quinta-feira, 14 de julho de 2011

Uma pergunta.

Você me ama?

Uma pergunta.

Ela: É claro que amo, mas, como provar o amor que sinto?

Ele: É claro que ela vai dizer que não. Eu perguntei e ela saiu, com um sorriso meio duvidoso.

Ela: Ah, tem que ser coisas pequenas, mas profundas. O amor está nos detalhes.

Ele: É tão difícil chegar nesse ponto do amor e ela ainda me deixa com essa dúvida? Será que estou sendo precipitado?

Ela: Já sei. Vou montar um sonho essa noite. E, não vou dizer que amo ou não. Vou apenas fazê-lo sentir. O amor não precisa de palavras.

Ele: É, essa noite é a decisão. Será que escolhi a pessoa certa?

Noite

Ela: Oi, como vai? Entra...

Ele: Oi amor... Que carinha é essa?

Ela: Você gostou? Eu que fiz tudo... esse jantar, ascendi as velas, escolhi a música... tudo isso sabe por quê? Porque eu queria te dizer...

Ele: Mas a gente tinha algo...não tinha? Algo especial... mas... mas... pára... Olha...

Ela: Você está terminando comigo?

Ele: Você tá terminando comigo?

João: Estamos namorando há 2 anos. 2 anos! Você vive sempre durona, fechada em si mesma, no seu mundo. Eu realmente queria que as coisas fossem diferentes, mas se é assim que elas são, paciência. Não posso viver desse jeito. Não posso viver ao lado de quem não consegue dizer, ao menos, que me ama. (Sai)

Sofia: O que você esperava? Estamos juntos a 6 meses e você me pede em casamento! Tudo isso me assusta, eu não to pronta pra dar esse passo tão grande. O amor caminha no seu tempo, se a gente apressa, ele foge. Olha... gosto muito de você... e, se você quiser podemos ser amigos... mas a gente vê... (Sai)

Ela

Pega o casaco. Está frio lá fora. Caminha tentando achar ar para respirar. As coisas se despedaçam em segundos. Até ontem ela se preocupava em como dizer... Eu te Amo.

Ele

Paga a sua bebida. Pega o seu casaco e sai. Olhar baixo. Seus pensamento voam e encontram Sofia e, ao olhar aqueles olhos azuis, dizendo adeus, caem em meio a rua.

Ela

Caminha pelo parque e para em um banco e contempla o lago, que reflete, calmamente o céu e todos que se inclinam sobre ele. Suas lágrimas são doces e revoltadas...e culpadas...

Ele

Entra no parque, começa a caminhar pelo leito do lado. Joga pequenas pedras na água como se pudesse deixar as tristezas afogarem naquelas águas iluminadas pela lua e reascender a esperança que ele perdera.

Os olhos se encontram. Ele tem olhos tristes. Ela, culpados. E, por um único momento seus olhares se curam e da mesma forma se vão, dando novamente espaço para a dor habitá-lo.

Prometo nunca mais deixar de dizer que amo - disse Ela.

Prometo nunca mais me declarar sem certeza - disse Ele.

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