, cheirar pelo seu nariz, degustar pelo seu paladar e ouvir pelos seus ouvidos.

Te convido a esquecer lições que se tornaram leis na sua vida e testá-la, criar suas próprias leis, criar seus próprios aprendizados.

Te convido a se quetionar perante a vida e questionar tudo aquilo que você conhece como verdade. Crie suas próprias verdades.

Não é fácil começar a se olhar no mundo, eu sei... mas é necessários fazê-lo senão, ficaremos para sempre a mercê de nós mesmos.

Todos tem o direito de perceber quem são... utilize o direito que você tem de utilizar o seu corpo, sua mente e perceber que muitas das coisas que dizem que é verdade, é uma questão do opinião.

Você tem uma opinião?

Tenha.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Especialidades

Todos temos uma especialidade. A minha é engolir sapos.

Desde de que me conheço por gente não falo tudo aquilo que tenho vontade, na maior parte das vezes falo muito pouco do que vem a minha mente porque tenho medo de magoar as pessoas, medo de deixá-las tristes.

Às vezes eu não falo até para evitar conflitos, mas, de alguma forma eles sempre ocorrem, mesmo que seja internamente.

Eu sempre ficava evitando falar, primeiro, porque achava que ninguém estava me escutando, depois porque eu via que todos esperavam um apoio e, para não apoiar ninguém, porque todos tem suas razões, erros e acertos eu não expressava minha opinião, muitas vezes contrária aqueles que esperavam que eu as exprimisse.

Então, essa sempre fui eu... sempre me neguei a dizer coisas que eu achava que poderiam ferir aos outros e no entanto, o que eu não percebia ou não esperava é que essas coisas começaram a me ferir.

Então, quando eu queria dizer eu chorava...depois de um tempo passei a escrever, no começo poemas, depois musicas e depois contos...

E continuo sendo assim... alguns sapos ja n me permito engolir, outros ainga engulo, em prol ja n sei mais de que...

domingo, 3 de outubro de 2010

A semente

Ela ganhou um presente. Ganhou uma semente. Ficou pensando o que faria com aquilo. Decidiu plantar. Foi até um jardim lindo, cavou um buraco e colocou a semente lá. Tampou o buraco, regou e saiu. Ela voltava lá toda a semana, queria ver o crescimento da sua pequena semente.

No começo, ela não podia ver nada, pois o crescimento era interno. A semente estava criando suas raízes. Com as suas raízes presas a terra, ela começou a se desenvolver e despontar na terra. A moça ficou feliz de ver que ela estava crescendo. A semente levou algum tempo para crescer... e cada nova semana que ela ia ver a semente, mais aela estava ganhando forma de árvore.

Ela pensou. Que bela...

Então... eis que a semente se tranformou em árvore. Ficou grande, encorpada, ganhou muitas folhas e algumas flores e começaram a despontar os seus frutos, seus filhos, que carregavam em si novas sementes, que seriam novas árvores.

E, a cada nova semana que a moça ia olhar sua pequena grande semente, ela se surpreendia com a beleza de um crescimento silenciado, mas completo. Era como se ela tivesse entendendo a beleza da vida.

Então ela pensou, a natureza é inteligente. Ela nos diz que podemos crecer, nos encorpar e ter muitos frutos desde que tenhamos raízes que absorvam aprendizados e experiências e que temos muita paciência para crescer centímetro por centímetro, todos os dias.

A vida é feita disso, cada centímeto de uma árvore, equivale a cada escolha sua... se você tiver boas raízes, cultivadas em bom solo e tiver boas escolhas, com toda certeza crescerá rumo ao infinito e deixará belos frutos que levarão partes da sua hitória.

Mas... muitas vezes esquecemos que, antes de começarmos a ver a árvore despontar na terra, ela teve crescer por baixo, interno, criando raízes e criando estrutura. Nós estamos esquecendo, nos dias de hoje de olhar para dentro de nós, de percebermos quem somos, de criamos nossas raízes e, isso compromete todo o desenvolvimento externo.

A árvore não esquece porque, se a semente ao começar a crescer, esquecer de se fixar, ela não cresce. Nem nós.

Dúvidas contemporâneas.

O mundo silencia as nossas perguntas e nós, como "bons cidadãos" o deixamos nos silenciar.

Vivemos o tempo todo conforme manda o figurino, seguindo padrões de beleza, usando roupas da moda, agindo de acordo com as regras e etc.

Chegamos a um ponto em que o exterior mente o que se sente interiormente. E agindo assim, acreditamos que as pessoas irão nos aceitar, gostar de nós.

Fico me perguntando...

Quantos de nós, bate a mão no peito e diz, com orgulho EU ME AMO?

Quantos de nós diz, sem dúvidas, EU ME CONHEÇO?

Quanto de nós não mente, não silencia o corpo que sente dor, que sente cansaço, que quer parar um pouco?

Quantos de nós não finge estar bem e continua correndo como se o corpo fosse separado da mente?

Quantos de nós não se afogam num copo, usando droga ou vivendo alienado para preencher um vazio que nunca é preenchido?

Quantos de nós não fazem as suas malas e caem no mundo sem olhar para trás para conseguir ter um pouco de paz e liberdade?

Quantos de nós estamos verdadeiramente felizes e quantos conseguem conciliar as 03 partes de si mesmo (mente, corpo e espírito)?

Nós procuramos o tempo todo ser aceitos. Mas eles nos reprovam e nós os reprovamos.

Então, fica a dúvida... Como sair desse ciclo vicioso? Como viver plenamente? Como ser verdadeiramente feliz e inteiro?

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

O dia em que descobri que sou livre (Parte 1)

O despertador tocou. 6:30. Ela levantou e o desligou. Pensou em voltar para a cama e dormir mais uns minutinhos, mas sabia que se deitasse, ficaria horas, então foi ao banheiro, ligou o chuveiro e tomou banho. Pensou que roupa vestiria. Decidiu por uma roupa simples, calça jeans, blusinha preta e um coletinho clarinho por cima. No pé, All Star preto com detalhes rosa. Brinco, colar, relógio e uma pulseira. Passou seu perfume predileto e se preparou para sair. Quando estava atravessando a sala, olhou pela janela.
- Nossa, que dia lindo.
Então ela chegou até a porta, abriu a maçaneta e saiu. Chamou o elevador, ele estava no T. Ela morava no 6 andar. O elevador chegou, ela abriu a porta e apertou o T. Chegando no terreo, tratou de se encaminhar a porta. Saiu
- Nossa, que dia lindo.
Foi caminhando até o ponto de ônibus. Ela estava pensando, como pode, num dia tão lindo como esse eu estar assim, infeliz, sem vontade de me ir aonde tenho que ir. Foi então que ela se lembrou de uma conversa que tivera com o seu melhor amigo. John. Signo: Leão. Sexualidade: Homo. Idéias: Loucas... Ela, signo: Peixes. Sexualidade: Hetero. Idéias: Sonhos.
- Sabe J. eu fico pensando, nunca mais terei essa idade, esse rosto, esse corpo, nunca mais terei este dia. Porque eu continuo me podando?
- É o que eu te falo. Você tem que aproveitar a vida. Quer sair? Saia. Quer beijar? Beije. O que você quer fazer? Faça.
- Ah, se fosse assim, tão simples...
- Sim, é simples. Nós é que complicamos.
Nós é que complicamos. Então, o ônibus chegou. Parou, abriu a porta.
- Desculpe, chamei errado.
Ela saiu correndo. Voltou para casa. Pegou sua mala. Nela algumas roupas, maquiagens, secador, algumas bijus, carteira e só. Correu até a porta, chamou o elevador e desceu, dessa vez até o -3. Pegou seu carro, um Gol geração 5 preto, colocou sua mala atrás. Ligou o carro e saiu pelo portão. Destino? Nenhum. Desligou o celular, se desconectou do mundo. Conectou-se em si e foi dirigindo. Ligou a música. Tocava "I'm Yours" - "Open up your mind and you're free". Livre pensou. Eu sou livre.
... Continua

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Fantasma do passado

Se reencontrar com pessoas do passado é algo muito nostálgico.

Passam-se por nossas mentes aqueles dias em que podemos decidir o caminho...e escolhemos, meio que sem querer, o que hoje estamos colhendo. Talvez fosse melhor... Talvez fosse por algum motivo maior.

Não sei.

Mas, se reecontrar com as possibilidades... se reencontrar com as escolhas e suas consequências nem sempre é fácil.. mas às vezes é preciso.

É dificil dizer eu senti sua falta, mesmo quando se sente.

É dificil dizer...eu tremo só de pensar se devo ou não te dizer oi... mas é algo que talvez também se deva dizer.

Novamente, não sei.

Não sei o que acontece quando eu reencontro essa parte do meu passado. É como se ela não tivesse passado. É como se eu tivesse com meus 17 anos, olhando pra essa pessoa e sentindo o que eu nunca deixei de sentir, mas nunca tive coragem de mostrar.

Talvez seja por isso que não passe... porque eu não tenha tido coragem de por para fora e de dizer... meu, eu gosto de você...ou ao menos...ter tido a ousadia de roubar um beijo... um único beijo...

Os fantasmas do passado sempre arranjam um jeitinho de voltar...

Mas tem uns que a gente não quer que passe de novo...

Mas quem vai saber ... às vezes tem q deixar passar...

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Amizade

Segundo Vinicius de Moraes, "A gente não faz amigos. Reconhece-os".

A gente reconhece por semelhança:

- Alguns tem os mesmos gostos

- Outros a mesma idéia

- Alguns os mesmos ideias

Fato é que ser amigo é uma relação que demanda mais do que supunhamos. As pessoas estão em constante mudança e se não regamos a nossa amizade, se não a fazemos ser presente, mesmo com a correria do dia a dia, as pessoas vão se separando pelo tempo e quando o tempo separa, é dificil haver o reecontro de caminhos.

Mas, embora seja dificil, existem aquelas amizades que começaram fraquinhas, sem muita chance de sucesso e que o tempo separou e quando houve uma cruzada nos caminhos, ressurgiu uma amizade forte, talvez porque ambas as pessoas mudaram e mudaram na mesma direção.

Fato é que ser amigo é um dom e ter amigos é essencial. Essencial para podermos relatar as coisas que vivemos...comemorar as nossas alegrias, sonhar juntos as loucuras que um dia prometemos e que talvez uma pequena parte deles realize-mos e também para poder chorar... sem medo de se sentir fraco ou frágil.

Ser amigo é conhecer o outro enquanto ele sorri e principalmente enquanto ele chora. É dar assitência... é dar conselhos e é saber diferenciar o Oi... do Oiiiiiiiiiie!.

Ter um amigo é se entregar (talvez não por completo)... mas expor a pelo menos uma pessoa, suas verdadeiras fraquezas, seus verdadeiros sorrisos.

No mundo de hoje não é fácil ter um amigo... hoje as pessoas são egoístas, não querem de jeito algum dividir ou compartilhar o carinho... a atenção...e principalmente, o amor.

Por isso... conserve bem aqueles amigos que você tem e preste atenção naqueles que você não costuma dar valor, mas que sempre que você precisa está lá.

Porque no final, a gente não faz amigos. Reconhece-os!

domingo, 26 de setembro de 2010

Conceitos

Dizer que nada muda... é mentira.

A mudança está em cada momento, em cada novo passo.

Mudar faz parte da vida... da grande vida que não permite ensaios, que não permite rascunhos...

Mudar faz parte do crescimento, às vezes dolorido, às vezes mal sentido... às vezes, necessário.

Mudamos mais do que mudar de corte de cabelo ou de roupa, mudamos de idéias, mudamos as atitudes, mudamos os sorrisos.

Despimo-nos dos velhos conceitos e ganhamos novos. Deixamos para trás os anos passados e ganhamos novos dias... novas horas, novos minutos.

A fração dos segundo nos molda, nos muda... e nós decidimos se vamos evoluir e nos descobrir ou se vamos, para sempre, ficar a mercê de nós mesmos e seguir aquilo que nos disseram a tanto tempo atrás e que os loucos já nem mais se lembram.

Quando ganhamos a consciência de nossos atos, ganhamos junto a responsabilidade. Junto com ela ganhamos escolha e ganhamos principalmente novas possibilidades.

Aprendemos a acreditar no mundo, no amor, na família e nos outros segundo a vista daqueles que já viveram e já aprenderam, mas o nosso olhar é único e é através dele que devemos percorrer o mundo e redescobri-lo.

Temos que pegar o mundo em nossas mãos e fazê-lo nosso. Temos que duvidar daquilo que nos disseram e experimentar o mundo como quem está dando os primeiros passos, sentir tudo aquilo que podemos sentir, mas sentir através do nosso tato.

Temos que pegar os nossos 5 sentidos e percorrer tudo aquilo que consideravamos correto e errado e temos que nós questionar: Há certo? Há errado? Se sim, qual o limite? Há limite?

Temos que questionar a vida. Temos que questionar a nos mesmos. Temos que questionar os hábitos e velhos conceitos. Não é necessário criar novos mas é necessário fazê-los realmente seu.

Temos que parar de dizer que sabemos de tudo. Nós não sabemos é de nada. Nós achamos que conhecemos o mundo, mas não conhecemos nem o quadrado que chamamos de lar, de nosso lar.

Temos que parar de esperar que os outros sejam seres fantásticos, temos que parar de esperar que eles sejam perfeitos. Você é um ser fantástico? Você é perfeito?

Antes de se julgar qualquer coisa neste mundo você tem que saber responder a uma única pergunta:

Quem é você?

sábado, 25 de setembro de 2010

O preço da falta de um Não

A gente sabe o que é certo fazer. A gente sabe qual o lado certo a seguir, mas a gente tem medo de tomar a atitude. De seguir nossos instintos. Então, nos calamos e, pior que isso, dizemos Sim Senhor, Sim Senhor, Desculpe-me Senhor.

Então a história toda se passa na sua frente. Você vê todas aquelas pessoas sofrendo, aquelas pessoas sendo condenadas, aquelas pessoas sendo violadas e você diz Sim Senhor, Sim Senhor, Desculpe-me Senhor (mas tudo o que você queria dizer era BASTA).

Então, no ápice de toda a trama você se apaixona, passa em sua mente dizer CHEGA, mas do mesmo jeito que entrou a idéia, ela saiu e você continua dizendo Sim Senhor, Sim Senhor, Desculpe-me Senhor.

Então, aquele para quem você sempre disse sim, aquele para quem você tantas vezes abaixou a cabeça, aquele para quem você pediu perdão, mesmo não estando errado, aquele Senhor que você seguia, tira de você o seu amor. Tira de você a sua alma. E você desaba e diz mais uma vez Sim Senhor. Desculpe-me Senhor.

Então ele tirou tudo aquilo que você tinha medo de perder e o pior, você poderia ter salvado tudo aquilo que você tinha, simplesmente dizendo NÃO.

Quando você não tem mais nada a perder, você prepara o seu melhor revólver, pega a pior bala e aponta em direção ao seu senhor. Você atira e ele cai ao chão. BUM.

E você continua ali... Vivo, Imóvel, Morto por dentro e Assassino por fora. Você continua a dizer Sim Senhor, Desculpe-me Senhor. A única coisa que muda é para quem você dirige essas palavras.

Agora...as palavras ditas são para você.

Sim Senhor. Desculpe-me Senhor.

Não. Pequena palavra. Como é dificil pronunciar esta pequena palavra. Como é dificil desatar nós antigos. Como é dificil quebrar paradigmas. Como é dificil perder a tudo aquilo que você tem, quando tudo o que era necessário, era dizer NÃO.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

A porta

Quando eu ficava triste, deprimida ou achando que eu não tinha um lugar, eu ia pro meu quarto, fechava a porta, abria a janela, ligava o som e ficava horas viajando nas estrelas, nas nuvens, na lua, no céu...

Às vezes, quando eu tava feliz eu ia pro quarto, fechava a porta, colocava a música mais agitada e dançava até me esgotar, até cair na cama de sono, ou de cansaço...

Eu vivia o mundo real, mas eu brincava tanto no imaginário.

Nele eu já fiz muitas propagandas, já fui garota propaganda da Seda, da Playboy, da Nivea... já participei de BBB, de No Limite (e ganhei, é claro)... já fui atriz, já fui cantora... eu já deixei de ser eu, já tive filhos, já me casei, já mudei de casa e de país...

Mas na vida real eu ainda não cheguei perto de fazer tudo o que eu quis... mas não estou longe... estou caminhando.

Ah se a vida real fosse como os sonhos, que basta simplesmente imaginar para se tornar real... seria uma verdadeira maravilha... eu seria de tudo...

Mas não é...

Na vida real a gente não pode se fechar no quarto e esperar que subitamente entre, pelas nossas janelas interiores, as respostas. A gente tem que abrir a porta e ir pro mundo... e ele é tão grande... tão gigante...que as vezes nem sabemos por onde começar.

Quando eu era pequena, costumava me perguntar o porque da lua me seguir... A lua não me seguia... ela simplesmente estava lá... no seu canto iluminando a todos nós. Eu que sempre fazia questão de ver se ela estava lá... me olhando... me iluminando...

Quando a gente costuma sonhar muito... a gente perde as vezes o senso de real... até que um dia a gente descobre que a lua não nos seguia... então você acorda pro fato de que você estava sonhando...

Mas o melhor é saber que tudo aquilo que a gente sonha...dá pra realizar...é só uma questão de postura. Ao invés de fechar a porta. Abri-la.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

brisando

Um lenço... vermelho... cor de sangue... cor de vida... cor de morte...

Vermelho...as luzes do sol, quando o atingiam o faziam brilhar... que vermelho lindo...

O vento o levava e com ele brincava... subia...descia, ondulava... e aquele vermelho brilhava... me fazia querer voar para alcança-lo...tocá-lo...

Vermelho, no escuro...mas se via...a não ser quando cruzava uma estrela... a lua... ou quando brilhava sobre o mar... o vermelho a noite apagava... mas se fazia ver, de leve, ao longe nas estrelas...como se por um momento essas fossem vermelhas... e no outro...brancas novamente...

Vermelho cor de sangue...de morte...de vida... de amor... de toque... de brilho... de esplendor...

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Se declarando...

E.. ela... nunca tinha dito em voz alta... o que ela teve ousadia de dizer...

Ela fechou os olhos... não sabia o que a esperava... mas ela não ousou voltar...

Então começou... começou pedindo perdão:

- Me desculpe... nos últimos anos eu não tenho te percebido, não tenho te dado espaço, naõ tenho te dado valor. Não, não é que eu não goste de você, por favor, não me leve a mal... na verdade eu acho que não me permiti construir o nosso relacionamento, a nossa base... mas eu agora estou pronta pra você...se você estiver pra mim... Eu espero conhecer você de cima a baixo... não, não quero de jeito nenhum tirar a sua liberdade... eu quero te conhecer em cada vôo... quero te conhecer em cada pouso e repouso, eu quero estar com você quando você estiver triste, quando precisar de mim... quero sorrir da vida com você... quero te dizer como eu amo o seu sorriso, como eu acho seus lábios lindo... quero te dizer que a coisa mais linda em você são os seus olhos... vê se a pureza do seu ser no interior deles... sei o quanto você sofreu...sei o quanto tem sido dificil, sei o quanto parece que você está só... mas você não está... mesmo que eu tenha ficado quieta, eu estava ao seu lado, eu estava te observando... talvez eu quisesse que você se percebesse sozinho... mas eu sei agora, que você precisou que alguém lhe desse a mão, e eu estou oferendo mais que ela... estou me oferecendo por completa... porque eu sei que você sem eu não é ninguém, assim como eu sem você, não existo...

Então, ela abriu os olhos...olhando para si mesma, com lágrimas nos olhos e sem medo terminou...

- Queria ao menos que você soubesse que eu não estou mais aí para os outros... porque antes deles existe você... depois em pensarei neles... primeiro eu quero te ver levantar, se descobrir e eu vou me descobrir junto... Porque eu prometo...que em quanto eu estiver aqui...e, eu vou estar para sempre... você sempre terá a mim...

Ela só não pode abraçar... porque o espelho separava ela, da sua imagem... mas ela pode entrelaçar o corpo, a mente, o espiríto... ela pela primeira vez...se deu a mão...

desabafo

Descobri que eu não posso mais chegar até o final do dia sem me dar a mão.

A gente vai, ao longo da vida e do caminho se deixando de lado... vai começando a se preocupar com os outros e passa a querer protegê-los de uma forma egoísta e irreal. Isso é não só prejudicial a eles, por não crescerem e não correrem atrás das suas vidas, como para gente porque a gente também não cresce. A gente vai se deixando de lado... vai fingindo que não sente dor... vai fingindo que tá tudo bem... que aguentasse sempre mais um pouco...

Até que o corpo diz.. Não... não dá mais

domingo, 12 de setembro de 2010

Cabeça pra baixo

Era preciso ficarmos distantes das pessoas que gostamos, por questão de momentos, para sentirmos a imensa falta que elas nos deixam.

Ficamos dia a dia com as pessoas e, já não lembramos o quanto elas nos são especiais e o quanto são importantes.

Chega um determinado momento em que já não dizemos Oi, como vai? Senti sua falta... Mas dizemos.. Você fez isso, fez aquilo, já arrumou isso e aquilo?

A gente já não quer saber se a pessoa realmente está bem... a gente já não quer mais saber... mas, quando elas se vão... ficamos sentindo que falta alguma coisa. Será que não foi sempre assim?

Relacionamentos são complicados, e não apenas aqueles que "escolhemos" alguém... são também os familiares... A gente passa o tempo todo cobrando, sem ao menos olhar para o outro e ver como ele está.

Isso é frustante.

Aí, vemos aquelas belas histórias de amor, onde ambos percebem que não há nada mais importante no mundo do que os momentos... e nos questionamos: Temos dado importância ao que realmente importa?

Acho que a resposta para isso é medonha. Não damos. Não sabemos dar. Não aprendemos a dar.

Então, vivemos o mundo, vivemos o aprendizado externo, vivemos ser alguém, ter as melhores coisas, mas não vivemos a gente, não vivemos os aprendizados internos, não vivemos dar valor as pessoas que temos, não vivemos dar valor a quem somos.

Acho que está tudo de cabeça pra baixo.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Como desenrolar?

A gente começa baixando a cabeça... leva o queijo até o peitoral... depois são os ombros... eles caem para frente, depois é a cervical, que se curva com o peso da cabeça, em seguinte de 1 em 1 vão as vertebras, até chegarmos ao sacro. Depois vai a bacia... e, quando vimos... estamos com os joelhos dobrados, os pés fincados ao chão e o corpo todo pra frente. Fizemos um rolinho de nós mesmos e, desenrolar é difícil e requer coragem.

Começa assim... fiquei quieto, pare quieto, fale baixo, pare de pular, não se vidta dessa forma, coloque essa roupa, eu não quero saber faça oq eu mando, vá pro seu quarto, não fale palavrões, não assista isso, assita aquilo que eu mando, não coma isso, se force a comer aquilo, pare de comer besteiras, coma verduras, vá tomar banho, diga sempre a verdade, não é desse jeito, para, você é burro? quando percebemos, estamos com os joelhos dobrados e os pés fincados ao chão e o corpo todo para frente. Fizemos um rolinho de nós mesmo e agora, como desenrolar?

Aí, a gente amadurece... algumas dessas regras ecoam na nossa mente, corpo e espiríto, vivemos podados e achamos que estamos voando... na verdade com os pés fincados ao chão temos a impressão de voar. Esquecemos o que é ter liberdade, o que é ter a si mesmo porque chegou um momento na nossa vida em que seguimos todas as regras que nos foram impostas sem dizer chega, sem ter a maturidade pra dizer não.

Então, quando a gente percebe, a gente sente a o joelho ficando reto, a bacia se encaixando no lugar, o sacro entrando no seu cantinho e de 1 em 1, cada vertebra formando novamente nossa coluna até chegar na cervical, então sentimos os ombros ganhando postura e a cabeça levantando até o momento em que olhamos pra frente e sabemos quem somos, quem habita aquele corpo.

Levamos conosco lições, tudo o que foi dito marcou, mas essa marca já não é de medo, já não é uma marca que poda, ela é aprendizado, virou essência... nós já conseguimos virar pessoas com nossas próprias estruturas e agora, temos que criar a estrutura de um novo alguém. Bate a insegurança, será que eu também vou transformá-lo em uma bolinha? em um corpo torto?

Mas acho que às vezes... para se tornar borboleta, tem que se ser um lagarto e passar pelo casulo...

sábado, 4 de setembro de 2010

Aprendizados de uma (quase) atriz

Tem momentos na vida em que a gente sente desanimado. Parece que por mais que a gente se esforce, por mais que a gente seja bom o suficiente as pessoas não exergam. Parece que elas não querem enxergar.

É como se não fossemos nada, como se não fossemos capazes, como se estivessemos em um círculo, mas não fizessémos parte dele.

Muitas vezes eu fiquei triste, porque eu achava que ninguém sabia me dar valor... isso não era apenas no meu mundo familiar, era também no social e no de estudar. Poucas pessoas me viam e me davam o valor que eu achava que merecia.

Hoje, durante uma aula de História do Teatro, que estavámos discutindo sobre política (não a partidária, mas a do nosso cotidiado), me questionei sobre algumas certezas que tinha e, ao me olhar novamente me perguntei: "Estou sabendo me mostrar?"

Esta pergunta inquietou minha mente e meu coração.

Li, em um livro do Gasparetto, que o mundo só reflete aquilo que emitimos. Então, certamente tenho emitido as energias erradas.

O teatro, e, principalmente a peça que estamos montando e o professor que temos, tem me feito refletir sobre um bucado de coisas.

Essas coisas me incomodam porque, de alguma forma, de alguma maneira, estão impressas em quem eu sou. E, se elas fossem coisas boas, não me incomodariam.

Me incomoda o fato de ser muito politica com os outros, não abrir o jogo, não dizer quando alguém me decepciona, ou não dizer quando acho que as coisas não estão certas, eu tenho medo de magoar não só para quem eu digo o que sinto, como magoar a mim. Isso, é algo que consome a nossa essência interna, não nos permite ser quem somos e dizer o que pensamos porque estamos o tempo todo seguindo um padrão pré definido. Às vezes pensamos que quebramos as correntes, mas só quebramos aquela que vemos, aquela que percebemos como correntes.

Estamos montando Roda Vida, do Chico Buarque, e, tem uma música, que chama roda viva, que me mostra exatamente isso... como a gente permite que a roda viva (quer seja a sociedade, quer seja nossos pais, quer seja quem for), leva tudo... mesmo que tenhamos achando que estamos lutando, ela sempre leva, leva e leva, até a hora em que a gente acorda pro fato que nós podemos fazer a roda parar.

A gente pode fazer a roda parar. É só escolher, como Brechet diz em seus textos, de qual lado ficaremos... se seremos "Aquele que diz sim", ou "Aquele que diz não".

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Atravessando A linha

Ali havia uma linha.

Linha essa que eu sempre quis atravessar. Mas tinha medo.

Todo mundo que atravessava não voltava.

Eu queria porque queria saber o que havia depois daquela linha. Mas tinha medo de não voltar.

Um dia... eu criei coragem... saí de casa e fui andando até ficar a 10 metros daquela linha. Então, com meus pés presos ao chão, comecei a olhar o que havia daquele outro lado.

E, que coisa linda... um lindo rio, de tão limpo, transparente, árvores, pássaros, estava sol, assim como estava aqui, do meu lado.

Meus pés, meio que sem minha autorização, começaram a andar, eles queria ultrapassar a linha, mas quando eu estava perto de cruzá-la, meu coração os parou, não deixou...

Então eu voltei pra casa... com aquela paisagem na minha cabeça, com aquele desafio na mente. Eu queria saber o que havia daquele outro lado.

Alguns dias passaram, e minha mãe pediu que eu fosse ao mercado (que ficava muito próximo daquele lugar).... e eu fui... pensando (será que é hoje que eu enfrento meu medo?)

Então... meio que inconsciente, eu parei novamente de frente pra linha. Neste momento meu coração começou a desparar, ele sabia que eu estava decidida a atravessar. Então, começou a passar um filme pela minha mente.

Era incrível a certeza que eu tinha de que eu jamais voltaria pra lá, comecei a pensar na minha família, em como eles ficariam sem mim. Depois, comecei a pensar nos amigos... no namorado... pensei em todos os que estavam ali... que veriam o que aconteceria comigo... e eu só saberia sentindo. Pensei em mim... será que devo arricar isso tudo o que eu tenho, por um desejo inconsciente de atravessar uma linha?

E se não houver nada depois? E se não houver ouros ou prêmios? E se não houver nada?

Meu pés começaram a andar. A cada passo que eles davam, um filme novo se passava em minha mente e uma vez mais meu coração gritava de medo... O que haverá depois?

Então fiquei a um passo da linha. Alguns me olhavam me criticando, outros adimirados, alguns outros curiosos...

Eu não me olhava, eu apenas me atinha a paisagem e ao meu pé que lentamente foi se levantando do chão e passando por aquela linha.

Foi quando eu passei. Eu não olhei para trás, não quis ver o que eu tinha deixado. Segui em frente. Toquei o rio... andei pelas árvores... senti o cheiro do vento.. o cheiro da mata.

Então... caminhando, cheguei a um local que me era familiar... havia um balanço que eu conhecia bem... aaaa, essa horta... é a minha... sim, era a minha casa... então eu escuto...:

- Trouxe o que eu pedi do mercado?

- Sim... eu trouxe...

É... atravessar a linha... me fez voltar para o lugar de onde saí, mas não voltei a mesma. Não ganhei ouros ou prêmios... mas também não fiquei sem nada.

Ganhei confiança em mim... confiança nos meus passos...

A vida é cheia disso... cheia de desafios que às vezes parecem medonhos... e criamos e especulamos tanto sobre eles e às vezes é só aquilo que nosso medo monta.

Mas quando você tem a coragem de cruzar a linha, você se sente livre para seguir e para voltar... porque você terá sempre a si mesmo...

E, eu sempre tive vontade de entrar naquele lugar...

mas era tão diferente...

O que será que haveria lá?

....

Bom...

- Vamos nos encontrar amanhã?

- Amanhã? Que horas?

- Qualquer horário, estarei bem próximo a você...é só me dizer...

- Mas vamos fazer o que?

- Ah, o que quisermos... conversar e talz...

- Uhhn... tá bom!

DIA SEGUINTE

- Estou chegando.

- Estou esperando.

- (tímida) Oie...

- Oie... entra aí...

- Ahh... beleza...

( Um abraço apertado)

- Vou pegar água, já venho.

- OK...

(ela pega água e uma bala...)

- Então (pondo a mochila ao chão)... como você está

- Ah... eu...to bem e você?

- To bem também...

E os dois continuam a conversar...

- Mas que que você tanto se mexe nessa cadeira??... hahaha

- É que eu sou tímida... envergonhada...

- Envergonhada você? Diz o que vem a cabeça...

- (preocupada) Isso é ruim (pensando: mas se for também... que se foda)

- De modo algum, eu gosto!

sorrisos!

- Olha só, o que é isso...

- É o que eu to fazendo...

- Ah...que massa, e o que significa?

- Significa... A de Altura... L de largura... (se aproximando do ouvido dela)... B de...

ela vira sorrindo...

ele vem devagar...até seus lábios tocarem os dela.

Fim de papo.

- Uhn... muito gostoso...

- É?

- Uhum...

( pensando...é, eu sei)... hahahaha

Sublimes toques deslizando por cada cantinho do corpo... o beijo... descendo pelo pescoço... chegando ao peitoral, mas com mto respeito dali, não ultrapassando...

O clima começa a esquentar...as coisas vão se encaixando...

- Mas eu tenho que ir embora ?

- Ah é??

E continua beijando...

- É sério.. preciso ir...

- Tá bom...

Mas como tava bom aquilo ali... nçao dava vontade de ir...

Mas foi... foi embora...

E, tudo o que aconteceu e poderia ter acontecido ficou na imaginação... na mente...

Principalmente, tudo o que poderia ter acontecido...

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Escrever

Escrever pode ser delicioso, quando se deseja intensamente ter aquilo que apenas podemos traduzir em palavras.

Pode ser algo bom, quando colocamos em pauta coisas das quais sentimos felicidade ao dizer.

Pode ser algo ruim, quando é algo que nos instiga e nos deprime, quando são sentimentos soterrados e que tentamos a todo custo fingir que não existem.

Pode ser tudo ao mesmo tempo... depende da história que se cria e o quanto ela te afeta e o quanto afeta a quem lê.

Escrever... algo perigoso, com tantas regras e pontuações, com tantas tonalidades e entonações... às vezes as palavras são mal interpretadas, às vezes elas desejam assim ser..

Às vezes algo comum, quando se diz sempre a mesma coisa, por falta do que se dizer.

Mas há algo que nos faz escrever... é o desejo guardado, a saudade apertada, a vontade, o medo, é querermos mudar o mundo e acharmos que na ponta dos nossos dedos há a forma de passar uma mensagem... de fazer o outro enxergar...

Quando faltam palavras ditas verbalmente, elas podem de alguma forma ser preenchidas por aquelas que são ditas no papel.

Escrever é, quando se quer ser, chegar mais perto do outro e dizer...viu só...como pensei em você.

Tudo depende de como se escreve, do que se usa e do que se quer dizer...

Escrever é um dom que temos e que devemos a todo custo defender.

Ainda, infelizmente há pessoas que não sabem ler ou escrever... e por elas e por nós, devemos lutar e assegurar esse direito que é o direito a liberdade de expressão também.

Porque quer um jeito mais fácil de calar a população do que não ensinar a ler ou escrever?

Pense bem... Saia fora da caixa...

Escreva

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

A vida é um jogo de coincidências?

A vida é algo muito sem sentido.

A gente nasce sem saber qual o nosso objetivo.

Não sei se morremos entendendo o que deveríamos ter feito, ou se morremos tendo a certeza que a vida não tem objetivo algum...

De qualquer forma, vivemos buscando sempre algo que parece nunca que alcançaremos.

Muitas coisas que acontecem ao passar dos dias, são frutos do chamado "acaso", como encontrar uma nota na rua, um amigo, um inimigo, o amor da sua vida e aquele que porá tudo na sua vida a perder.

Os mais céticos acreditam que tudo o que ocorre na nossa vida são nossas escolhas, que traçamos desde a hora em que acordamos até a hora em que vamos dormir.

Os que têm mais fé, acreditam que as coisas acontecem como tem que acontecer e que não há influência direta nossa nisso tudo.

Afinal, a nossa vida é algo da qual temos o controle, ou simplesmente acreditamos ter o controle de algo pré traçado?

Em qual crença você se enquadra? Por quê?

sábado, 21 de agosto de 2010

Sentimentos

Aprendi hoje na aula que Freud separava o amor em duas partes. A 1a (que n lembro o nome, mas prestei atenção na aula, juro...hahaha) dizia que era um amor onde não olhavámos o outro como ele é, mas sim, como gostaríamos que ele fosse, algo meio que ilusório. A 2a, era a que olhavámos o outro como ele é, e nesse, há conflitos...

Fiquei pensando hoje, naquelas paixões que nos invadem, sem ao menos conhecermos quem é essa pessoa fruto da nossa paixão. Na verdade, nós nos apaixonamos pelos sonhos que temos...pelas idéias que fazemos dessas pessoas.

Eu fiquei me perguntando, se, quando a gente passa por alguém e sente algo forte e percebe, por um momento que a pessoa também sentiu, me pergunto se isso ficará apenas nisso e se não, como fazer com que não fique.

É complicado, ainda mais quando a gente nem sabe se alguma vez voltará a ver o ser que nos despertou, ou se alguma vez ele nos verá de novo.

A vida é um jogo... um jogo que tem que ser atrevido o suficiente para arriscar... ganhar ou perder faz parte. O maior desafio é conquistar os momentos... porque são aqueles que nos tiram o ar e nos paralisam, mas que quando os cumprimos, ficamos extasiados.

Não sei, se vamos ou não nos reencontrar, imagino que sim... talvez em outras condições... mas, se eu sentir novamente o que eu senti, assim como não tive medo, tambpem não terei e vou me jogar rumo aos meus sentidos.

Porque o pior que pode acontecer é errar... e...Herrar é Umano.

Sexta desafioadora... desenrolar

É... eu comentei que a minha sexta (já passada) iria ser bem desafiadora, por dois motivos... o 1 era a audiência, e o 2, a minha loucurinha.

Fato é que, a gente às vezes não tem noção de como, nem o por quê, mas tudo acontece melhor do que prevíamos.

A audiência foi positiva...

A minha loucurinha foi parcialmente cumprida... entreguei o chocolate, tirei foto, ganhei um abraço, mas não tive coragem de entregar a carta. Senti que talvez eu pudesse invadir a vida de alguém...e q isso não seria bom

Sexta, praticamente, perfeita!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

O que importa?

Um dia alguém me disse que nós só vemos 10% das coisas. Os outros 90% estão escondidos, como um iceberg dentro do oceano, e, se tratando de pessoas, dentro delas mesmas.

Nesses 10% nós criamos empatias, expectativas, nos apaixonamos, ou simplesmente detestamos.

Algumas vezes essa pequena porcentagem mostra a realidade. Em outras, nos confunde completamente. Às vezes achamos que conhecemos tão bem uma pessoa, mas tudo aquilo era só fachada... e não chegamos a conhecer nada, apenas a aparência.

Temos a mania tão grande de apontar o dedo, sem ao menos bater um papo, chamar para uma conversa, se interessar em conhecer o outro. Afinal, julgar é algo tão simples e fácil, e ao mesmo tempo, tão solitário.

Imagina se alguém iria querer, por a roupa de mergulho e ir bem fundo para saber a essência de um iceberg. Imagina para saber de uma pessoa, se não temos como mergulhar de um jeito físico, tudo depende de relações, de coisas não palpavéis. Ninguém mais quer mergulhar sem ter a convicção de que aquilo é real, de que a ciência comprova que é.

Antes de termos ciência, ou religião, aprendemos a andar, a falar, a comer, a sentir... e principalmente a sentir. Pode, pode ser que os sentimentos errem às vezes a direção, mas para isso que existem os aprendizados. Ou não?

As relações hoje estão tão desgastadas. O outro parou de importar. O que importa de verdade é o umbigo de cada um... A verdade que cada um construiu. São verdades tão contrastantes e irreais que ficamos perdidos meio a elas.

Deixamos de ser do mesmo grupo...passamos a criar cada um o seu grupo, mesmo tendo cascos semelhantes e sentimentos parecidos, achamos que somos mais importantes uns que os outros... E aí de quem disser que não somos.

Aí, eu fiquei me perguntando, será que isso é porque não conhecemos os 90% dos outros, ou será que é porque só conhecemos 10% de nós?

Vejo, a minha volta, e às vezes até em mim mesma, como estamos tentando insistentemente viver o mundo e nos esquecemos de olhar para nós e nos perguntarmos: Quem eu sou?

Quem é você?

Acho que, queremos tanto, mais tanto sermos os melhores em coisas supérfulas que deixamos de desejar o melhor para nós mesmos.

Não que seja ruim ter uma boa casa, um bom carro, poder comer uma boa comida e viajar por aí... mas, quando a gente junta apenas coisas de fora, não temos, ao menos uma boa companhia, porque nem a nós mesmo temos.

A gente não olha os 90%, ou a essência do outro, porque estamos acostumados a viver com apenas 10% de nós mesmos.

Sexta - feira e suas loucuras

Amanhã será um dia desafiador.

Nele, eu terei dois desafios.

o 1° - é simplesmente sair inteira e completa da audiência...

Se eu conseguir, será um grande passo. Se vencer então, perfeito.

o 2° será criar coragem para entregar uns bombons e uma carta para alguém... Ai, que medo que dá só de pensar.

Mas, sabe quando você vê uma pessoa e não entende muito bem o motivo, mas precisa dizer o que sente? Tenho sentido isso... vai entender...

Só sei que sexta promete...

Vamos ver o que virá...

Topadas

Amanhã terei um reencontro com o passado. Um reencontro daqueles que se a gente pudesse adiava...ou jamais faria real. Um reencontro não com as coisas que passaram e deixaram saudades, mas sim com aquelas que deixaram coisa ruim!

Eu fico me perguntando o por quê disso tudo... o que será que eu tenho que aprender com essa situação.

Espero que no final, pelo menos a justiça seja feita... pelo menos isso...

Porque de resto, nada além disso há para esperar...

domingo, 15 de agosto de 2010

Aventura na Teodoro dos EUA.

Sonhei:

Estava nos EUA, com meu irmão de 16 anos. Estávamos em uma rua, muito parecida com a Teodoro Sampaio e tinha muita, muita gente. Como estavámos com fome eu falei:

- Brow, vai comprar alguma coisa no mercado?

e ele foi.

Estava com uma amiga minha, esperando ele voltar até que do nada apareceu um cara meio estranho, trazendo o amigo nos ombros e, do nada ele jogou o amigo no meio da rua. Mas não estava passando carro algum, apenas tinha uma maré de gente. Aí, essas duas pessoas começaram a descer a rua em direção ao mercado (onde meu irmão estava)... e atrás deles começaram a ir uns caras meio mal encarados e eu comecei a estranhar. Então, eu vi várias pessoas assustadas que começaram a correr. Então, me caiu a ficha. Eu falei pra minha amiga...

- "Vamos correr. Eles vão explodir isso aqui"

Então, saímos correndo por uma rua estreita e chegamos a um parque e eu falei pra ela:

- "Amiga, fica aí que eu já volto. Vou buscar meu irmão".

Então, com toda a força e velocidade que tive eu fui, torcendo para que eles não explodissem antes de eu chegar ao local e poder resgatar meu irmão. Então fui correndo, correndo, correndo e meu coração ia pulando no peito a cada passo que eu dava até que, quando eu estava chegando ao mercado se escutou "BUM". Eles explodiram a bomba. Entrei em desespeiro mas continuei correndo em direção ao mercado com uma esperança que meu irmão ainda estivesse vivo. Quando eu estava chegando fui barrada por vários policias e desesperada, chorando e gritando eu disse:

- "Pelo amor de Deus, me deixa passar meu irmão tá aí dentro".

Um dos policiais ficou comovido, pois eu estava soluçando desesperada. Então ele retrucou

- "Ele é a única pessoa que você tem?"

Em um ato de desespero respondi:

- "É, a única, eu não posso perder ele, por favor".

Então ele me deixou passar. Continuei correndo até o mercado e quando cheguei vi aquele prédio em ruínas e comecei desesperadamente a chamar pelo meu irmão. Até que ouço:

- "Bruna?".

Aí meu virei e o vi ali, completamente bem e, ao mesmo tempo que me dava alívio, meu coração ainda estava apertado com o medo de perdê-lo. Eu o abracei bem forte e o beijei, o apertei e falei:

- "Graças a Deus que você tá vivo! Vamos embora?? Vamos sair daqui? vai que querem explodir mais alguma coisa"...

Então, eu sai do mercado e ele tava pegando a blusa pra sair quando comecei a ver vários caras estranhos chegando e eu sabia o que iria acontecer. Então berrei:

- "Vamooos... eles vão explodir de novo sai daí!"...

Nós saímos correndo e na volta não nos quiseram deixar passar e nos colocaram em uma salinha. E eu dizia:

- "Por favor, nos deixe sair, só temos um ao outro",

Mas não queriam deixar até que, de repente surge alguém que conhece o meu irmão e nos libera. Então eu disse:

- "Vamos voltar pro hotel"

Fomos subindo, só que estavámos com muita fome e exaustos e decidimos parar em um bar, que era bem bonito para comer. Então fomos e ficamos na areia, a água era clara, dava para ver os peixes, mas comecei a perceber que havia algo errado lá e puxei meu irmão e fomos indo. Aí, continuamos a andar até o hotel até que percebi que havia um carro branco que estava nos seguindo. Aí empurrei meu irmão pra dentro de um prédio e começamos a fugir. Quando íamos entrar em um elevador aprareceu um cara e perguntou:

- "Vocês conhecem alguém que veio para cá com pacote turístico?"

Eu perguntei pro meu irmão:

- "Você conhece"

Ele respondeu

- "Sim, um fulano que tá no mesmo hotel que a gente, por quê?"

Aí ele respondeu: "Vocês precisam me levar até ele. Ele tem algo que os terroristas querem e eles não vão parar até encontrá-lo"

Então eu acordei.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

tempo

Tic Tac... Tic Tac... Tic Tac...

O tempo não pede licença... ele já estava aqui antes de você chegar e quando você partir ele continuará batendo... porque ainda haverão pessoas para passar por ele.

A distância entre ficar em pé pela primeira vez, dar o primeiro passo e correr pela primeira vez está na batida do tempo... TIC TAC... está na nossa passagem por ele.

A cura... ele contém... o que é que o tempo não sara, ou não ameniza?

o Perdão também.

Nele consistem as possibilidades, os encontros e desencontros.

Será que ele é Deus...

Será que ele é o paraíso ou o inferno...

Ele passa rápido ou devagar?

O tempo é mestre... nele surgem os momentos. Para a vida os momentos valem mais do que uma semana inteira, pois são neles que surgem as nossas marcas. O 1° beijo, o 1° tombo, o 1° Sim, o 1° Não...

Aproveite o tempo que se tem... porque se você não aproveitar ele continuará com o seu TIC TAC eterno...

Mas, você não é eterno, é?

TIC TAC

Por que não vê?

Tem algumas músicas que cantam, o que você foi...e o que é na minha vida...

Tem sido complicado olhar e sentir sua falta, porque fui eu quem dei o ponto final. Eu não me arrependo disso... tive meus motivos... mas você mudou e todos aqueles motivos...sumiram... e sobrou aquele que havia me conquistado em um dia comum... quando foi me consolar... e eu fico me perguntando se eu tenho o direito de sentir sua falta... e eu não sei a resposta... e você também não quer me dizer...

Às vezes eu acho que você ainda gosta de mim... tem coisas que você diz que parece gritar que sente minha falta, mas em alguns momentos, você muda o texto... e não fala nada...

"A minha saudade me faz lembrar de tudo outra vez. Você foi o amor mais amigo que me apareceu. Você é a saudade que eu gosto de ter. Só assim, sinto você bem perto de mim outra vez." - Outra Vez (Roberto Carlos)

"Quem sabe isso passa sendo eu tão inconstante? Quem sabe o amor tenha chegado ao final? Ainda há surpresas, mas eu quero sempre mais. Eu não te dou sossego e não me deixa em paz. Não vou pedir a porta aberta é como olhar para trás, não vou mentir nem tudo o que eu falei eu sou capaz. Não vou roubar seu tempo, eu já roubei demais" - Confesso (Ana Carolina)

E, se eu tivesse que te confessar algo, outra vez, com toda a certeza te diria que você foi um pouco de tudo o que eu imaginei ter... foi meu amigo, esteve do meu lado quando eu precisei, teve paciência e me deu importância.

E, eu também nunca senti isso...e nunca passei por isso que a gente tá passando...

So why can't you see?

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Encontrar

Todos que passam pela nossa vida, vem por algum motivo. Seja para nos ensinar, nos inspirar, seja para nos fazer sorrir ou chorar.

Quando eu penso nos últimos dois anos... penso que muitas pessoas estiveram do meu lado e me fizeram de alguma forma crecer... e que muitas, que eu imaginei que estariam, não estiveram, mas me ensinaram também.

A arte da vida é essa. Aprender. Seja através de experiências vividas ou presenciadas, seja através de canções ou novelas. Seja através de dores ou alegrias.

A vida é complementar o que temos (e que achamos ter demais) por coisas que jamais imaginariamos saber. Eta arte mais bela, aquela que nos surpreende e nos instiga a querer e buscar sempre mais.

Voltando dia desses pra casa, algo que eu buscava muito... nesses dois anos que passaram, bateram no meu coração e pediram licença para entrar. Como eu não poderia dar? era tudo o que eu queria saber novamente.

Me sinto agora uma pessoa diferente daqueles 18 anos bem feitos... e daquele tempo que foi complicado entre os 18 e os 21. Me sinto alguém completa.

Completa porque consegui ser quem sou e ser quem fui e ser, ao mesmo tempo, quem sempre serei. Tem coisas que não tem jeito, somos nós... e, aquilo é o melhor que temos...

Nada como encontrar em uma volta, sem esperar aquilo que realmente nos defini e nos faz olhar no espelho e dizer: Sim, Sou eu.

Porque tudo o que eu fui, eu aprendi, tudo o que sou, estou aprendendo e tudo o que serei ainda vou aprender, mas espero que nunca mais eu tenha a necessidade de perder a essência que diz quem sou eu.

domingo, 8 de agosto de 2010

Filme "Salt"

Salt me chamou atenção nos detalhes.

É um filme interessante pois aborda o tema "você pode mudar o seu destino".

Salt é uma espiã russa que acaba se envolvendo com os EUA e com um homem, que se torna seu marido e, com isso ela muda os conceitos que desde pequena foi forçada a acreditar.

Mostra coragem e quebra de paradgimas, mas, ao mesmo tempo não mostra esperança nesse tipo de mudança, pois a personagem acaba perdendo as coisas com as quais mais se importa, tendo como objetivo de vida, matar todos aqueles que acabaram com a sua vida...

Se houvesse um outro final talvez ficasse muito mais explícito e muito mais claro a questão de poder quebrar as correntes com o passado e decidir o seu fututo.

É meio que como crescer numa família, chega um certo momento em que deixamos de ver aquilo como divino e passamos a ter o nosso olhar nas coisas.

É um filme bom e interessante, mas deixou um pouco a desejar.

Filme "A Origem"

é... como um bom sonho louco o Filme "A Origem" traz uma dose de matrix, junto com uma dose de sonho...

É um filme diferente, pelos efeitos, e pelas novas sensações que traz.

O final é a la sua imaginação... você quem decide como termina... ou como deveria terminar...

O persongame do ator "Leonardo di Caprio" passa o filme todo buscando um caminho para sua vida... um caminho para poder fazer parte do que, sem a intenção, acabou destruindo.

Traz a sensação de que o sonho é muito mais do que o "arquivamento cerebral" do seu dia... mas é um meio de esconder fatos, resgatar um passado e implantar um futuro.

Interessante e bastante curioso. Se eu não sonhasse o tanto que sonho e com as coisas que sonho, diria que isso não pode nunca ser real... mas dentro de um sonho, o que não pode?...

Muito bom

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Sonho louco...

É... Meus sonhos dariam um belo filme... ou talvez um filme assustador... como esse:

Depois de um belo dia de trabalho e treinamento, fui para casa fazer uma das coisas que mais gosto e menos consigo... dormir...e, no breve instante em que eu consegui, sonhei... ou melhor, pesadelei...

Ele era mais ou menos assim...

Estava eu, com uma pessoa, que vou chamar de Agatha, conversando... Então, ela me disse que poderia saber do futuro próximo. Fiquei intrigada... Então, ficamos conversando e tudo mais até que, do nada, ela vai saindo de onde estavámos e me chamando para ir para outro lugar e, como a conversa estava boa, eu fui.

Então, chegamos a um prédio, super massa e bonito, elegante e gigante e ela falou que teria que resolver um problema... e eu continuei a seguindo. Então, paramos de frente para um elevador e ela me disse "Vou subir", eu retruquei "Quer que eu vá com você?", e ela respondeu "Melhor não, fique aí embaixo que em instante eu volto".

Ok, eu fiquei esperando. Então, de repente ela desce, trazendo algo que não havia levado, era um saco de lixo grande e que, pelo rosto dela, parecia estar pesado. Então lhe perguntei: "Agatha, o que que é isso?", e ela me responde com a maior calma do mundo "Ahh... é o Diogo"... Aí eu "ahn???, como assim?", então, num momento meio louco ela abriu o saco e me mostrou e eu reconheci o rosto do Diogo, mas ele estava morto e todo cortado. Em um susto eu falei "Menina... o que você fez??? tá louca??" e ela respondeu" Usei uma pedra, bati 2 vezes na nuca... e ai puis aqui"... e foi colando perto da lata de lixo... como se o Diogo não fosse ninguém... Então, eu virei pra ela e falei "Então é assim? É isso? Vai deixar isso aí?".. e ela me respoonde com a maior inocencia do mundo "Onde você quer que eu deixe?"... Eu respndi: "Eu?? não quero nada..."... Então, em uma mudança rápida de idéia ela pegou uma mala, colocou o saco com o corpo dentro e colocou no porta malas do carro do Diogo.

E foi embora...

E eu, não sabia o que fazer com aquele carro, com aquela mala, com aquele saco e com o Diogo lá dentro.

Então... fui pra casa... levando o carro... e fiquei olhando pra ele... até tomar a decisão do que fazer...

Mas na hora que eu decidi.

Eu acordei

sexta-feira, 30 de julho de 2010

PA2

Amanhã volta o teatro...

Não sei o que me espera nessa nova fase... o PA2 tão sonhado... mas sei, que no final, apresentaremos uma peça (que todos estarão, quando eu souber os dados, convidados a assistir).

O PA1 foi mais que uma turma, foram desafios. Melhoramentos. Como exemplo: Tive que relembrar como memorizar coisa, aprender a me soltar, perder um pouco da timidez, dar minhas idéias que na maior parte das vezes, eu guardava, etc.

Foi muito mais que um curso... foi uma nova perspectiva de vida e de olhar.

Antes do PA1, por algumas dificuldades que passei, me sentia muito vazia... sozinha... e, após, me sentia completa...

Que medo que dá dos novos desafios (medo não, ansiedade) mas que vontade de fazer o tempo correr pra que chegue logo lá... no PA2...

Que mais um semestre venha, de muitos aprendizados, superações, paixões, etc.

MERDA!!!

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Cadê a felicidade?

Me disseram uma vez que para se ser feliz completamente era necessário se doar aos outros.

Então, eu me doei por completo. Mas não fui completamente feliz.

Então, me disseram que para verdadeiramente se ser feliz, era necessário pensar em si.

Eu pensei somente em mim. Mas não passei nem perto de ser verdadeiramente feliz.

Então, me disseram que para se ser feliz, deveríamos passar por sofrimentos, para dar valor ao que temos.

Então, eu me meti em tudo que era encrenca, eu olhei todos os lados negativos das coisas, e para minha surpresa novamente, não consegui ser feliz.

Então, me disseram... "Você precisa pensar positivo"

Eu pensei, pensei com toda a força e com todo o jeito que deu... e novamente... não estava feliz...

Então... quando eu estava desistindo dessa tal de felicidade, alguém me perguntou...

Você percebeu que todos os conselhos que lhe davam você colocava a sua dose de exageiro? Te falaram que você tinha que se doar aos outros, pensar em si mesmo, superar os desafios e ser positivo e, ao invés de você fazer isso você quis, a todo instante ou ser a que se doa demais, ou a que é egoísta de mais, ou a que se supera demais ou a que pensa positivo demais. Isso é irreal. A felicidade é a junção de pequenos sentimentos... eles não podem ser extremos e nem fracos. Ele tem que ser na medida certa. Já disse Dalai lama: Vejam o que te dizem, veja o que você tem a dizer e siga pelo caminho do meio.

Então eu percebi que a felicidade consistia na verdade, em cada um executar, da sua forma pessoal isso... saber estar aí para os outros ao mesmo tempo que se está ai para você e, pensar positivo, mas quando surgirem os obstáculos, saber superá-los.

A felicidade não tem fórmula, ninguém sabe exatamente por onde ela anda, ou como localizá-la... ela simplesmente toca aqueles que não a procuram, mas procuram fazer da sua vida um campo belo.

É como a história das borboletas: "Cuide de seu jardim que elas virão até você"