segunda-feira, 14 de março de 2011

Meu presente.

Presentear.

A gente demora para entender que os melhores presentes não são apontados pelas etiquetas.

Os melhores presentes são os que tocam o nosso coração...

Não precisam vir quando os esperamos, nas datas em que o homem disse que se deve presentear.

Devem vir quando você simplesmente quer dar algo a alguém. Só porque você pensou na pessoa. Quis mostrar a ela o quanto ela é especial.

Sabe o que eu acho engraçado? Temos o dia das mães. O dia da paz. O dia dos namorados. O dia do abraço. O nosso aniversário. O natal. O ano novo. A consciência negra.

E tudo pra que?

Para que pelo menos uma vez por ano você lembre que é um ser humano! Lembre que tem o próximo. Lembre que você tem você.

Aí, quando chegam essas datas, ao invés de abraçarmos nossa mãe e dizermos. Poxa... eu te amo. Amo por tudo o que você fez por mim. Amo por estar comigo nos melhores e piores momentos, nós não o fazemos.

Nós compramos modos de agradecer.

Compramos modos de fingir que nos importamos.

Compramos roupas, para mostrar que conhecemos a pessoa.

Nós não conhecemos por fora.

Por fora nós julgamos.

Quando a gente conhece, tem que conhecer por dentro. Tem que saber quando precisou de apoio, tem que ser o apoio do outro quando precisa. Tem que conhecer no sorriso. Tem que gostar de sorrir junto. Tem que conhecer nos momentos.

Porque um dia a vida acaba.

Porque tudo aquilo que compramos fica.

Porque só levamos o que está agregado a nós.

Eu recebi muitos presentes por aí.

90% deles eu não lembro.

Cartas.

Cartas recebi poucas.

Mas lembro de cada momento e de como elas me fizeram sentir.

Essa é a verdadeira beleza da vida.

Dê coisas materiais.

Amanhã ou depois você será esquecido. Basta o brinquedo quebrar. Basta o motor do carro fundir.

Dê momentos.

Você será sempre lembrado.

Porque viver, como já disse um filósofo por aí, não é ter uma grande vida.

É ter pequenos fragmentos de momentos que nos façam dizer:

"Valeu a pena".

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