quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Você já sentiu como se vivesse uma mentira?

Talvez um conto contado à você mesma para o coração continuar batendo?

Já se desiludiu ao perceber que não possui mais o mesmo brilho, os mesmos amigos, o mesmo sorriso?

Já se assustou ao perceber que suas sensações são irreais, apenas suas?

Já deu um nó na garganta perceber que não há ninguém te esperando do outro lado da porta?

Já percebeu que não é especial?

Não é única?

Não é insubstituível?

Já foi ao bar e voltou sozinha, com várias pessoas?

Já teve vontade de não levantar mais, permanecer imóvel, ouvindo uma música qualquer?

Já percebeu que você não faz diferença?
Oh men.

Fazia muito tempo que ela não dedicava um momento à si mesma...

Ela continuou lançando o sorriso na face e fingindo que tudo permanecia bem.

Alguns poucos sabiam que não era verdade.

O desejo à consumia intensamente. Um deseijo carnal, insaciado, insaciável.

Quantas vezes ela recusou-o?

Perdi a conta.

Depois de alguns dias sozinha, bateu a solidão, veio o choro e a máscara caiu instantaneamente.

Não é da carne que ela sente falta.

É do amor.

Do medo de nunca mais saber o que este tal "amor" significa.

Revendo todos os seus caminhos e sabendo que agarrou-se mais uma vez a uma mentira, ela abriu os olhos.

Se percebeu só.

Logo ela, a menina que vivia apaixonada, por tudo e por nada.

Logo ela que sempre acreditou nas metades das laranjas e nos contos de fadas.

Ela sempre precisou deste sentimento. Era seu ideal de vida, viver apaixonada.

Subitamente descobriu-se sem propósito, sem objetivos, sem paixão.

Como reacender o sonho nesta pisciana desiludida com a vida...com si mesma?

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Em certo momento da vida é chegado o momento de amadurecer. Superar nossas dores ou amores e saber lidar com as consequências das nossas escolhas. A minha sensação neste momento é que eu havia trancado esta porta já faz tempo, mas a idéia de me desfazer da chave era muito dolorida. Hoje eu me desfiz desejando a alguém que amo felicidade. E o que mais eu poderia desejar a alguém que amo, senão a felicidade plena, mesmo que não seja com os meus risos? Em um certo momento da vida é hora de parar e repensar no que estamos fazendo dos nossos dias, e lembrar o quanto somos especiais. Fechar os olhos e se colocar novamente em foco. Voltar a escrever e a vivenciar o que há para ser vivenciado. A vida não acabou... Calma, estamos apenas a 26 passos dela, e ainda há muitos passos incontáveis a dar. Feche a porta do seu medo e do passado e dos sonhos que não te deixavam seguir em frente e siga. Jogue fora a chave do seu passado. Há tanta vida pela frente, tanto amor advindo de suas escolhas e pelo fato de você viver o sonho pode ser que esteja descartando o companheirismo e o amor do presente. Viva a sua família, o seu amor, corra atrás dos sonhos e amadureça. Não é fácil. É preciso.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Filho, Não há nada mais gostoso que seu sorriso, mais importante do que ver o seu crescimento dia após dia. Não há nada que me acalente tanto o coração como seus beijos e abraços, não há palavra mais bonita do que quando você diz mamãe. Minha mamãe. Não há momento mais feliz como quando, depois de um dia de trabalho, te vejo e você sorri e me abraça. Não há momento mais único como quando você não aceita o colo de ninguém pois só quer o meu. Não há nada mais engraçado do que quando adivinhamos o que você quer e a gargalhada que você solta, não há alô mais esperado do que o que você solta ao telefone, não há, nesse mundo, colo mais macio que o seu, carinho mais gostoso do que o que você aprendeu a fazer, não há nada que consiga me alegrar tanto quanto apenas te olhar. Filho... A minha vida agora é dedicada a você, os meus planos são para melhorar os seus passos, os meus sonhos passaram a ser você daqui pra frente e o meu desejo é ser a mãe que você merece. Não existe momento mais digno de foto, quando te pego no colo e você, com sono, fica me olhando, nestes momentos relembro da primeira vez que te peguei do colo, na primeira vez que você me olhou, nestas horas eu percebo que pode ter passado 1 ano e meio, mas você ainda é aquele bebezinho...você é o meu pequeno. Não existe nada mais importante na minha vida do que ser sua mãe. Obrigada filho, por todos esses momentos que me fazem ter a certeza do quão abençoada eu sou e de como a vida não é em vão. Que eu consiga te trazer mais sorrisos do que aqueles que você tem me dado. Te amo.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Perto. Lado a lado. E, ao mesmo tempo tão solitários. Cada um em seu canto, esperando sabe-se lá o que. E o que houve com o que os juntou? O que houve com as promessas de amor além do eterno? Por onde ficaram as palavras ditas se não penetraram nos corações aos quais estavam destinados?

Uma solidão que de tão juntos parece insuportável. A imensa vontade de chorar presa a aparência de que está tudo bem. Vamos então brindar e vidrar os olhos na tv. Quem sabe a vida passa mais rápido e pareça menos dolorosa.

O que esperar de quem espera a morte ao invés de encontrar o próprio choro e aceitá-lo. Não é do choro que se tem medo, é claro, é da mudança que vem logo atrás.

Mudar, parece loucura? Estamos tão acostumados a ser isso aí, o que quer que isso aí seja.

Então, vidramos mais uma vez os olhos na tv, aceitamos a preguiça porque não temos disposição para fazer qualquer outra coisa, porque se alguma atitude tivesse que ser tomada seria necessária a força que agora já não possuimos.

Passamos a nos detestar, olhar no espelho e não gostar do que está refletido, passamos a não querer estar mesmo desejavéis para não precisar fazer qualquer outra coisa que não seja olhar pra tv. Passamos a deixar os sonhos de lado. Qual foi a última vez que se sonhou?...Já não se lembra mais. E seus planos?... ficaram para o próximo capítulo, depois que toda a série acabar.

E, acabando, vamos acabando com a gente mesmo.

Não há nada que destrua mais alguém, do que não viver enquanto se vive.

terça-feira, 15 de abril de 2014

Podemos esperar o ideal. O momento certo. O momento perfeito.

O momento onde seremos irrecusáveis, extremamente apaixonantes.

Podemos esperar a hora certa de agir, de correr atrás dos nosso sonhos.

Mas aí, quando chega o grande momento, onde estamos como queremos, o momento já passou.

Adiar os sonhos, as intenções, mesmo que permanecem para nós intactas, não estarão assim para o outro. Ele não esperará a gente decidir que estamos prontos. Ou a gente está ou se prepara para a próxima.

Aí, chegamos naquele momento onde estamos prontos e vazios. Não tem pra quem entregar tamanho planejamento e se vê, ao longe, indo embora o fruto de nosso investimento nos braços de alguém que ao invés de se preparar se entregou no momento certo.

Sorte de quem viveu.

Azar de quem esperou...

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Olhar no espelho.

Não reconhecer os traços que ali estão refletidos.

Tanta coisa mudou por dentro, seria uma utopia acreditar que não mudariam também por fora.

Deixar-se de lado todas às vezes e se ver realmente abandonada ali na frente.

Sentir que aquilo que tanto se criticava, se faz, sem nem saber o motivo, talvez seja uma forma de sobrevivência, talvez de falta de amor próprio.

Olhar em volta e não ter mais mãos ou ouvidos, ombros ou sorrisos, apenas a responsabilidade e a moral inabalável.

Seria talvez uma forma de ficar dizendo "Nossa olha como você foi...Olha o que você fez... Você é um exemplo" e, quem sabe, tentar acreditar nessas palavras que hoje soam tão vazias.

Ganhar uma vez, acredite, não é mérito eterno. São necessárias várias vitórias e, uma delas, é permanecer fiel a si mesmo enquanto tanto se muda.

De qualquer forma hoje não gosto de que vejo. Sejam as bochechas enormes, ou o enorme corpo que antes eu já não gostava.

Aprendi a recomer abobrinha, couve, saladas.

Aprendi a cuidade de mim novamente há três dias e ontem, foi a primeira vez em muito tempo que reaprendi a me escutar.

Eu até ficava pensando "Por que parei de escrever?" Ontem tive a resposta: simplesmente porque parei de me ouvir.

Hoje, ainda não gosto da forma que vejo no espelho.

Mas parei de lamentar a vista...