domingo, 29 de abril de 2012

As oportunidades que não usamos ficaram na esquina que as deixamos.

Não podemos mais retroceder. Aquela esquina pertence ao passado inacessível que temos.

Não podemos mais tocá-lo e, mesmo que pudéssemos, as oportunidades, antes convidativas teriam hoje tons cinza pastéis.

É bem provável que se voltássemos, as esquinas já não seriam as mesmas.

Não podemos acreditar que apenas nós seguimos e que o que deixamos ficou pelo caminho chorando nossa eterna ausência.

Seguimos e tropeçamos em novas possibilidades que nos convidam a abrir espaço ou ignorá-las, mais uma vez.

As escolhas, ou simplesmente escolher deixar é mais do que não se abrir, ou é diferente, é ter se aberto tanto para si e saber o que não se quer.

É perceber que não precisa mais das despedaçadas tortas do mundo porque você já confeita as suas próprias.

É entender, acima de tudo, que não é só porque estavam no nosso caminho que tem o destino de seguir conosco.

Quando é pra seguir, acabamos dando as mãos e, os passos antes desajeitados e descoordenados do início ganham sintonia.

Pode ser que estivesse na esquina, pode ser que nós é que estávamos esperando...

Aí você entende que o caminho em pedaços é exótico. Mas fatiar o seu próprio pedaço, confeitar o seu espaço, pode ser inusitadamente perfeito.

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