Faz tempo que não escrevo, não exponho meus sentimentos a mim mesma.
Talvez seja falta de tempo. Talvez medo de encará-los.
Fato é que nestes últimos meses ganhei um grande presente. E, junto com ele tive que perceber muitas coisas a respeito de mim mesma e de minha atitude que devem ser revisadas.
Ter filho é mais do que dar vida a alguém. É principalmente ter a chance de se reencontrar consigo e com seus percursos.
Como ter um filho e não repensar na vida?
Durante muito tempo eu apenas fui o que me pediram. Fui feliz, claro. Mas não completamente.
Depois eu comecei a me perceber, principalmente depois da perda do meu pai, então eu tive que ser o que eu queria, e não o que eu estava acostumada e deixar de seguir por tanto tempo orientações, te desorienta.
Mas é necessário.
Então eu passei a cometer erros.
Erros sempre cometi. Menores.
Então comecei a errar mesmo porque eu precisava acreditar em cada uma das palavras que eu dizia.
E muitas das coisas eu agradeci por ter feito.
Outras são latências diárias. Que passarão, com certeza, mas marcaram.
E, não tem como não julgar a si mesmo sendo pai. Isso é essencial. Necessário.
Precisamos ter os nossos valores estabelecidos para podermos passá-los a alguém e cobrá-los por isso.
Temos que ser pessoas de bem.
Espero que os meus erros, pequenos ou grandes, sejam perdoados e que eu me perdoe também por alguém deles.
Desabafar talvez ajude.
Então... eu desabafo na esperança de que eu mesma entenda que fez parte do aprendizado.
É necessário das valor para o que conquistamos e não nos permitir perder-mos por bobeira.
A vida é curta. O que vale é deixarmos boas lembranças aqueles com quem cruzarmos e aprendermos com eles.
Que eu tenha a sabedoria para os próximos passos meus e para ensinar o meu pequenino a caminhar.