terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Vazio...

Devia haver alguma coisa ali, mas já não há.

Devia haver esperança, crença, mas se perdeu.

Perdeu-se junto com sonhos e expectativas frustradas.

A quem culpar?

Não há ninguém...

Ninguém por aqui ou ali há.

E o coração bate lento, como se em um instante qualquer fosse parar.

Como se não sentisse nada que o efervessesse, nada que o despertasse.

E realmente não há.

As mãos já tocam o silêncio, o vácuo dos desesperados.

A boca tenta soltar algum grito de sobrevivência, mas nem som há.

E o que podem os olhos enxergar além de vazio, silêncio e escuridão?

Nada, não há mais o que enxergar.

Os passos são lentos, as pernas vão perdendo a força, o corpo quer se encostar, mas nem onde ele possa há lugar.

Uma vida assim... simplesmente sem sonhos, gritos, batimentos acelerados, idéias ou ideais.

Uma vida insignificante e aos olhos de quem a tem, completa.

Não houve marcas além daquelas trazidas pela falta delas.

E me diga, a quem culpar?

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