quinta-feira, 21 de julho de 2011

Tem sensações que não conhecem nome.

Não nos ensinaram a lidar com elas.

É um misto de tristeza, angústia e saudade.

Talvez sua melhor tradução seja morte, mas isso não chega aos pés do que ela realmente é.

É uma sensação que te invade por dentro e parece que pouco a pouco vai te enchendo de água, até o momento em que você começa a chorar.

É querer mudar o passado imutável.

É querer apagar a dor sentida a tempos atrás.

É querer poder trazer de volta alguém que nunca vai voltar.

É querer ser quem já não se é, quem jamais se voltará a ser.

Qual o nome desse sentimento que nos faz sofrer, mas não é sofrimento, que nos faz chorar, mas não é mágoa, que nos faz querer ser os donos do tempo, mas que sabemos que não podemos?

Qual o nome desse sentimento que às vezes nos culpa, às vezes conforta, às vezes nos faz pensar que poderíamos ter tentado algo diferente e às vezes nos faz entender que não há o que pudéssemos ter feito.

Qual o nome desse sentimento que nos faz querer descobrir curas para doenças, antídotos, soluções para os males que nos afetam?

Não tem nome.

A saudade, a nostalgia, o saber que nada volta, o entender que nada fica, o tentar viver apenas de termos perdido uma parte de nós.

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