quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Sei que há mais aqui do que vejo. Mas não tenho certeza de que quero ver mais.

Pavor... sim, me apavora. E eu posso ficar no meu canto, calada, prometendo-me não sair do lugar.

E eu tento. Acredite que tento.

Mas então surge o que precisa ser dito e aparece o que precisa ser visto e nos escolhe para dizer.

Mas e se eu não quero falar?

Mas e se eu não conseguir dizer ou mostrar?

E se eu fugir, do jeito que eu puder do que vi e ouvi. Do que descobri?

Posso apagar o que sei?

Eventualmente eu ainda vejo... e escuto.

Mas na maior parte das vezes eu pego meu cotonete. Lavo os meus olhos.

Escolho minhas lembranças.

Não estou certa do que eu ouvi e vi porque duvido do que sinto.

Porque eu não sei sentir. Porque sentir me apavora.

Porque eu não sei me apaixonar. Porque eu não sei mais quem sou quando eu me apaixono.

E, quando eu digo, parece ser a coisa errada, na hora errada, do jeito errado.

Eu fujo.

Porque eu digo o que quero escrevendo, mas esqueço na internet, esqueço no blog ou no bolso junto com o meu celular.

Eu não escrevo pra ninguém.

Eu escrevo pra mim.

Para eu não sentir o peso do que sinto nas costas e no peito.

Eu sou egoísta.

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