quarta-feira, 15 de junho de 2011

Sou o que fala. O que cala. Sou o seu silêncio. A minha voz. Sou a falta do tempo. Corro, tento alcançá-lo, mas não houve treino que me fizesse alcançá-lo. Sou aquele que me esconde. Sou aquele que te encontra. Aquele te perde. Aquele que se encontra. Sou um pouco de tudo. Um tudo de nada. Mas vivo. Apesar dos desafios. Apesar dos erros. Sou o que aprende. Ou o que acredita aprender. Sou o que sorri. O que vence. Sou o que chora. Sou o que abraça. O que beija. Sou o beijo. Sou o romance. Sou rock in roll. Sou blues e Jazz. Mas sobre tudo, sou bossa nova. Sou lua. Sou mar. Vou ao infinito. Toco o céu. Olho bem fundo, no seu olhar. Toco você. Sou a troca de olhar. Sou o sentimento que nasce. A vontade que cresce. Sou os rostos que deslizam até se encontrarem. Sou os lábios que lamentam, até outros lábios o silenciarem. Sou os corpos solitários, que se acalmam, quando repousam sobre o outro e que fogem na manhã seguinte. Sou feito de tudo. Posso proporcionar o que você estiver disposto a receber. Sou feito matéria. Mas sou mais espírito. Gostaria muito de ser alma. De ser incandescente como a lâmpada. Brilhante como as estrelas ou celebrado como o céu ou a lua. Mas sou também motivo humano. Necessidade. Sou aquilo que se sonha. Aquilo que se tem, sem se perceber. Aquilo do que se foge. Aquilo pelo que, erroneamente, matam e morrem. Eu sou mais que a morte. Mais que o medo. Sou o que sou. Não aquilo que te disseram que eu era.

Quer saber quem eu sou?

Olhe bem dentro de você.

O que vê?

Viu?

Sou eu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário