quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Perdoa

Perdoa minha insesatez.

Minha tentativa deseperada por controle.

Perdoa meus beijos quentes, que sem sal, não dizem o que sinto.

Perdoa minha pele marcada pelos próprios carimbos que criei.

Perdoa o fato de eu ter as lágrimas que não derramei quando deveria.

Perdoa o fato de eu ter medo de cruzar a linha.

Perdoa o fato de eu fugir, quando na verdade queria ficar.

Perdoa o fato de não me despir na sua frente.

Perdoa meu olhos não fitarem ao seus com o devido encanto.

Perdoa o fato de minhas mãos não conseguirem expressar o que querem ao te tocar.

Perdoa.

Perdoa o fato de eu insistentemente não ser quem sou perto de você.

Mas perdoa, principalmente, o medo que sinto, de querer o tempo todo ser quem você deseja.

Perdoa o fato de eu achar que te amo.

E perdoa o fato de eu descobrir que o amor acontece quando a gente consegue ser quem é.

Perdoa o fato de eu perder o controle perto de você,

O fato de usar a nossa noite como canção de ninar.

Perdoa eu ter me apaixonado.

E perdoa não ter sido por você.

Perdoa eu achar que seria.

Perdoa.

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