quinta-feira, 26 de maio de 2011

Amarrando

Como um boneco.

No começo, quase enlouquecendo, amarram meus choros.

Parei de chorar.

Com o tempo, amarram meus pés. Eles faziam muito barulho pela casa.

Depois, foram os meus braços, que batiam e batiam em tudo.

Depois amarraram minhas brincadeira, eu já não era mais criança, tinha que agir como adulto.

Depois amarraram minha inocência. Ou você acorda, ou lhe passam a perna! Eles me diziam.

Eu acordei.

Então amarraram meus olhos.

Pare de ser rebelde. Qual é?

Parei.

Então amarraram minha mente.

Não pode pensar nisso. Se você pensar nela (e) estará me traindo.

Parei de pensar.

Depois, amarram as flores em cima do meu caixão.

É... eu não morri.

Mas que diferença isso faz?

É... brize!

Pra quem está na situação:

- Fecha aqui pra mim?

- O zíper?

- É!

(ziziziziziiziziz)

- Obrigada

- Nossa!... você está linda!!

- Gostou? Escolhi a dedo.

- Ótimo dedo que você tem.

- Obrigada. Vamos?

- Vamos...

__________________________________________________________

Pra quem está fora da situação:

- Meu, olha... aquilo é um coração?

- Nossa... e os pulmões.

- A bexiga...

- São os órgãos.

- Que incrível.

- Olha, nossos músculos, tendões, ossos.

- Muito irado...

- Muito engraçado ver assim né.

- É, realmente. rs.

- O que que eles estão fazendo?

- Eita... nem sei... que estranho.

(ziziziziziizizizzi)

- Até que ficou bonita né?

- Bonita? Tá linda!!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Confusão

Eu deveria agora estar no meu curso de In Design.

Mas não consigo me mexer.

Não quero sair.

Não quero ficar.



Deveria fingir agora que está tudo bem.

Que nada se quebrou.

Que ninguém me magoou.

Que eu não magoei ninguém.



Deveria continuar com esse lance.

Buscar uma chance.

Tentar outra vez.

Deixar que tentem outra vez.


Mas e quando a gente não quer mais fazer o que se deve?

E quando a gente cansou de ser tratado como nada, como ninguém?

E quando a gente cansou de levar e levar as broncas no lugar de outro alguém?

E quando a gente não quer mais chegar em casa?

E quando tudo que a gente quer é fugir?


Como é que a gente faz?


Quantas amarras nos prendem nesse mundo, onde devemos de?

E como quebrá-las?

Como desarmar os príncipios, as morais e a ética (que mais falta do que tem)?

Por que devemos sempre fingir que está tudo bem?

Porque não podemos chorar?

Porque não podemos nos mostrar fracos?

Porque não podemos fraquejar?

Porque não podemos brigar com os nossos pais?

Porque não podemos querer sair de casa e começar um nova vida?

Porque devemos colocar os sorrisos falsos no rosto só pra convencer aos outros que está tudo bem quando se está desabando por dentro?


Por que ninguém quer ver?

E, algum dia alguém há de querer?


Não sei mais se a morte é um castigo, uma fuga ou uma benção.

Não sei mais se viver é realmente um presente.

Pode ser que seja uma rosa e que esconda nas suas belezas os espinhos.


O que é a família?

Quem são nossos pais?

E avós?

E primos?

E irmãos?


Quem é que somos nós?

Question

Mãe é uma coisa só.

Filhos a gente pode ter quantos quiser.

E não precisa ser de sangue, pode ser de coração, pode ser adotado.

Mas a gente pode ter quantos quiser.



Eu não quero que você saia.

Só o seu irmão.



Que que quer de mim então?

É

EU preciso de você.

Mas te afasto.

Eu digo que me importo,

Mas não quero saber quando você está bem.

Eu digo que quero que você fique,

Mas te mando embora.

Nenhuma palavra foi dita.

Toda uma relação quebrada.

De quem é a culpa?

Meu Deus... de quem é?

Eu não sei...

Não quero saber onde isso tudo começou.

Não quero falsos moralismos.

Falsas promessas.

Falsas atitudes.

Quero a verdade.

Me cuspa na cara novamente, mas me cuspa me dizendo a verdade.

Não ouse me manipular.

Não sou feito um boneco com o qual você pode brincar.

Não sou mais uma criança, a qual você pode moldar.

Dizem que o contrário do amor é a indiferença.

Onde é que isso tudo começou?

Não quero saber.

Pergunta retórica.

Quero saber, como, quando e onde isso vai acabar.

Será que será quando eu abrir as asas num belo vôo e sumir.

Ou será que será quando, sem medo, ou pudores, dissermos que tudo, tudo mesmo se quebrou?

A gente arranja desculpas.

A gente finge que aguenta.

Até que um dia...

Um péssimo dia, a gente percebe:

A gente não aguenta mais.

Fui

Me desculpo aqui pelas pessoas que vou deixar.

Peço perdão por não dizer tchau.

Mas eu não sou muito boa pra dizer Adeus.

Há muito tempo eu tenho me perguntado se aqui é mesmo meu lugar.

Eu não sei...

Mas estou propensa a achar que não.

Eu vejo tudo o que acontece no mundo e não tenho onde me esconder.

A gente tem que aguentar, tem que enfrentar, ir até o fim.

Mas quando será que o fim chegará?

Hoje chegou o meu... aqui...

Sem dúvida recomeçarei em outro lugar.

Se ficarem tentados a espalhar cartazes procurando por mim.

Não o façam.

Não quero que me encontrem.

Não quero que me tragam do mundo dos sonhos.

Quero recomeçar.

Não sei quanto vai doer deixar tudo isso lá atrás e, sinceramente, eu não quero mais saber.

Eu vou ficar bem...

Alguns dirão que eu fugi.

Digam...

Alguns dirão que eu desisti.

Digam...

Alguns dirão qualquer outra coisa.

Digam, digam, digam!

E, se um dia você quiser me ver... procure nos palcos do mundo.

Nas cadeiras dos teatros.

Mas não fale comigo.

Eu não quero mais ser incomodada.

Se a vida tivesse um manual de instrução seria tão mais fácil.

Mas será que seria tão maravilhosa?

quinta-feira, 19 de maio de 2011

O sonho. O amor.

Eventualmente eu ainda volto aqui.

Me sinto mais perto de você...

Se você estivesse aqui do meu lado saberia o que estou pensando.

Iria lembrar das danças, dos sorrisos, das conversas.

Pode ser que não lembrasse de todas as palavras.

Mas sem dúvida iria lembrar dos preciosos momentos que nos uniram de modo tão forte e do mesmo modo, nos afastaram.

Mas fazer o que?

Eu lembro bem... daquele seu sorriso.

Quando você dava, parecia poder iluminar o mundo (mesmo que só iluminasse meu coração).

E você, que sempre dizia que nunca me esqueceria. Que eu era a sua versão feminina.

Quantas vezes nos declaramos no silêncio das falas? Nas trocas de olhares?

Quantos abraços cheios de promessas demos?

E quantas dessas promessas, quebramos?

Se lembra, quando você segurou o meu rosto, encostou o seu nariz no meu, foi deslizando e parou a poucos centímetros da minha boca?

O Beijo.

Aquele que sempre sonhamos e nunca demos...

E você recuou lentamente, quase implorando que eu pulasse no seu pescoço e te beijasse!

E eu quis!!

E eu não fiz...

E nem você.

Seria simples dizer que não nos beijamos porque não queríamos.

Todos dizem isso.

Mas dizem porque não sentem o que sentimos, mesmo após tantos anos, quando por acaso nos encontramos em qualquer lugar e nós vemos.

Somos ímãs.

Quando estamos longe, continuamos vivendo.

Mas quando estamos perto... o mundo pára... pra gente se olhar.

O mundo se torna nós.

Viramos o centro do universo.

Só conseguimos olhar um para o outro.

Mesmo que nenhuma palavra seja dita.

Nenhum sorriso esboçado.

Os olhares falam por si só.

Falam por nós.

Se lembra?...

Quando nos vimos naquele bar, depois de meses sem nos falarmos.

Foi forte.

Tentei te evitar.

Evitei olhar.

Mas quando dei por mim, nossos olhos já estavam tão próximos quanto éramos antes.

Só pode ser brincadeira de Deus colocar você no meu caminho.

E depois, quando você subitamente apareceu me dando Oi no msn, como se a lacuna existente entre nós fosse de brinquedo e que pudesse a qualquer momento ser removida.

Eu tenho medo.

Medo de que um dia nosso amor se torne real e não resista a alguns poucos meses.

Gosto de ter você assim.

Longe e perto.

Longe do meu corpo, do contato físico. Do beijo esperado.

Perto nos sonhos, nas lembranças. Na alma.

Acho que de tanto te desejar, te querer e sonhar com os seus beijos é melhor não ir atrás de realizá-los.

Podemos cair de lá até lugar nenhum e perder essa magia.

Esse lugar sagrado que fizemos como tenda dos apaixonados.

Apaixonados por sonhos. Como nós.

E eu, lembro do que vivemos.

Sonho com o que poderíamos ter vivido e imagino:

Será que você também pensa em mim?

Quando bate a saudade

Não vou mentir.

Aceite.

A saudade não passa.

Não é algo do qual podemos nos livrar.

É instintivo.

Queremos contar nossas alegrias.

Olha... Minha primeira assinatura na carteira!

Só pra ver naqueles olhos o orgulho. O orgulho que de alguma forma o fazemos sentir.

Pensamos:

Como eu queria que você estivesse aqui pra ver isso, saber daquilo, rir disso, brigar comigo por isso.

Até das brigas sentimos falta.

Acho que descobrimos que aprendemos a lidar quando ouvimos aquela música, aquela unica música que nos remete a esta pessoa, as nossas memórias e a causa da nossa saudade e conseguimos não chorar.

Apenas olhamos para o céu como se pudéssemos, nesses 3 minutos nos conectar novamente e estivéssemos novamente, um de frente pro outro, contando tudo o que queríamos ter contado.

Se é uma coisa normal, por que dói tanto?

Por que as lágrimas rasgam sem dó os nossos corações?

Como viver quando se passaram 1, 2, 3, 10 anos e você ainda chora ouvindo a música?

Será que um dia conseguiremos ouvi-la sem chorar?

terça-feira, 17 de maio de 2011

Nos meus sonhos.

Viajo nos meus sonhos.

Construo o meu mundo.

Aquele, onde habitamos eu e você.

Aquele dos olhares que sorriem denunciando o que só a gente sente.

Aquele dos beijos calmos que nos dão a certeza do amor.

Aquele dos quentes que nos dão a certeza do prazer.

Aqueles na testa, de respeito;

Na bochecha, de amigo;

Na pontinha do nariz, de romance; e,

Aquele da boca.

Ah! Aquele da boca! É prometido!

É a nossa promessa.


Aquele mundo do toque...

Que só nós sentimos.

As mãos que timidamente se encontram.

A cabeça que sabe que pertence aquele ombro.

O abraço, que entrelaça até a alma.

Aquele dos corpos que se desejam, e se tocam e se conhecem.

Ah! E se arrepiam.

Oh... e se desejam.



Nos meus sonhos somos peixes no mar.

Horas navegamos em águas agitadas, horas calmas e tranquilas.

Somos assim.

Estrelas de um céu azul escuro.

Que brilham e se encontram, e se intensificam, e se iluminam.


Nos meus sonhos, somos o que quisermos ser.

Estamos em algum lugar entre a lua e o sol.

Talvez no mar.


Talvez na Terra.


Talvez em Marte.



Mas prefiro acreditar que de alguma forma, mesmo sem nem sabermos quem somos, estamos primeiramente em nós.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Falando de amor...?

Esses dias me perguntaram se eu ainda acreditava no amor.

- Claro que eu acredito! - eu respondi

Fiquei me questionando o que havia feito alguém perguntar sobre essa crença no amor.

Então, comecei a reparar nas pessoas que "amam"... e li, um livro muito interessante que indico (Amar ou depender? - Walter Riso).

Fato é que o amor está sendo muito confundido ultimamente.

A maior parte das pessoas não sente "amor".

Sente "necessidade".

É claro, que eu não vou fazer o tipo hipócrita que diz que estamos com as pessoas porque simplesmente gostamos.

Todas as relações tem interesse.

Não precisam ser interesses negativos.

Mas de qualquer forma há o interesse.

E isso é normal.

Não questiono isso.

Questiono a dependência afetiva.

Quantas desculpas inventamos para continuar nos relacionamento?

- Ele me bate, mas prometeu que nunca mais fará de novo.

- Ele me trai, mas me disse que me ama e que nunca mais me trairá de novo.

- Ela me critica, me põe pra baixo, mas o que posso fazer? Não consigo viver sem ela!

- Ela colocou na lista fazer sexo 2 x por semana, mas olha, a gente se ama viu!

etc, etc, etc.

Pablo Neruda escreveu uma frase que diz:

"Se sou amado, quanto mais amado, mais correspondo ao amor. Se sou esquecido, devo esquecer também, pois o amor é feito espelho: tem que ter reflexo."

O amor tem que ter reflexo!

O amor é feito de dois. É feito de troca.

Não podemos nos colocar 100% em um relacionamento onde nosso parceiro não põe nem 10%. Se fazemos isso o risco que corremos de morrermos no amor é grande.

Mas as pessoas adoram um sacrifício!

Amar não é sucumbir em vida. Não é deixar de ter seus gostos, seus sonhos, suas expectativas para ter a dos dois.

O livro tem uma frase budista que eu achei incrível que diz:

Tudo flui, tudo muda, tudo nasce e morre, nada permanece, tudo se dilui; o que tem príncipio tem fim, o que nasceu morre e o composto se decompõe. Tudo é transitório, insubstancial e, portanto, insatisfatório. Não há nada fixo em que se aferrar".

Assim é o amor.

Porque assim somos nós.

Desamamos.

Morremos.

Faz parte da vida.

Só que não aprendemos isso e esperamos que para sempre tenhamos aquele amor.

Não gostamos de ficar sozinho.

Precisamos de um companheiro, de um cúmplice, de um apoio, de um motivo, de uma razão.

Só que não é apenas o outro que pode nos dar isso.

É uma coisa que minha mãe sempre me falou:

"Nosso coração é como um bolo, onde podemos cortar várias fatias: Uma para a família, uma para os estudos, uma para o trabalho, uma para o amor e a principal: uma para nós mesmos. E assim, quanto mais coisas surgirem que nos façam feliz, que nos completem, mais uma fatia criamos no nosso coração. Se fizermos do nosso coração apenas uma fatia e entregarmos para qualquer parte da nossa vida e o pedaço cair ao chão, o que acontece? Não sobra nada."

O amor tem que ser uma das fatias do nosso coração.

Ninguém é obrigado a suprir todas as suas necessidades e carências e se alguém o faz, ou o faz porque te ama, ou o faz para não te perder.

Fato é que hoje em dia fazemos mais para não perdermos do que realmente por amarmos.

Quando amamos, não precisamos estar o tempo todo com o outro ou se doar completamente, podemos continuar sendo quem somos e agregarmos um ao outro.

Não que um relacionamento a dois seja sempre um mar de rosas.

Somos humanos e assim como brigamos com nossos pais e amigos, brigaremos também com nossos amores.

O que não podemos deixar acontecer é nos anularmos achando que estamos vivendo um puta amor.

Até porque se esse puta amor te dá um puta pé na bunda, você fica com um puta vazio no peito, sem nem saber por onde começar, porque já nem sabe quem se é.

Então esse meu amigo me perguntou se eu acreditava em amor.

- Claro que eu acredito - respondi.

O amor, para mim, é o mais sublime dos sentimentos. É simplesmente lindo.

Finalizo com um poema também no livro de Fernando González:

"E morro porque não morro... Eterno prazer amargo esse do amor! Desejo perpétuo de possuir tua alma e perpétua distância de tua alma! Sempre seremos tu e eu; sempre, apesar de meus olhos fitarem os teus e muito perto, haverá um espaço em cada um onde se forma uma imagem mentirosa do outro... Como é possível entender o que sentes ao ouvir aquela música, se minha alma é diferente da tua? Egoísmo amargo este do amante: querer ser um onde há dois; querer lutar com o espaço, com o tempo, com o limite!"

quinta-feira, 5 de maio de 2011

O n° 1 Morreu. E aí?

O mundo hoje sorri diante de uma morte.

É.

O mais procurado do mundo foi morto no domingo.

Ele que se achou no direito de matar milhões de inocentes em nome de sua causa.

E quem não se acha no direito?

E hoje, depois de uma bala no peito e uma na cabeça (e sabem mais o que Deus ou Ala), sofreu do veneno que andava destilando.

A morte.

A vida é uma tentativa de propósitos.

Alguns propósitos nos enaltecem, nos tornam heróis, inesquecíveis.

Outros nos tornam inesquecíveis também, mas como lobo maus, pelo horror que deixamos na história.

Claro que há quem esteja chorando a morte dele, o fazendo um mártir, mas a maior parte do mundo está sorrindo, elevando a suas mãos para o céu!

Por que ter pena de um cara que fez milhares de famílias pelo mundo todo chorarem a perda de um ente querido?

Mas uma pergunta paira a minha mente.

Ele morreu.

E aí?

O que se tornou quem o matou?

Honrado?

Herói?

Nada?

Não defendo o Bin Laden.

Não defendo os EUA.

Entender?

Entendo a ambos.

Mas até quando a resposta para tudo será a violência?

Até quando os sangues serão derramados como se as gotas pudessem esconder as manchas do passado?

Até quando insistiremos em nossos conceitos e mataremos quem estiver contra nós?

Há uma pergunta que ecoa e não quer calar:

Não estamos nos tornando nossos piores inimigos?

segunda-feira, 2 de maio de 2011

O Palco

Quem poderia prever?

Não é preciso muito, é?

Claro que não!

Somos simplesmente tocados...

Simplesmente assim:

Um palco vazio, completamente iluminado a espera de um ator.

De você.

No começo você tem medo de desapontar o palco, de não estar a altura dele, da arte que ele representa.

Então você quer conhecê-lo melhor, em cada detalhe.

Quer saber o que ele considera importante e o que não.

Depois você fica extasiado!

Olha aquele palco maravilhosamente ali, a sua espera, e você se sente a pessoa mais feliz do mundo. A mais sortuda. A mais completa.

Depois você começa a se permitir nele.

Começa reconhecendo aquele espaço, vendo como pode melhorá-lo, como pode dar o melhor de si ali e quando você percebe você está em perfeita comunhão com o espaço.

Mas a comunhão é tão perfeita que você acredita estar sonhando.


A gente tenta fugir.

Mas não sabemos quais são os nossos verdadeiros escudos, embora acreditemos saber.

É inevitável.

Um belo dia você acorda...

Apaixonado!

Ama dure (c)ser

Nossa vida é completamente cheia de momentos.

E eles são tão diferentes entre si.

Nos trazem tantos aprendizados novos.

Coisas que jamais supúnhamos aprender.

Tem horas que achamos conhecer demais só porque passamos e vencemos coisas que nos desafiaram até o último fio de cabelo.

Então, enfrentamos o mundo pensando conhecê-lo, mas não conhecemos.

Todos superamos obstáculos.

Quando eu era pequena, lembro de uma história que a minha mãe me contou:

"Havia um vilarejo onde de todo mundo reclamava da própria sorte e sempre dizia ser injustiçado, até que um dia chegou uma pessoa que pediu que cada um escrevesse a pior coisa que tivera passado e que colocasse em um muro. Certos de que o que colocariam seria a pior coisa daquele vilarejo todos o fizeram. No dia seguinte, quando foram ler o muro, perceberam que as suas dores não eram piores ou melhores, mas que cada um tinha seus momentos de dificuldade. Naquele momento eles perceberam também que a vida é feita de infortúnios, mas sobretudo é feita de garra e de coragem para enfrentá-los de frente."

Perder faz parte de viver.

E, mesmo que se perca, desejo que ao menos você saiba que deu o seu melhor na luta e que aprenda que perder não quer dizer fracassar.

Fracassar é não aprender nada, perdendo ou ganhando.

Há lições que as vitórias não trazem.

É necessário saber, e hoje eu entendo, que suportar uma dificuldade nos torna maiores, mas não gigantes e nos torna mais fortes, mas não supermen (ou superwomen).

Viver é uma tarefa difícil, horas saborosa, horas dolorida, mas se tem algo que é constante é que ela é a mais preciosa fonte de aprendizados.

Tudo o que fazemos nos faz crescer. E eu não estou falando de altura, estou falando de amadurecimento.

Mas tem que se tomar cuidado. Algumas pessoas confundem amadurecer com ser o melhor ou se tornar rígido por "saber tudo".

Amadurecer é respeitar as coisas que acontecem;

Entender que a vida não é só alegrias;

Aproveitar as oportunidades para aprender, para amar, para viver;

Se tornar responsável por si mesmo (e se permitir ser irresponsável de vez em quando);

Entender que não é só porque você agiu de uma forma que todos o farão ou o devem fazer. Cada um tem o seu jeito e os seus motivos para tomar suas ações.

Contente-se com o que você fez, esperando ter feito tudo o que podia e sabendo que talvez nunca se saiba se realmente fez.

É um jogo de apostas e tentativas.

Aceite, suas escolhas influenciam na roda do mundo e você, mesmo não acreditanto é importante para o sistema.

Por fim, uma das partes que mais considero difícil em amadurecer é ousar olhar para dentro de si e descobrir quem se é.

Não é fácil, assim como também não é fácil superar dificuldades, amar, se apaixonar e viver.

Mas é natural.

Em um dado momento, por mais breve que seja, você tem que se olhar, se perceber.

Espero que você nunca acredite ser tarde para enfrentar a vida e o enorme obstáculo que criamos, inconscientemente, entre nós e nosso eu.

Por mais que você se vanglorize ou seja intenso em tudo o que faz, jamais esqueça que vencer um obstáculo é apenas um pedaço do caminho.

Não se acomode nas certezas.

As melhores coisas da vida são incertas e morreremos tentando desvendá-las.