segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Largando Velhos Vícios

Me ensinaram que podemos negar muitas coisas a alguém, ou a nós mesmos, mas jamais devemos ficar negando (ou regulando) comida.

Aprendi também, desde cedo a comer salgadinho, mc donald's, habib's, beber muito refrigente e por ai vai.

Eu não culpo ninguém, era uma época onde comer fast food era a opção mais rápida, afinal as pessoas viviam correndo, e ainda viivem, mas agora há uma maior preocupação com a alimentação, não pela saúde (muito provavelmente em 50 plano), mas principalmente em relação a obesidade.

Mas, voltando ao assunto eu sempre tive uma alimentação errada e, nunca fiz questão de largá-la. Sabe porque? porque eu estou acostumada a ela e ela a mim.

Decidi então me questionar. Porque sempre tomo coca cola junto com as refeições? Fato...ela me enche...faz com que eu me sinta satisfeita e da mais sabor a comida.

Então, resolvi começar um experimento, na quarta (depois de amanhã) que será começar a comer sem tomar coca.

Meu pai me disse algumas coisas antes de falecer... não foi no seu leito de morte, mas foi uma das últimas vezes que eu falei com ele e isso me tocou, não sei bem o porque. Mas ele disse... Filha, pára de tomar coca...isso vai acabar te fazendo muito mal.

Se ele está certo...eu não sei... mas sempre senti a necessidade de continuar a manter esse vício como uma forma de mantê-lo cuidando de mim...e me avisando pra parar... é, eu sei...estranho.

Então... eu decidi que eu vou começar a me cuidar... vou deixar meu pai parar de se preocupar comigo e vou tomar as rédeas de mim e do meu corpo... não vou domá-lo, vou conhecê-lo...vou conhecer a mim..

E, nessa nova etapa que nomeio "Depertar"... é hoje de saborear comidas diferentes e mudar hábitos antigos que não me levaram e não me levarão a lugar algum...

Espero que daqui a alguns dias eu volte a escrever sobre este assunto, dizendo que fui bem sucedida e tudo mais, mas se por acaso eu recair...tenha certeza que eu vou levantar...e recomeçar...

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Transição

Houve um dia em que eu acreditava em tudo o que me diziam... eu não tinha poder de escolha...eu não tinha opinião. Aquilo que falavam era a verdade absoluta da minha vida. Eu não conhecia outras verdades. Naquele tempo meus melhores amigos eram ursinhos e meus melhores momentos eram no quarto, quando brincava de ser professora e ensinar.

Um outro dia eu comecei a conhecer novas verdades, algumas me deixavam ludibriada, outras confusa, outras confirmavam histórias que eu já ouvia escutado. A minha verdade absaoluta passou a ter dois principais centros. De um lado família, do outro amigos. Meus melhores amigos eram homens (porque as meninas sentiam ciúmes de mim) e meus melhores momentos era quando todos nós sentavámos em roda, numa noite gostosas e conversavámos sobre tudo e nada...mas riamos, nos divertiamos e eu me sentia inteira.

Depois eu comecei a ter novos pensamentos. Meus melhores momentos eram quando eu ia para a balada e soltava todas as angústias dos dias...das dores... das superações que tive que ter tão nova. Meus melhores amigos eram 4... ro, ma, ya e emer. Eu, me sentia... Não me sentia.

Hoje eu tenho minhas próprias idéias de mundo. Muitas delas ainda precisam ser revistas, outras expressam de forma concreta aquilo que sou e aprendi. Hoje, minha melhor amiga sou eu mesma e os meus melhores momentos são todos, pois consigo tirar de cada um uma lição. Me sinto de certa forma inteira, porque hoje eu sei que sempre dá para agregar mais um pouquinho.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Ensinamentos coletivos mas não pessoais.

Existem muitas linhas que ousamos ultrapassar. No momento em que o fazemos, escolhemos deixar algumas coisas para trás e assumir novas responsabilidades. Isso nós fazemos o tempo todo mas, só temos a real consciência quando deixamos lá atrás nós mesmos e tentamos a todo custo recuar e voltar e já não podemos. É como aqueles jogos de video game que você só pode ir para frente pois a tela se move naquele sentido, você não consegue voltar e se fica parado, morre. Então a solução é seguir em frente, buscando uma nova forma de se reencontrar.

No entanto, fomos ensinados a fazer diversas coisas, como ler, escrever, a forma correta de comer, que tipo de roupa vestir, a se importar com o que os outros pensam e etc., mas ninguém nunca nos ensinou a como olhar para dentro de nós mesmos e perceber o que sentimos, ninguém nunca nos incentivou a olhar para nós mesmo e nos perguntar o que eu acho disso? Como eu vejo isso?

Caímos então em um vácuo e ao invés de buscarmos a solução para nossos problemas, ao invés de nos olharmos e nos reconhecermos o que fazemos? Fugimos... fugimos com as drogas, fugimos com a bebida, fugimos com a correria do dia a dia, fugimos no outro... Nós somos um bando de fugitivos... fugimos o tempo inteiro de nós mesmos.

E por quê? Porque é como aprendemos a viver, sempre em prol dos outros, nunca de nós mesmos.

Alguns aprenderam com a vida a se olhar e são taxados como egoístas. Bem, ser egoísta é completamente diferente. Egoismo é querer ter tudo para si. Reconhecer a si mesmo é querer se ter e, nós temos esse direito. Habitamos o nosso corpo e temos esse cérebro para quê, para usar o dos outros? Para ser como os outros? Não. Se fosse para sermos cópias um dos outros, não haveria digitais individuais. Não haveria a necessidade de sermos todos diferentes, bastaria fazer um bando de robôs.

A gente vive ultrapassando linhas e muitas delas são linhas pessoais... aprendemos a nos anular em prol do outro, aprendemos a nos calar para não magoar.

Mas eu convido você a começar a se perceber, a analisar o mundo pelos seus olhos, sentir pelo seu toque, cheirar pelo seu nariz, degustar pelo seu paladar e ouvir pelos seus ouvidos.

Te convido a esquecer lições que se tornaram leis na sua vida e testá-la, criar suas próprias leis, criar seus próprios aprendizados.

Te convido a se quetionar perante a vida e questionar tudo aquilo que você conhece como verdade. Crie suas próprias verdades.

Não é fácil começar a se olhar no mundo, eu sei... mas é necessários fazê-lo senão, ficaremos para sempre a mercê de nós mesmos.

Todos tem o direito de perceber quem são... utilize o direito que você tem de utilizar o seu corpo, sua mente e perceber que muitas das coisas que dizem que é verdade, é uma questão do opinião.

Você tem uma opinião?

Tenha.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Especialidades

Todos temos uma especialidade. A minha é engolir sapos.

Desde de que me conheço por gente não falo tudo aquilo que tenho vontade, na maior parte das vezes falo muito pouco do que vem a minha mente porque tenho medo de magoar as pessoas, medo de deixá-las tristes.

Às vezes eu não falo até para evitar conflitos, mas, de alguma forma eles sempre ocorrem, mesmo que seja internamente.

Eu sempre ficava evitando falar, primeiro, porque achava que ninguém estava me escutando, depois porque eu via que todos esperavam um apoio e, para não apoiar ninguém, porque todos tem suas razões, erros e acertos eu não expressava minha opinião, muitas vezes contrária aqueles que esperavam que eu as exprimisse.

Então, essa sempre fui eu... sempre me neguei a dizer coisas que eu achava que poderiam ferir aos outros e no entanto, o que eu não percebia ou não esperava é que essas coisas começaram a me ferir.

Então, quando eu queria dizer eu chorava...depois de um tempo passei a escrever, no começo poemas, depois musicas e depois contos...

E continuo sendo assim... alguns sapos ja n me permito engolir, outros ainga engulo, em prol ja n sei mais de que...

domingo, 3 de outubro de 2010

A semente

Ela ganhou um presente. Ganhou uma semente. Ficou pensando o que faria com aquilo. Decidiu plantar. Foi até um jardim lindo, cavou um buraco e colocou a semente lá. Tampou o buraco, regou e saiu. Ela voltava lá toda a semana, queria ver o crescimento da sua pequena semente.

No começo, ela não podia ver nada, pois o crescimento era interno. A semente estava criando suas raízes. Com as suas raízes presas a terra, ela começou a se desenvolver e despontar na terra. A moça ficou feliz de ver que ela estava crescendo. A semente levou algum tempo para crescer... e cada nova semana que ela ia ver a semente, mais aela estava ganhando forma de árvore.

Ela pensou. Que bela...

Então... eis que a semente se tranformou em árvore. Ficou grande, encorpada, ganhou muitas folhas e algumas flores e começaram a despontar os seus frutos, seus filhos, que carregavam em si novas sementes, que seriam novas árvores.

E, a cada nova semana que a moça ia olhar sua pequena grande semente, ela se surpreendia com a beleza de um crescimento silenciado, mas completo. Era como se ela tivesse entendendo a beleza da vida.

Então ela pensou, a natureza é inteligente. Ela nos diz que podemos crecer, nos encorpar e ter muitos frutos desde que tenhamos raízes que absorvam aprendizados e experiências e que temos muita paciência para crescer centímetro por centímetro, todos os dias.

A vida é feita disso, cada centímeto de uma árvore, equivale a cada escolha sua... se você tiver boas raízes, cultivadas em bom solo e tiver boas escolhas, com toda certeza crescerá rumo ao infinito e deixará belos frutos que levarão partes da sua hitória.

Mas... muitas vezes esquecemos que, antes de começarmos a ver a árvore despontar na terra, ela teve crescer por baixo, interno, criando raízes e criando estrutura. Nós estamos esquecendo, nos dias de hoje de olhar para dentro de nós, de percebermos quem somos, de criamos nossas raízes e, isso compromete todo o desenvolvimento externo.

A árvore não esquece porque, se a semente ao começar a crescer, esquecer de se fixar, ela não cresce. Nem nós.

Dúvidas contemporâneas.

O mundo silencia as nossas perguntas e nós, como "bons cidadãos" o deixamos nos silenciar.

Vivemos o tempo todo conforme manda o figurino, seguindo padrões de beleza, usando roupas da moda, agindo de acordo com as regras e etc.

Chegamos a um ponto em que o exterior mente o que se sente interiormente. E agindo assim, acreditamos que as pessoas irão nos aceitar, gostar de nós.

Fico me perguntando...

Quantos de nós, bate a mão no peito e diz, com orgulho EU ME AMO?

Quantos de nós diz, sem dúvidas, EU ME CONHEÇO?

Quanto de nós não mente, não silencia o corpo que sente dor, que sente cansaço, que quer parar um pouco?

Quantos de nós não finge estar bem e continua correndo como se o corpo fosse separado da mente?

Quantos de nós não se afogam num copo, usando droga ou vivendo alienado para preencher um vazio que nunca é preenchido?

Quantos de nós não fazem as suas malas e caem no mundo sem olhar para trás para conseguir ter um pouco de paz e liberdade?

Quantos de nós estamos verdadeiramente felizes e quantos conseguem conciliar as 03 partes de si mesmo (mente, corpo e espírito)?

Nós procuramos o tempo todo ser aceitos. Mas eles nos reprovam e nós os reprovamos.

Então, fica a dúvida... Como sair desse ciclo vicioso? Como viver plenamente? Como ser verdadeiramente feliz e inteiro?