Presentear.
A gente demora para entender que os melhores presentes não são apontados pelas etiquetas.
Os melhores presentes são os que tocam o nosso coração...
Não precisam vir quando os esperamos, nas datas em que o homem disse que se deve presentear.
Devem vir quando você simplesmente quer dar algo a alguém. Só porque você pensou na pessoa. Quis mostrar a ela o quanto ela é especial.
Sabe o que eu acho engraçado? Temos o dia das mães. O dia da paz. O dia dos namorados. O dia do abraço. O nosso aniversário. O natal. O ano novo. A consciência negra.
E tudo pra que?
Para que pelo menos uma vez por ano você lembre que é um ser humano! Lembre que tem o próximo. Lembre que você tem você.
Aí, quando chegam essas datas, ao invés de abraçarmos nossa mãe e dizermos. Poxa... eu te amo. Amo por tudo o que você fez por mim. Amo por estar comigo nos melhores e piores momentos, nós não o fazemos.
Nós compramos modos de agradecer.
Compramos modos de fingir que nos importamos.
Compramos roupas, para mostrar que conhecemos a pessoa.
Nós não conhecemos por fora.
Por fora nós julgamos.
Quando a gente conhece, tem que conhecer por dentro. Tem que saber quando precisou de apoio, tem que ser o apoio do outro quando precisa. Tem que conhecer no sorriso. Tem que gostar de sorrir junto. Tem que conhecer nos momentos.
Porque um dia a vida acaba.
Porque tudo aquilo que compramos fica.
Porque só levamos o que está agregado a nós.
Eu recebi muitos presentes por aí.
90% deles eu não lembro.
Cartas.
Cartas recebi poucas.
Mas lembro de cada momento e de como elas me fizeram sentir.
Essa é a verdadeira beleza da vida.
Dê coisas materiais.
Amanhã ou depois você será esquecido. Basta o brinquedo quebrar. Basta o motor do carro fundir.
Dê momentos.
Você será sempre lembrado.
Porque viver, como já disse um filósofo por aí, não é ter uma grande vida.
É ter pequenos fragmentos de momentos que nos façam dizer:
"Valeu a pena".
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