Toda vez que chego aqui, quero fugir.
Já me cansei de tanta cobrança.
Cansei de ser um fantasma que só aparece nas horas que são convenientes a eles.
Não quero mais ser conveniente.
Quero buscar minha inconveniência, fazê-los crer que não me suportam mais... para quem sabe eu decidir, em meio aos meus passos medrosos, sumir.
É... ir aquela velha linha de trem... aquela que ninguém mais lembra que existe... porque ficou no passado...
Reativa-la... e caminhar por todo o seu percurso e sumir... na outra ponta...
Não olhar mais para trás.
E, ao desembarcar no final da linha, adquirir um poder de super herói e destruir o caminho... para ninguém mais me achar.
Ninguém mais me cobrar.
Ninguém mais precisar de mim...
Não quero mais que tragam eu, fantasma, do mundo dos invisíveis.
Se não desejam me ver...
Que não desejam nada, nada de mim.
Mulher, com a pitada de menina, de quem sempre se viu assim. Mas diferente. Agora, dona de seu próprio destino. A hora da mudança está a caminho. E ela já preparou tudo. Quem ela é? Só há um forma de descobrir....
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
sábado, 29 de janeiro de 2011
Suas escolhas... são suas mesmo?
Por que que tudo tem que ter um porque?
As coisas não podem ser simplesmente como são?
Não podem acontecer por que tem que acontecer?
Por que temos a mania de quer explicar tudo o que acontece com a gente?
Talvez seja uma forma de mascarar aquilo que a gente quer aconteça e não faz acontecer, né?
Porque a vida é isso.
A gente tem a vã ideia de que somos nós que mandamos no nosso destino. Te pergunto: Somos?
Não sei.
É praticamente impossível conciliarmos os nossos destinos, com os destinos dos outros, por mais que a gente corra atrás.
Então a gente acha que somos nós quem desenhamos a nossa história, e eu me pergunto, será que realmente somos nós?
Não sei.
A gente fica o tempo todo pensando: E se eu fizesse isso... Fizesse aquilo. Se tivesse sido diferente... se eu não fosse do jeito que sou e se eu fosse melhor do q quem sou.
Meu, você é como você é. Fez, o que fez. Não adianta se arrepender ou chorar por isso. Está feito.
Às vezes a gente faz coisas sem saber que vamos fazer, porque simplesmente tem que fazer.
Me pergunto: Somos nós que escolhemos fazê-las? Ou só as fizemos porque era necessário que alguém as fizesse?
Por que muitas vezes perdemos coisas que poderíamos ganhar e que poderia ser o futuro da nossa vida?
Será que a gente gosta de sofrer, de perder, ou será que simplesmente temos que perder pra aprender uma determinada lição?
É pra se pensar, não é?
É fácil dizer que existe destino, isso alivia o peso da responsabilidade que você carrega, mas é difícil dizer que não temos controle sobre a nossa vida.
É difícil perceber que a vida corre, estando você preparado pra ela ou não, quer você esteja preparado para usar o tempo que ela tem, ou não.
Mas a vida corre e quando você abre os olhos pensando que poderá, enfim, começar a vivê-la, ela acaba.
Aí você se culpa por não ter aberto seus olhos antes, por não estar pronto para abrí-lo.
Mas será que a escolha de abri-lo era sua?
Será que temos todas essas escolhas que dizem que temos?
Será que escolhemos desde o momento que acordamos até a hora que vamos dormir?
Será que as coisas não tem que acontecer simplesmente como acontecem ?
Não estou falando de nada pré-determinado, não me entenda mal.
Questiono todas essas escolhas que nos apontam na cara dizendo que são nossas.
O quanto nós fazemos escolhas das quais somos realmente conscientes?
Quais escolhas temos a consciência de estarmos fazendo?
Você tem consciência das suas escolhas, do que elas vão significar no seu futuro?
A gente não tem, não sabe.
A gente escolhe achando que sempre terá o presente.
Surpresa: o presente não existe pra sempre.
Os outros também escolhem e nossas escolhas não coincidem porque não pensamos iguais.
Ah! se a gente pensasse igual...
Quantas histórias de amor lindas...
Quantos coração completos...
Quantos corações deixados de lado.
Quantas pessoas teriam e não teriam seus pares.
... Mas a vida é isso!
A gente acha que tem o poder de determinar a vida dos outros...rs...
A gente mal tem o poder de determinar a nossa!
A gente acha que tá vivendo, que a vida dá voltas.
A vida não dá voltas. Quem as dá somos nós.
Corremos para chegar lá na frente, naquele portão, mas temos medo de abrir a porta, então recuamos e tentamos novamente e recuamos novamente.
E, como explicação, dizemos que a vida dá voltas. Não. Não. Nós as damos.
E damos algumas por medo, outras por receio e algumas tantas por querermos resgatar do passado algo que deixamos lá, que achamos que para sempre será nosso.
Não fica. Não é.
O que você realmente tem seu não se chama passado e nem futuro.
O passado é aquilo que você já teve, mas deixou lá atrás pensando poder recuperar um dia. Aquilo que você enterrou e achou que jamais precisaria acessar.
Mas você não recupera, e sinto lhe dizer que acessa, como forma de lembrança e aprendizado.
O futuro a gente acha que nos pertence, que é nosso.
Mas não o temos.
O que temos são os tijolos de hoje. e todos eles formam nossa casa de amanhã.
Você tem construído sua casa, utilizado seus tijolos? Ou tem esperado que a vida faça isso por você?
A vida não constrói seu lar e nem o destrói...
A vida, a sua vida, depende das suas escolhas inconscientes.
E de algumas consciente também...
As coisas não podem ser simplesmente como são?
Não podem acontecer por que tem que acontecer?
Por que temos a mania de quer explicar tudo o que acontece com a gente?
Talvez seja uma forma de mascarar aquilo que a gente quer aconteça e não faz acontecer, né?
Porque a vida é isso.
A gente tem a vã ideia de que somos nós que mandamos no nosso destino. Te pergunto: Somos?
Não sei.
É praticamente impossível conciliarmos os nossos destinos, com os destinos dos outros, por mais que a gente corra atrás.
Então a gente acha que somos nós quem desenhamos a nossa história, e eu me pergunto, será que realmente somos nós?
Não sei.
A gente fica o tempo todo pensando: E se eu fizesse isso... Fizesse aquilo. Se tivesse sido diferente... se eu não fosse do jeito que sou e se eu fosse melhor do q quem sou.
Meu, você é como você é. Fez, o que fez. Não adianta se arrepender ou chorar por isso. Está feito.
Às vezes a gente faz coisas sem saber que vamos fazer, porque simplesmente tem que fazer.
Me pergunto: Somos nós que escolhemos fazê-las? Ou só as fizemos porque era necessário que alguém as fizesse?
Por que muitas vezes perdemos coisas que poderíamos ganhar e que poderia ser o futuro da nossa vida?
Será que a gente gosta de sofrer, de perder, ou será que simplesmente temos que perder pra aprender uma determinada lição?
É pra se pensar, não é?
É fácil dizer que existe destino, isso alivia o peso da responsabilidade que você carrega, mas é difícil dizer que não temos controle sobre a nossa vida.
É difícil perceber que a vida corre, estando você preparado pra ela ou não, quer você esteja preparado para usar o tempo que ela tem, ou não.
Mas a vida corre e quando você abre os olhos pensando que poderá, enfim, começar a vivê-la, ela acaba.
Aí você se culpa por não ter aberto seus olhos antes, por não estar pronto para abrí-lo.
Mas será que a escolha de abri-lo era sua?
Será que temos todas essas escolhas que dizem que temos?
Será que escolhemos desde o momento que acordamos até a hora que vamos dormir?
Será que as coisas não tem que acontecer simplesmente como acontecem ?
Não estou falando de nada pré-determinado, não me entenda mal.
Questiono todas essas escolhas que nos apontam na cara dizendo que são nossas.
O quanto nós fazemos escolhas das quais somos realmente conscientes?
Quais escolhas temos a consciência de estarmos fazendo?
Você tem consciência das suas escolhas, do que elas vão significar no seu futuro?
A gente não tem, não sabe.
A gente escolhe achando que sempre terá o presente.
Surpresa: o presente não existe pra sempre.
Os outros também escolhem e nossas escolhas não coincidem porque não pensamos iguais.
Ah! se a gente pensasse igual...
Quantas histórias de amor lindas...
Quantos coração completos...
Quantos corações deixados de lado.
Quantas pessoas teriam e não teriam seus pares.
... Mas a vida é isso!
A gente acha que tem o poder de determinar a vida dos outros...rs...
A gente mal tem o poder de determinar a nossa!
A gente acha que tá vivendo, que a vida dá voltas.
A vida não dá voltas. Quem as dá somos nós.
Corremos para chegar lá na frente, naquele portão, mas temos medo de abrir a porta, então recuamos e tentamos novamente e recuamos novamente.
E, como explicação, dizemos que a vida dá voltas. Não. Não. Nós as damos.
E damos algumas por medo, outras por receio e algumas tantas por querermos resgatar do passado algo que deixamos lá, que achamos que para sempre será nosso.
Não fica. Não é.
O que você realmente tem seu não se chama passado e nem futuro.
O passado é aquilo que você já teve, mas deixou lá atrás pensando poder recuperar um dia. Aquilo que você enterrou e achou que jamais precisaria acessar.
Mas você não recupera, e sinto lhe dizer que acessa, como forma de lembrança e aprendizado.
O futuro a gente acha que nos pertence, que é nosso.
Mas não o temos.
O que temos são os tijolos de hoje. e todos eles formam nossa casa de amanhã.
Você tem construído sua casa, utilizado seus tijolos? Ou tem esperado que a vida faça isso por você?
A vida não constrói seu lar e nem o destrói...
A vida, a sua vida, depende das suas escolhas inconscientes.
E de algumas consciente também...
sábado, 22 de janeiro de 2011
Just u...
Me sinto sempre assim quando penso em você...
Eu sei, é apenas ilusão...
Mas que posso fazer, adoro sonhar... adoro ter você, mesmo que em sonhos.
Acho que já tentei te provar mil vezes o quanto eu não te esqueço..
Mas você não acreditou, acho eu...
Isso não muda o fato de eu pensar em você...
Não muda o fato de querer te mostrar tudo de bom que acontece a minha volta, todos os meus sorrisos.
Não muda o fato de eu querer me jogar em seus braços quando estou triste... porque eu penso que só vc me entenderia de fato.
Não muda o fato de eu querer estar o tempo todo na sua vida... saber da sua história, descobrir seus sorrisos e te abraçar quando o tempo ameaçar a ficar cinza.
Eu sei, que na raiva eu já tentei te convencer que eu penso em você porque é um vício.
Te peço que não acredite.
Penso em você porque, simplesmente e sem entender o por quê,
Te amo.
Eu sei, é apenas ilusão...
Mas que posso fazer, adoro sonhar... adoro ter você, mesmo que em sonhos.
Acho que já tentei te provar mil vezes o quanto eu não te esqueço..
Mas você não acreditou, acho eu...
Isso não muda o fato de eu pensar em você...
Não muda o fato de querer te mostrar tudo de bom que acontece a minha volta, todos os meus sorrisos.
Não muda o fato de eu querer me jogar em seus braços quando estou triste... porque eu penso que só vc me entenderia de fato.
Não muda o fato de eu querer estar o tempo todo na sua vida... saber da sua história, descobrir seus sorrisos e te abraçar quando o tempo ameaçar a ficar cinza.
Eu sei, que na raiva eu já tentei te convencer que eu penso em você porque é um vício.
Te peço que não acredite.
Penso em você porque, simplesmente e sem entender o por quê,
Te amo.
Se guiar.
Me falaram, quando cresci de seriedade. Me fizeram crer que para te-la precisaria perder minha espontaneidade.
Me falaram de responsabilidade. Me fizeram acreditar que para te-la deveria parar de ousar.
Sabe qual foi pior?
Eu acreditei!
Não só acreditei como segui à risca o que me disseram... e essa risca me guiou ao caminho errado.
Eu, inocente, crente das mais belas fantasias, me vi, aos poucos, apagando meus sonhos, inventando desculpas, temendo a vida e as mudanças.
Me tornei um ser que já não sabia mais improvisar, tomar decisões.
Eu abdiquei de minhas escolhas.
Abdiquei de mim pelos outros e, quanto mais eu deixava de mim pelas ruas, mais tentava juntar as sobras de quem foi se deixando por aí.
Pensei, por algum momento, que isso me completaria, ou que de alguma forma me confortaria.
Não confortou.
Não completou.
E eu, sentindo o vazio, sabendo que havia deixado de mim pelas esquinas e não sabendo mais como reaver pedaços meus, não sabia o que eu estava fazendo para me perder tanto de mim mesma.
Então, como uma súbita lição da vida( e ela é cheia dessas) perdi alguém.
Perdi a mim, completamente.
Buscava nos meus sonhos a minha infância, os meus sorrisos, as minhas lágrimas.
Mas eu já nem lembrava o que era sonhar.
Passei algum tempo vivendo, ou imaginando que vivia.
Quando os sonhos se vão... não resta muita coisa...
Quando a gente se vai, não resta nada.
Perambulei pelas ruas do mundo...
Mas não com as minhas pernas, ou com meu corpo... eles já estavam cansados.
Perambulei com a alma. Como uma alma penada... buscando lembranças minhas... buscando pedaços meus.
Perambulei tanto, mais tanto, que não vi os dias que se passaram tornando-se meses, e nem os meses tornando-se anos.
Quando percebi, minha busca incessante já tinham virado 3 longos anos...
Então decidi parar de buscar o passado. Parar de acreditar fielmente naquilo que me diziam. Parar de me deixar sempre, à mercê de mim.
Retomei meu corpo. Redobrei a consciência e reativei, de uma vez por todas, meus sentidos.
Decidi, mesmo que deixando pedaços meus por aí, testar minhas próprias verdades. Testar aquilo que me diziam.
Testei.
Dói. Dói deixar crenças que parecem perfeitas pelo caminho. Descobrir que são falhas, imperfeitas.
Dói olhar para o mundo e não vê-lo com esperança.
Mas agora eu sou assim... acredito naquilo que vem de mim.
Já não espero que me digam quem eu sou, quem devo ser...
Não gosto que me guiem, temo que me levem sempre ao mesmo lugar, ao mesmo vazio.
Então eu mesma escrevo meus caminhos e rabisco, com lápis, meus ideais, meus sonhos...
É, voltei a sonhar, embora já não acredite, fielmente, em fantasias...
Mas achei por aí um par de asas, dourados, cheios de pó.
Os limpei... e encaixei nas minhas costas e voei...
Já tinha visto o mundo de baixo. Resolvi vê-lo de cima.
Que caos!
Quantas partes... Quantos ninguéns. Quanto vazio. Quanta solidão.
As pessoas se perdem. Fazem os outros se perderem e ainda acreditam que vivem.
Não vivem... a vida delas é em vão.
A minha não sei se é... talvez seja ao contrário, talvez eu ache que eu vivo, mas também vivo em vão.
O mundo parece um labirinto... Nosso interior também...
Acho que só resolveremos o enigma ou sairemos do labirinto quando morrermos.
Mas acho que só teremos o prazer de morrer quando tivermos coletado as mais importantes lições.
Porque o labirinto, o teste e o caos ficará no mundo...
E nós ficaremos em cada aprendizado que pudermos ter...
Então não me permitirei ser guiada... não querem que me diga o que eu devo aprender.
Não quero me perder de novo dentro de mim...
Pois tenho medo de não conseguir mais me reaver.
Me falaram de responsabilidade. Me fizeram acreditar que para te-la deveria parar de ousar.
Sabe qual foi pior?
Eu acreditei!
Não só acreditei como segui à risca o que me disseram... e essa risca me guiou ao caminho errado.
Eu, inocente, crente das mais belas fantasias, me vi, aos poucos, apagando meus sonhos, inventando desculpas, temendo a vida e as mudanças.
Me tornei um ser que já não sabia mais improvisar, tomar decisões.
Eu abdiquei de minhas escolhas.
Abdiquei de mim pelos outros e, quanto mais eu deixava de mim pelas ruas, mais tentava juntar as sobras de quem foi se deixando por aí.
Pensei, por algum momento, que isso me completaria, ou que de alguma forma me confortaria.
Não confortou.
Não completou.
E eu, sentindo o vazio, sabendo que havia deixado de mim pelas esquinas e não sabendo mais como reaver pedaços meus, não sabia o que eu estava fazendo para me perder tanto de mim mesma.
Então, como uma súbita lição da vida( e ela é cheia dessas) perdi alguém.
Perdi a mim, completamente.
Buscava nos meus sonhos a minha infância, os meus sorrisos, as minhas lágrimas.
Mas eu já nem lembrava o que era sonhar.
Passei algum tempo vivendo, ou imaginando que vivia.
Quando os sonhos se vão... não resta muita coisa...
Quando a gente se vai, não resta nada.
Perambulei pelas ruas do mundo...
Mas não com as minhas pernas, ou com meu corpo... eles já estavam cansados.
Perambulei com a alma. Como uma alma penada... buscando lembranças minhas... buscando pedaços meus.
Perambulei tanto, mais tanto, que não vi os dias que se passaram tornando-se meses, e nem os meses tornando-se anos.
Quando percebi, minha busca incessante já tinham virado 3 longos anos...
Então decidi parar de buscar o passado. Parar de acreditar fielmente naquilo que me diziam. Parar de me deixar sempre, à mercê de mim.
Retomei meu corpo. Redobrei a consciência e reativei, de uma vez por todas, meus sentidos.
Decidi, mesmo que deixando pedaços meus por aí, testar minhas próprias verdades. Testar aquilo que me diziam.
Testei.
Dói. Dói deixar crenças que parecem perfeitas pelo caminho. Descobrir que são falhas, imperfeitas.
Dói olhar para o mundo e não vê-lo com esperança.
Mas agora eu sou assim... acredito naquilo que vem de mim.
Já não espero que me digam quem eu sou, quem devo ser...
Não gosto que me guiem, temo que me levem sempre ao mesmo lugar, ao mesmo vazio.
Então eu mesma escrevo meus caminhos e rabisco, com lápis, meus ideais, meus sonhos...
É, voltei a sonhar, embora já não acredite, fielmente, em fantasias...
Mas achei por aí um par de asas, dourados, cheios de pó.
Os limpei... e encaixei nas minhas costas e voei...
Já tinha visto o mundo de baixo. Resolvi vê-lo de cima.
Que caos!
Quantas partes... Quantos ninguéns. Quanto vazio. Quanta solidão.
As pessoas se perdem. Fazem os outros se perderem e ainda acreditam que vivem.
Não vivem... a vida delas é em vão.
A minha não sei se é... talvez seja ao contrário, talvez eu ache que eu vivo, mas também vivo em vão.
O mundo parece um labirinto... Nosso interior também...
Acho que só resolveremos o enigma ou sairemos do labirinto quando morrermos.
Mas acho que só teremos o prazer de morrer quando tivermos coletado as mais importantes lições.
Porque o labirinto, o teste e o caos ficará no mundo...
E nós ficaremos em cada aprendizado que pudermos ter...
Então não me permitirei ser guiada... não querem que me diga o que eu devo aprender.
Não quero me perder de novo dentro de mim...
Pois tenho medo de não conseguir mais me reaver.
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Você não acha?
Seria bom se pudéssemos ler a mente daqueles com os quais nos importamos.
Responder, de uma vez por todas, as perguntas que fizemos e não obtivemos respostas.
Seria bom se pudéssemos saber o que os outros sentem, sentir pelo que choram, sorrir pelo que riem.
Mas não temos tamanha habilidade e talvez nem maturidade para escutar verdades que não foram coadas pelo filtro da consciência.
Às vezes tudo o que precisamos é um simples Sim ou Não, sem promessas ou intenções.
Mas as pessoas tem medo de dizer, de se comprometer. Você não tem?
Mas o silêncio, que normalmente é a nossa resposta, também fala.
Fala quando você pergunta e ninguém responde;
Quando se preocupa mas é esquecido;
Quando dá o melhor de si, mesmo sem precisar, e não ganha nada, nem o pior do outro.
O silêncio fala, grita, mas não queremos essa resposta... não queremos escutar o que ele tem a nos dizer, mesmo que sem palavras... Talvez simplesmente não saibamos fazer isso, pois fomos ensinados a nos comunicar através de palavras.
Vai saber...
Seria muito bom escutar verdades, embora doloridas que nos fizessem seguir, do que mentiras que nos paralisassem no tempo.
Seria bom se conseguimos aceitar e entender respostas do silêncio que esperamos que nos dêem em palavras, apenas por acreditarmos que ainda há esperança.
O silêncio não tem filtro... diz as mais duras e deliciosas mensagens..
Responder, de uma vez por todas, as perguntas que fizemos e não obtivemos respostas.
Seria bom se pudéssemos saber o que os outros sentem, sentir pelo que choram, sorrir pelo que riem.
Mas não temos tamanha habilidade e talvez nem maturidade para escutar verdades que não foram coadas pelo filtro da consciência.
Às vezes tudo o que precisamos é um simples Sim ou Não, sem promessas ou intenções.
Mas as pessoas tem medo de dizer, de se comprometer. Você não tem?
Mas o silêncio, que normalmente é a nossa resposta, também fala.
Fala quando você pergunta e ninguém responde;
Quando se preocupa mas é esquecido;
Quando dá o melhor de si, mesmo sem precisar, e não ganha nada, nem o pior do outro.
O silêncio fala, grita, mas não queremos essa resposta... não queremos escutar o que ele tem a nos dizer, mesmo que sem palavras... Talvez simplesmente não saibamos fazer isso, pois fomos ensinados a nos comunicar através de palavras.
Vai saber...
Seria muito bom escutar verdades, embora doloridas que nos fizessem seguir, do que mentiras que nos paralisassem no tempo.
Seria bom se conseguimos aceitar e entender respostas do silêncio que esperamos que nos dêem em palavras, apenas por acreditarmos que ainda há esperança.
O silêncio não tem filtro... diz as mais duras e deliciosas mensagens..
Desabafo da Terra
Era tudo maravilhoso...
Tudo tinha seus momentos e motivos para acontecer.
Quando eu estava com frio, o sol me aquecia, quando estava com calor, as chuvas me refrescavam...
Tudo tinha suas razões, tudo tinha uma intenção...
Lembro bem das minhas belas curvas... das minhas belas correntezas...
Mas só lembro...
Hoje eu não sei mais quais realmente são minhas curvas, de tanto que me mudaram e me moldaram ao que eles acreditavam saber.
Mas não sabem.
O sol não vem para aquecer, ele vem para fritar... ele vem para ferir.
As chuvas já não vem mais para molhar, elas vem é pra inundar, vem para gritar:
PAREM!
Eu já estava aqui antes de vocês sonharem chegar... antes de imaginar que um dia habitariam o meu lugar.
Mas você vem, me moldam, me mudam, tiram meus rios, modificam seus cursos... vocês estão destruindo meu organismo, em breve ele entrará em falência.
Já imaginaram se eu, achando que sou melhor que qualquer um, habitasse o seu corpo e mudasse o canal de suas veias, se eu as canalizasse, se eu começasse a fazer poluição no seu corpo?
Quanto tempo será que vocês aguentariam?
Eu já não estou mais aguentando.
Na infância minha casa era linda... era perfeita...
Mas eu cresci e as pessoas começaram a não olhar mais para mim...
Esqueceram que dependem de mim para sobreviverem... acham que eu é que preciso delas...
Mas eu continua, a cada chuva e a cada sol, durante anos e anos... e bota anos nisso...
E vocês?... vocês durarão até amanhã.
Sujem seus corpos, suas casas, seu ambiente e habitat... isso só me faz ter certeza de uma coisa...
Em mim, vocês não são dignos de morar.
Tudo tinha seus momentos e motivos para acontecer.
Quando eu estava com frio, o sol me aquecia, quando estava com calor, as chuvas me refrescavam...
Tudo tinha suas razões, tudo tinha uma intenção...
Lembro bem das minhas belas curvas... das minhas belas correntezas...
Mas só lembro...
Hoje eu não sei mais quais realmente são minhas curvas, de tanto que me mudaram e me moldaram ao que eles acreditavam saber.
Mas não sabem.
O sol não vem para aquecer, ele vem para fritar... ele vem para ferir.
As chuvas já não vem mais para molhar, elas vem é pra inundar, vem para gritar:
PAREM!
Eu já estava aqui antes de vocês sonharem chegar... antes de imaginar que um dia habitariam o meu lugar.
Mas você vem, me moldam, me mudam, tiram meus rios, modificam seus cursos... vocês estão destruindo meu organismo, em breve ele entrará em falência.
Já imaginaram se eu, achando que sou melhor que qualquer um, habitasse o seu corpo e mudasse o canal de suas veias, se eu as canalizasse, se eu começasse a fazer poluição no seu corpo?
Quanto tempo será que vocês aguentariam?
Eu já não estou mais aguentando.
Na infância minha casa era linda... era perfeita...
Mas eu cresci e as pessoas começaram a não olhar mais para mim...
Esqueceram que dependem de mim para sobreviverem... acham que eu é que preciso delas...
Mas eu continua, a cada chuva e a cada sol, durante anos e anos... e bota anos nisso...
E vocês?... vocês durarão até amanhã.
Sujem seus corpos, suas casas, seu ambiente e habitat... isso só me faz ter certeza de uma coisa...
Em mim, vocês não são dignos de morar.
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Liberdade
Explodiram... as barragens explodiram!
As águas antes calmas e tranquilas tornaram-se agressivas.
Começaram a percorrer cada canto de mim. Me inundaram.
Levaram na sua correnteza certezas que construí, algumas de tijolos, outras de madeiras e poucas de pau a piquê.
Na verdade levaram certezas que pensei que havia construído, mas não eram minhas... e, por não terem realmente uma raiz, foram facilmente levadas pela água.
A água me bagunçou por completo... dentro de mim estava tudo bagunçado... as certezas foram parar no lugar das incertezas e vice versa... como eu iria me recompor depois de tamanha confusão?...
Fiquei pensando se tinha me perdido de mim...
Depois de muito pensar, percebi que não...
Não poderei me perder de quem eu não fui... de quem coloquei em uma cela por medo... medo de ver a verdadeira face.
Na verdade, eu havia perdido sim, mas eu perdi aquilo que diziam que eu era... perdi a santinha e a malinha que me falaram que eu fui...que eu sou...
Como eles poderiam saber quem sou, se nunca ousaram mergulhar no meu interior para abrir a cadeia na qual me escondi?... como poderiam se eu nunca ousei mergulhar para me olhar... me enfrentar?
Como poderiam saber se jamais souberam que eu me mantive presa todos esses anos só para receber aprovações? só para não viver a ilusão de que não estou só...
Mas só eu sempre estive... estive sempre só naquela prisão e era por isso que sempre me faltava alguma coisa, por mais sorrisos ou choros que eu desse...
Faltava a mim.
Eu tive medo de abrir as celas... mas eu não tive medo de deixar as barragens explodirem de tanto cansaço, de tanta dor... eu permiti, permiti que me explodissem em mil pedaços só para não ter que encarar a verdade... só para não ter que perceber que eu não estivera em mim todos esses anos.
Você tem estado em você todos esses anos ou também espera o caos para se encontrar por ai?
Decidi então mergulhar nas minhas profundezas, correndo o risco de perder o ar, ou me afogar... mas eu decidi abrir as portas da minha prisão...
Pensei que seria fácil... mas quando cheguei lá... quando vi como estava aquilo tudo... o quanto eu havia me prendido, eu comecei a pensar como começar...e cheguei a duvidar se iria terminar.
Então, comecei soltando as correntes mais novas, elas não tinham tanta resistência...
Depois... fui para as meio velhas e percebi que começara a ficar difíceis... elas não queriam ser soltas, tinham medo do que viria pela frente. Tentei tranquilizá-las... mas elas não confiaram em mim, não sabiam quem eu era...
Aliás, nem eu mesma sabia...
Mas consegui por fim soltá-las..
Então cheguei as mais velhas... elas estavam completamente enferrujadas, sujas, mofadas, havia teia de aranha... eu tive muito medo de soltá-las.
Por um momento duvidei se deveria abri-las. Pensei que poderia encontrar dentro da prisão coisas piores que uma teia de aranha... poderia encontrar algo mais fedido que um mofo...
Será que eu deveria ousar?
Ousei...
Levei um tempo... não pense que foi um dia ou dois... levaram meses, mas enfim soltei a última coisa que me escondia de mim mesma...
Soltei.
E então eu vi ali... uma menina, sorrindo... não parecia que tinha ficado presa todos esses anos... parecia que foram segundos... ela tinha e tem uma imensa vontade de viver... de aprender... de percorrer o mundo...
Ela sabe o que quer... mas sabe que sempre quererá mais... é a vida não é?
E, quando eu a vi... achei que iria sorrir... por ter encontrado algo tão bonito, mas pelo contrário... chorei, chorei, chorei...
Desatei em um choro soluçante... duro... difícil...
Mas as lágrimas secaram o que o rio inundou... as coisas ainda estavam meio bagunçadas mas eu decidi colocá-las no lugar.
Agora terei que descobrir cada uma delas... testá-las e ver aquelas que refletem quem eu sou de verdade...
Quem eu sei que eu sou de verdade...
Então... quando eu finalmente me recuperei de mim mesma... de todas as minhas proteções sem sentido eu respirei, como quem estava quase morrendo afogado precisa de ar...
Finalmente encontrei o meu motivo... o mais verdadeiro... para respirar.
As águas antes calmas e tranquilas tornaram-se agressivas.
Começaram a percorrer cada canto de mim. Me inundaram.
Levaram na sua correnteza certezas que construí, algumas de tijolos, outras de madeiras e poucas de pau a piquê.
Na verdade levaram certezas que pensei que havia construído, mas não eram minhas... e, por não terem realmente uma raiz, foram facilmente levadas pela água.
A água me bagunçou por completo... dentro de mim estava tudo bagunçado... as certezas foram parar no lugar das incertezas e vice versa... como eu iria me recompor depois de tamanha confusão?...
Fiquei pensando se tinha me perdido de mim...
Depois de muito pensar, percebi que não...
Não poderei me perder de quem eu não fui... de quem coloquei em uma cela por medo... medo de ver a verdadeira face.
Na verdade, eu havia perdido sim, mas eu perdi aquilo que diziam que eu era... perdi a santinha e a malinha que me falaram que eu fui...que eu sou...
Como eles poderiam saber quem sou, se nunca ousaram mergulhar no meu interior para abrir a cadeia na qual me escondi?... como poderiam se eu nunca ousei mergulhar para me olhar... me enfrentar?
Como poderiam saber se jamais souberam que eu me mantive presa todos esses anos só para receber aprovações? só para não viver a ilusão de que não estou só...
Mas só eu sempre estive... estive sempre só naquela prisão e era por isso que sempre me faltava alguma coisa, por mais sorrisos ou choros que eu desse...
Faltava a mim.
Eu tive medo de abrir as celas... mas eu não tive medo de deixar as barragens explodirem de tanto cansaço, de tanta dor... eu permiti, permiti que me explodissem em mil pedaços só para não ter que encarar a verdade... só para não ter que perceber que eu não estivera em mim todos esses anos.
Você tem estado em você todos esses anos ou também espera o caos para se encontrar por ai?
Decidi então mergulhar nas minhas profundezas, correndo o risco de perder o ar, ou me afogar... mas eu decidi abrir as portas da minha prisão...
Pensei que seria fácil... mas quando cheguei lá... quando vi como estava aquilo tudo... o quanto eu havia me prendido, eu comecei a pensar como começar...e cheguei a duvidar se iria terminar.
Então, comecei soltando as correntes mais novas, elas não tinham tanta resistência...
Depois... fui para as meio velhas e percebi que começara a ficar difíceis... elas não queriam ser soltas, tinham medo do que viria pela frente. Tentei tranquilizá-las... mas elas não confiaram em mim, não sabiam quem eu era...
Aliás, nem eu mesma sabia...
Mas consegui por fim soltá-las..
Então cheguei as mais velhas... elas estavam completamente enferrujadas, sujas, mofadas, havia teia de aranha... eu tive muito medo de soltá-las.
Por um momento duvidei se deveria abri-las. Pensei que poderia encontrar dentro da prisão coisas piores que uma teia de aranha... poderia encontrar algo mais fedido que um mofo...
Será que eu deveria ousar?
Ousei...
Levei um tempo... não pense que foi um dia ou dois... levaram meses, mas enfim soltei a última coisa que me escondia de mim mesma...
Soltei.
E então eu vi ali... uma menina, sorrindo... não parecia que tinha ficado presa todos esses anos... parecia que foram segundos... ela tinha e tem uma imensa vontade de viver... de aprender... de percorrer o mundo...
Ela sabe o que quer... mas sabe que sempre quererá mais... é a vida não é?
E, quando eu a vi... achei que iria sorrir... por ter encontrado algo tão bonito, mas pelo contrário... chorei, chorei, chorei...
Desatei em um choro soluçante... duro... difícil...
Mas as lágrimas secaram o que o rio inundou... as coisas ainda estavam meio bagunçadas mas eu decidi colocá-las no lugar.
Agora terei que descobrir cada uma delas... testá-las e ver aquelas que refletem quem eu sou de verdade...
Quem eu sei que eu sou de verdade...
Então... quando eu finalmente me recuperei de mim mesma... de todas as minhas proteções sem sentido eu respirei, como quem estava quase morrendo afogado precisa de ar...
Finalmente encontrei o meu motivo... o mais verdadeiro... para respirar.
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