terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O dia em que te conheci.

Eu estava em casa.

Minha casa era a unica coisa no mundo que eu achava linda, que eu pensava conhecer.

Eu vivia bem, segundo minha concepção de bem estar.

Eu não costumava olhar pela janela. Me diziam que o mundo era cruel. Então nunca tive curiosidade de vê-lo, conhecê-lo.

Mas um dia, simplesmente eu tive que ir até a janela e abrir as cortinas. Tive que olhar o mundo e foi aí que meu coração acelerou demais... Achei que iria enfartar.

Só consegui soltar da boca a palavra: "Linda!".

Era linda demais.

Você passou sem perceber o quanto era olhada e desejada. Você escutava música. Seu andar era calmo, tranquilo, sem pressa. Seu cabelo era de cor de madeira e brilhava com uma luz que se refletia nele. Olhos expressivos. Alma encantadora.

Quis correr até você, quis que você sentisse meu coração. Minha falta de fôlego.

Então fui até a porta, a destranquei e parei.

Não sai.

Então, abaixei a cabeça e tranquei novamente as fechaduras que me separavam do mundo. De você.

Sentei no sofá, meio desanimado, mas sorri.

Sorri ao lembrar de você.

Sorri, ao lembrar da cena mais linda que já vi, nesses 25 anos de existência.

Sorri, porque este foi o único momento em que, por pouco, não suicidei minhas idéias. Que por pouco, não saí do meu lugar, que segundo minha concepção me faz bem.

Me faz bem?





Continua...

Nenhum comentário:

Postar um comentário