sexta-feira, 14 de outubro de 2011

As nuvens de todas as cores pairam sobre minha cabeça...

Desfocam e ofuscam minha visão.

Desenham, no meu céu, mentiras, que levo como se fossem reais.

Mas, logo depois, de gota em gota, a cena se esvai e eu fico...sem nada.

São tão coloridas as águas que caem... pintam todos os momentos da minha vida.

Não consegui ainda pintar o nosso.

Meu, com você.

Seu comigo.

Porque, por mais que seja real, o que ainda me soa muito esquisito, já vejo o prazo de validade estampado nas palavras e nas bocas.

Nos toques e nos gestos.

Na testa!

Afinal... o que eu deveria esperar então?

Rosas?... outras flores?

Não vi nenhuma semente de sua parte.

Do meu lado, o terreno está preparado enquanto eu, estou imóvel, ainda decidindo o que faço com a terra...se continuo preparando-a para você (nem sei porquê) ou se a destruo e começo um novo jardim, quem sabe mais maduro e mais fértil.

Quem sabe esperando as sementes existentes que não plantem na minha terra as flores que espero.

Talvez essa seja a maior solução a ser encontrada. Aceitar o que há aí, querendo pertencer ao nosso mundo...

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