terça-feira, 13 de setembro de 2011

Quem sabe um dia?

Eu já nem sei mais dizer quem sou. Não sei se sou aquela quando te vejo rindo, quando você me abraça, quando você chega ou quando vai embora. Não sei se sou aquela de domingo a sexta ou se sou a do sábado. Não sei se sou aquela que ontem você beijou ou aquela que ainda sonha com os teus beijos e tem medo, medo de deixar que eles aconteçam. Não sei mais se escrevo, se digo ou não digo, se dança ou canto, se atuo ou durmo, se viajo e fujo ou se fico e enfrento teus olhos doces, seu coração enorme.

Eu vi o mundo longe de você mas perto você parece poder botá-lo no bolso. Me bota também. Leva meus sentidos...

Leva...

Levou minha razão? Cadê ela? Estava até ontem aqui, dormindo comigo, andando ao meu lado, me protegendo de mim mesma. Levou a minha razão e agora, irracional lhe compro uma rosa, lhe escrevo um bilhete e digo, com as palavras que vem da minha alma, o quanto eu gosto de você, o quanto te quero, mas que não preciso estar ao seu lado, preciso ser sua amiga, saber da sua vida, saber se está bem.

Conseguiu aquele emprego? E seus sonhos, os resgatou? E seus medos, os enfrentou?

Preciso saber se você ainda sorri, se mostra ao mundo esse coração que eu só encontrei em você (e olha que eu busquei viu? e como busquei!)

Eu já tive pressa de desvendar quem sou, de dizer o quanto quero. Hoje ando ao lado do meu companheiro tempo. Ele às vezes me espera sabe? Espera eu tomar coragem e me dá, 5 a 10 minutinhos e quando chega o momento ele me diz: Vai!

Mas eu nunca vou...

Meu coração tava quieto. Mudo.. Ele não estava procurando nada. Agora, além da nota de 5 reais que ele guardou no bolso esquerdo, ele espera encontrar pelo chão moedas e espera, que assim que conseguir juntar os 10 reais, alguém venha o abraçar.

Quem sabe um dia?

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