quinta-feira, 19 de maio de 2011

O sonho. O amor.

Eventualmente eu ainda volto aqui.

Me sinto mais perto de você...

Se você estivesse aqui do meu lado saberia o que estou pensando.

Iria lembrar das danças, dos sorrisos, das conversas.

Pode ser que não lembrasse de todas as palavras.

Mas sem dúvida iria lembrar dos preciosos momentos que nos uniram de modo tão forte e do mesmo modo, nos afastaram.

Mas fazer o que?

Eu lembro bem... daquele seu sorriso.

Quando você dava, parecia poder iluminar o mundo (mesmo que só iluminasse meu coração).

E você, que sempre dizia que nunca me esqueceria. Que eu era a sua versão feminina.

Quantas vezes nos declaramos no silêncio das falas? Nas trocas de olhares?

Quantos abraços cheios de promessas demos?

E quantas dessas promessas, quebramos?

Se lembra, quando você segurou o meu rosto, encostou o seu nariz no meu, foi deslizando e parou a poucos centímetros da minha boca?

O Beijo.

Aquele que sempre sonhamos e nunca demos...

E você recuou lentamente, quase implorando que eu pulasse no seu pescoço e te beijasse!

E eu quis!!

E eu não fiz...

E nem você.

Seria simples dizer que não nos beijamos porque não queríamos.

Todos dizem isso.

Mas dizem porque não sentem o que sentimos, mesmo após tantos anos, quando por acaso nos encontramos em qualquer lugar e nós vemos.

Somos ímãs.

Quando estamos longe, continuamos vivendo.

Mas quando estamos perto... o mundo pára... pra gente se olhar.

O mundo se torna nós.

Viramos o centro do universo.

Só conseguimos olhar um para o outro.

Mesmo que nenhuma palavra seja dita.

Nenhum sorriso esboçado.

Os olhares falam por si só.

Falam por nós.

Se lembra?...

Quando nos vimos naquele bar, depois de meses sem nos falarmos.

Foi forte.

Tentei te evitar.

Evitei olhar.

Mas quando dei por mim, nossos olhos já estavam tão próximos quanto éramos antes.

Só pode ser brincadeira de Deus colocar você no meu caminho.

E depois, quando você subitamente apareceu me dando Oi no msn, como se a lacuna existente entre nós fosse de brinquedo e que pudesse a qualquer momento ser removida.

Eu tenho medo.

Medo de que um dia nosso amor se torne real e não resista a alguns poucos meses.

Gosto de ter você assim.

Longe e perto.

Longe do meu corpo, do contato físico. Do beijo esperado.

Perto nos sonhos, nas lembranças. Na alma.

Acho que de tanto te desejar, te querer e sonhar com os seus beijos é melhor não ir atrás de realizá-los.

Podemos cair de lá até lugar nenhum e perder essa magia.

Esse lugar sagrado que fizemos como tenda dos apaixonados.

Apaixonados por sonhos. Como nós.

E eu, lembro do que vivemos.

Sonho com o que poderíamos ter vivido e imagino:

Será que você também pensa em mim?

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