domingo, 12 de setembro de 2010

Cabeça pra baixo

Era preciso ficarmos distantes das pessoas que gostamos, por questão de momentos, para sentirmos a imensa falta que elas nos deixam.

Ficamos dia a dia com as pessoas e, já não lembramos o quanto elas nos são especiais e o quanto são importantes.

Chega um determinado momento em que já não dizemos Oi, como vai? Senti sua falta... Mas dizemos.. Você fez isso, fez aquilo, já arrumou isso e aquilo?

A gente já não quer saber se a pessoa realmente está bem... a gente já não quer mais saber... mas, quando elas se vão... ficamos sentindo que falta alguma coisa. Será que não foi sempre assim?

Relacionamentos são complicados, e não apenas aqueles que "escolhemos" alguém... são também os familiares... A gente passa o tempo todo cobrando, sem ao menos olhar para o outro e ver como ele está.

Isso é frustante.

Aí, vemos aquelas belas histórias de amor, onde ambos percebem que não há nada mais importante no mundo do que os momentos... e nos questionamos: Temos dado importância ao que realmente importa?

Acho que a resposta para isso é medonha. Não damos. Não sabemos dar. Não aprendemos a dar.

Então, vivemos o mundo, vivemos o aprendizado externo, vivemos ser alguém, ter as melhores coisas, mas não vivemos a gente, não vivemos os aprendizados internos, não vivemos dar valor as pessoas que temos, não vivemos dar valor a quem somos.

Acho que está tudo de cabeça pra baixo.

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