sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Doce passagem

Ontem aquelas promessas eram tão vermelhas.

Vermelhas cor de sangue que corria em nossas veias jovens.

Vermelhas cor de sangue, do meu coração inocente, que batia sonhando com o seu...

Hoje as promessas estão desbotadas...

Desiludidas com a passagem rápida do tempo...

Desiludidas com a falta de ação no tempo que se passava.

Ontem eu precisava me dizer: - não fale. - Espere. - Não diga.

Hoje eu não digo e você me pergunta: - Não vai dizer nada?

Pra que? Eu não preciso mais te dizer nada...

Não há nada a ser dito entre nós.

As palavras estão presas num presídio onde hoje moram as minhas mais belas rosas.

Hoje há um parque onde antes havia o medo de te decepcionar. O medo de te demonstrar o que eu sentia. O medo de ser quem eu era.

Não digo que não há mais medo.

Medo eu tenho...

Mas não tenho medo de você... do que você vai pensar... do que você vai dizer.

Ontem eu era menina... sonhava com os seus beijos nunca recebidos.

Hoje mulher tenho seus beijos pelo corpo, lembro, a graça daquela noite, mas as marcas não estão tatuadas no meu coração jovem.

Estão tatuadas na carne e se a água não as lavarem... os vermes as comerão.

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