domingo, 3 de outubro de 2010

A semente

Ela ganhou um presente. Ganhou uma semente. Ficou pensando o que faria com aquilo. Decidiu plantar. Foi até um jardim lindo, cavou um buraco e colocou a semente lá. Tampou o buraco, regou e saiu. Ela voltava lá toda a semana, queria ver o crescimento da sua pequena semente.

No começo, ela não podia ver nada, pois o crescimento era interno. A semente estava criando suas raízes. Com as suas raízes presas a terra, ela começou a se desenvolver e despontar na terra. A moça ficou feliz de ver que ela estava crescendo. A semente levou algum tempo para crescer... e cada nova semana que ela ia ver a semente, mais aela estava ganhando forma de árvore.

Ela pensou. Que bela...

Então... eis que a semente se tranformou em árvore. Ficou grande, encorpada, ganhou muitas folhas e algumas flores e começaram a despontar os seus frutos, seus filhos, que carregavam em si novas sementes, que seriam novas árvores.

E, a cada nova semana que a moça ia olhar sua pequena grande semente, ela se surpreendia com a beleza de um crescimento silenciado, mas completo. Era como se ela tivesse entendendo a beleza da vida.

Então ela pensou, a natureza é inteligente. Ela nos diz que podemos crecer, nos encorpar e ter muitos frutos desde que tenhamos raízes que absorvam aprendizados e experiências e que temos muita paciência para crescer centímetro por centímetro, todos os dias.

A vida é feita disso, cada centímeto de uma árvore, equivale a cada escolha sua... se você tiver boas raízes, cultivadas em bom solo e tiver boas escolhas, com toda certeza crescerá rumo ao infinito e deixará belos frutos que levarão partes da sua hitória.

Mas... muitas vezes esquecemos que, antes de começarmos a ver a árvore despontar na terra, ela teve crescer por baixo, interno, criando raízes e criando estrutura. Nós estamos esquecendo, nos dias de hoje de olhar para dentro de nós, de percebermos quem somos, de criamos nossas raízes e, isso compromete todo o desenvolvimento externo.

A árvore não esquece porque, se a semente ao começar a crescer, esquecer de se fixar, ela não cresce. Nem nós.

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