sexta-feira, 18 de março de 2011

O dia em que te conheci. - Parte 4




...

Eu consegui!!!!
Um sorriso!!!

- Obrigada!

Você estava desconfiada.

Claro, tem todo o direito de estar. Um louco vai em direção a você e te diz que é linda.

Pior é que depois do obrigado, não consegui dizer mais nada, apenas te deixei ir.

Espero que pelo menos tenha te dado um momento de felicidade.

Começo a me perceber agora, estou fora de casa.

Nunca havia posto meus pés na rua.

No mundo.

Corri para dentro de casa.

Fechei a porta.

Tranquei.

Fui pro chuveiro e tomei banho.

Queria tirar a imundice do meu corpo.

Então esfreguei, esfreguei e esfreguei.

Mas era tarde.

Você e o mundo já haviam ganhado meu coração.

Fui dormir.

Nos meus sonhos você apareceu linda, pronta para mim, para me perceber...

Mas acordei...e sabia que aquilo não passava de ilusão.

Decidi sair, no mesmo horário que havia lhe visto ontem.

Então, na hora marcada eu abri a porta e sai.

Não hesitei.

E você novamente passou por mim.

Decidi te seguir.

Fui.

Você parou em um café, estava acompanhada de mais duas meninas.

Estava com um vestido vermelho lindo, que combinavam com o seu tom de pele.

Seus olhos brilhavam.

E eu segui você, entrei no café e não conseguia tirar meus olhos de você.

Você me olhou.

Não sei se lembrou quem eu era, mas acredito que por um momento sim e sorriu.

Eu sorri de volta.

Decidi tomar fôlego e falar com você.

Mas o que eu iria falar?

Não conseguia pensar em nada.

Não conseguia prever suas reações.

Estava com medo sim, muito medo.

Mas fui.

- Oi.

- Oi. - você respondeu.

- Tudo bem? Me chamo Augusto.

- Tudo sim e você Augusto?

- Tudo. Posso saber seu nome?

- Posso saber pra que?

Fiquei meio encabulado.

- Me desculpa, não sei se você lembra de mim. Ontem você passou pela minha casa e eu disse que você era linda. Eu não queria te assustar, mas você é realmente linda. E teve um dia que você passou pela janela e mudou minha vida sabe? Não sei te explicar, mas desde aquele dia...

- Ok, ok Augusto, calma, rs, meu nome é Giovanna. Eu lembro de você sim. Confesso que fiquei um pouco assustada e um pouco feliz.

- Rs. Me desculpe te assustar Giovanna, mas fico feliz que você tenha ficado feliz.

Você sorriu.

Não passava mais nada em minha mente para te dizer.

Fiquei acho que te olhando uns 2 minutos.

Então você quebrou o silêncio.

- Augusto, me desculpe, mas tenho que voltar para o trabalho. Nos vemos por aí.

- Nós nos veremos?

Você sorriu e se foi.

Mas você disse que nos veríamos não é.

Quando saí do transe de pensar e pensar em você, decidi voltar para casa.

Um único problema, eu não sabia o caminho de volta.

Não tinha marcado as ruas pelas quais entrei, não tinha idéia de como voltar.

Não sabia o nome da minha rua ou o número.

Não sabia meu endereço.

Corri atrás de você.

- Giovanna. Preciso te pedir um favor.

- Pode falar.

- Então. Acontece que, eu vim te seguindo de casa, para falar com você...

Você começou a ficar assustada.

- Mas calma, rs, não te farei mal, é que eu não sei meu endereço e não sei como voltar. Se você pudesse me explicar aonde me viu, eu voltaria para casa.

- Como assim você não sabe seu endereço?:

- É a primeira vez que eu decido sair, é a primeira vez que algo me motiva a abrir a porta.

Você sorri.

- Tudo bem. É o seguinte...

Você me explicou meu endereço, delicadamente e com muita paciência.

E eu consegui chegar em casa.


Mas olhando, já não reconheci como minha...

O que será que mudou?

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