Se eu pudesse voltar ao tempo e ficar com a maturidade que tenho hoje, nos dias em que eu passei, fiquei me perguntando o que eu mudaria...
- Teria feito todas as vontades do meu pai, enquanto ele ainda tinha vontades (eu sei que fiz a maior parte delas, mas algumas vezes eu tive muita preguiça de comprar uma coxinha, ou lavar uma louça, mas não foi por má vontade, foi porque eu trabalhava e estudava e cuidava de fds dele. Eu estava cansada.)
- Teria aproveitado mais meu tempo de criança (eu sempre quis amadurecer muito cedo, ter minha casa, minha família e minhas coisas. Sempre fui um pouco precoce quando o assunto era liberdade e crescimento, eu queria porque queria ser gente grande e quando eu fui desafiada a ser, senti falta do meu tempo de brincadeiras e sorrisos, onde a unica responsabilidade era ser feliz)
- teria aproveitado mais os carinhos da minha mãe (se eu soubesse o que iria acontecer hoje, teria aproveitado mais quando tudo parecia ser tão perfeito. Há uma certa frase que diz que quando a gente passa a conhecer as coisas a gente se decepciona... ver uma família não só como algo sagrado, mas como um conjunto de pessoas com defeitos e qualidades, isso fica perigoso... e muito frágil)
Fiquei também me perguntando se eu me arrependo de algo.
Embora eu, se tivesse minha maturidade gostaria de fazer algo diferente, eu não me arrependo de tudo o que fiz, porque o que eu mudaria não é ser boa ou má, eu teria apveitado mais de um tempo que eu passei. Acredito que tudo o que vem, vem com uma simples lição: ensinar. Sei que tudo o que eu passei e que não consegui vencer, houve alguma vitória e algum aprendizado, assim como tudo o que eu venci, houve alguma derrota e algum aprendizado.
Não me considero alguém sem defeitos...tenho os meus...sei quando erro...mas acho que eu tenho a ousadia de pegar meus erros na mão e tentar consertá-los e, se isso for impossivel eu simplesmente os limpo e tranformo em uma lição.
As lições das vitórias são faceis de serem guardadas...das derrotas são amargas e demoramos para perceber. Temos medo de olhar e perceber que pisamos na bola...ou que algo não estava nas nossas mãos. Mas, é preciso ter ousadia, porque só aquele que ousa aprender dos lugares mais profundos aos mais superficiais se conhecerá por completo.
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