quarta-feira, 13 de abril de 2011

Trânsito Caótico

Paralisado.

Longe e perto de algum lugar.

Longe de onde quero ir.

Perto dos lugares que nunca e vi e que talvez, nunca verei.

Imóvel.

A cada minuto uma pequena avançada a 20 Km/h.

Só o tempo de o carro andar para você não sair puxando os cabelos. ARRRR.

Está caótico o negócio!

Tanto pra ir quanto para voltar perdemos cerca de 1, 2, 3 horas e em alguns (piores) casos, até 4. Isso para andar pequenas distâncias.

E, quando refletimos, percebemos que lá se foi nosso tempo.

Quantos beijos não poderíamos ter dado?

Quantas pessoas não poderíamos ter conhecido?

Quanto sexo não poderíamos ter feito?

Quantas coisas!

Poderíamos ter feito muito, muito, muito de tudo isso e no entanto, somos escravos.

Escravos da sociedade.

Escravos do trânsito.

Escravos das obrigações e regras.

E nessa, acabamos cheios de olheiras.

Acabamos de caso cheio do mundo!

Queremos silêncio.

Queremos paz.

Chegamos em casa parecendo zumbis, de tanto que essa rotina ridícula nos suga.

Olhamos para os nossos filhos / pais e não os vemos. E na boa, nem queremos ver.

Estamos exaustos!

Fico pensando se o trânsito também não é uma forma de alienação. De manipulação.

Um dia eu ainda vou saber.

Enquanto não sei, fujo do caótico.

Nada que um belo esporte após o trabalho não resolva.

Mas às vezes, não dá pra fugir e temos que enfrentá-lo e, de certo modo me sinto culpada.

Fico pensando:

- Como poderia ser diferente!

Não poderia?

Por que não o é?

Por que tanta perda de vida e de tempo na caótica tentativa de se chegar a algum lugar?

Não seria bem melhor, se simplesmente pudéssemos, chegar em casa, ainda com um belo sorriso no rosto, olhar para a nossa família, com os olhos cheios de carinho e vazios de cansaço, dar-lhes um beijo e perguntar:

- Como vocês estão?

- O que fizeram de bom?



Como você está?

O que tem feito de bom?

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