Há pouco tempo deixei meus medos no portão.
Quem sabe a chuva os leve...
Quem sabe continuem no meu chão.
Venta aqui dentro e sem perceber me vejo assim
Bagunçada
Por inteiro, por dentro dos armários, na cama.
Em mim.
E em você, não vejo nada do que eu quis.
Aqueles sonhos que te dei, cadê?
Aqueles beijos que roubou... Os abraços que levou...
Se não estão em ti, aonde estão?
Sei que metade estão em mim...
Assim como metade do coração,
Da canção,
Do Poema que te dediquei.
Os medos eu coloquei no portão.
Quem sabe a chuva os leve.
Os sonhos estão aqui pelo chão,
feito cacos de espelhos.
Quem sabe o vento os leve para novas direções,
ao encontro de outros corações,
Quem sabe eles sirvam, ao menos para alguém
já que não serviram pra ti.
A coragem, há muito tempo a chuva lavou.
E hoje em mim só restou
Metade de alguma coisa
Que eu já nem sei...
Talvez metade de mim...
Ou quem sabe, de você.
Nenhum comentário:
Postar um comentário