sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

O dia em que te conheci. - Parte 2

Nunca acordei dessa maneira.

Nunca me senti desse jeito.

Minha vontade era ficar na janela, o tempo todo, até você aparecer.

Eu estava pouco me lixando para velhos conceitos. Velhas crenças. Por mim, rasgava as cortinas que me separavam de você e, conseqüentemente, do mundo.

Mas não as rasguei. Apenas as abri.

Peguei um banquinho e me sentei a janela. Mal tinha eu tomado meu café da manhã e já estava lá... te esperando. Te desejando.

A vontade de te ver era tão grande que a fome não ousava desafiar as borboletas que voavam alegres no meu estomâgo.

Não sei dizer com precisão quanto tempo fiquei ali, olhando pela janela... mas vi muitas mulheres, muitas pessoas e, quando alguma delas lembrava você, meu coração quase saia pela boca.

Quando descobria que não era você... eu me sentia triste, com vontade de desistir. Estava certo que você não iria mais aparecer.

Então, num lapso momento de desanimo, sai da janela.

Mas em 5 segundos voltei, olhando por todos os sentidos para ver se você não havia passado justo no momento em que eu saira.

Já é noite. Você não passou. Fiquei fazendo mil e uma suposições do motivo:

Será que ela foi almoçar em outro lugar?

Será que está doente?

Será que não precisou sair?

Mas a que a mais me assustou foi:

Será que ela só precisou passar por aqui ontem e nunca mais passará novamente?

Espero que não.

Sinceramente não saberia o que fazer.

Fui pra minha cama e me puis a dormir.

Pra variar, sonhei com você.

Sonhei que tinha ido falar com você.

Quando acordei, a primeira coisa que procurei, pelo quarto, foi você.

Me toquei que era apenas um sonho.

Fui tomar café da manhã.

Às vezes dava uma bisbilhotada pela janela... mas achava que você não passaria mais...

Rezei... nem sei pra quem... pedindo desesperadamente que você passasse.

Você não passou, novamente.

No terceiro dia, depois de sonhar que havia te perdido, decidi tomar alguma atitude.

Destranquei a porta de casa. Fiquei pensando o que eu faria lá fora.

Tranquei novamente. Desisti.

Sentei no sofá. Dormi.

Quando acordei, fui até a janela e, adivinha, nada... nada de você.

Acho que o que me diziam é verdade. O mundo é cruel, basta você envolver para que, em segundos, ele leve o que você envolveu.

Fechei as cortinas.

Me prometi que não as abriria novamente.

Mas aí, acordei...




Continua

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