quinta-feira, 22 de setembro de 2011

In Repair

Eu escrevo esperando que você leia.

Que queira voltar.

Que desapegue de seu medo de viver o que há pra ser vivido.

Você acha que eu não vi o brilho nos seus olhos naquela e nas outras noites que juntos estávamos?

E por que deixamos isso passar?

Agora, tratamo-nos como estranhos, como se nunca tivessemos tido um amor em comum.

Como se nunca tivessemos nos tocado.

Nos beijado.

Nos abraçado.

O medo... ele, maldito medo, insiste em te afastar de mim e do mundo.

Onde você está preso agora?

Naquelas memories?

Nos versos escritos em inglês.

Será que você não percebe que está no Brasil?

Que a vida não vai te esperar criar coragem?

Ela vai tentar te abrir os olhos...

Te colocará no caminho vários diamantes que você verá como pedra, porque já não permite que a vida cintile em seus olhos.

O medo apaga a cor do mundo.

A cor dos outros.

Esconde o próprio medo

Pior, esconde o amor.

Esconde você da vida.

E a vida passa. E você sente, em certos momentos ela passando, mas deixa.

Eu realmente fico aqui, triste.

Sei o tamanho do seu coração, mas você nunca deixou eu chegar perto do tamanho da sua dor.

Não quero que você a esqueça.

Quero que você não esqueça de si por ela.

Eu vou passar.

Muitas irão.

Só espero que em algum momento, você esteja concertado.

Porque ainda continua In Repair.

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