As oportunidades que não usamos ficaram na esquina que as deixamos.
Não podemos mais retroceder. Aquela esquina pertence ao passado inacessível que temos.
Não podemos mais tocá-lo e, mesmo que pudéssemos, as oportunidades, antes convidativas teriam hoje tons cinza pastéis.
É bem provável que se voltássemos, as esquinas já não seriam as mesmas.
Não podemos acreditar que apenas nós seguimos e que o que deixamos ficou pelo caminho chorando nossa eterna ausência.
Seguimos e tropeçamos em novas possibilidades que nos convidam a abrir espaço ou ignorá-las, mais uma vez.
As escolhas, ou simplesmente escolher deixar é mais do que não se abrir, ou é diferente, é ter se aberto tanto para si e saber o que não se quer.
É perceber que não precisa mais das despedaçadas tortas do mundo porque você já confeita as suas próprias.
É entender, acima de tudo, que não é só porque estavam no nosso caminho que tem o destino de seguir conosco.
Quando é pra seguir, acabamos dando as mãos e, os passos antes desajeitados e descoordenados do início ganham sintonia.
Pode ser que estivesse na esquina, pode ser que nós é que estávamos esperando...
Aí você entende que o caminho em pedaços é exótico. Mas fatiar o seu próprio pedaço, confeitar o seu espaço, pode ser inusitadamente perfeito.
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