Devia haver alguma coisa ali, mas já não há.
Devia haver esperança, crença, mas se perdeu.
Perdeu-se junto com sonhos e expectativas frustradas.
A quem culpar?
Não há ninguém...
Ninguém por aqui ou ali há.
E o coração bate lento, como se em um instante qualquer fosse parar.
Como se não sentisse nada que o efervessesse, nada que o despertasse.
E realmente não há.
As mãos já tocam o silêncio, o vácuo dos desesperados.
A boca tenta soltar algum grito de sobrevivência, mas nem som há.
E o que podem os olhos enxergar além de vazio, silêncio e escuridão?
Nada, não há mais o que enxergar.
Os passos são lentos, as pernas vão perdendo a força, o corpo quer se encostar, mas nem onde ele possa há lugar.
Uma vida assim... simplesmente sem sonhos, gritos, batimentos acelerados, idéias ou ideais.
Uma vida insignificante e aos olhos de quem a tem, completa.
Não houve marcas além daquelas trazidas pela falta delas.
E me diga, a quem culpar?
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