sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O dia em que te conheci. - Parte 3

...Acordei novamente e simplesmente pensando em você.

E quem vai dizer que não é simples?

Simplicidade é a única coisa que falo.

Simplesmente te ver, mesmo que ao longe.

Apenas mais uma oportunidade de te ver.

Já pedi, milhares de vezes, para a minha mente te esquecer. Ela obedeceu. Mas o meu coração não. E nessa disputa, eu não consigo te esquecer de jeito algum.

Mas eu nem te conheço!

Não sei quais são os seus melhores sorrisos.

Não sei quais foram os seus piores choros.

Te conheço por fora... seus olhos, o brilho dos seus cabelos, as roupas.

Mas qual é seu nome?

Qual haveria de ser seu nome, anjo sem asas...

Anjo que talvez tenha vindo questionar minhas certezas.

Elas parecem tão incertas.

Todo dia, me martela a dúvida: Por que não saí pela porta naquele dia? O que eu poderia ter perdido? O que eu poderia ter ganhado?

Pelos ares ouço vozes. Elas pedem que eu esqueça o passado, esqueça você.

Mas você, passando pela minha janela só construiu sonhos, mudou em segundos meu presente e me fez desejar um futuro... um futuro nosso.

A culpa é minha, de ter me encantado assim por você?

É sua, por ter passado pela minha janela?

A quem devo eu culpar, em vão?

Ah, já sei!

A culpa é do amor...

A culpa é do medo...

A culpa é do medo de amar!

Fui até a janela.

Prometi a mim mesmo que seria a última vez, isso já faz uma semana.

Mas eu não sei porque dessa vez eu acredito.

Abri as cortinas.

Tantas pessoas andam pela rua.

Será que sabem o risco que correm?

Será que você sabe?

Risco? É!

Eu nem ultrapassei minha janela e já perdi meu coração. Imagina se eu ousasse desbravar o mundo. Não voltaria.

Preso em meus pensamentos que percorriam o mundo quase que eu perco de novo a oportunidade de te ver.

Quase!

Linda!

Alguém deveria te dizer isso um dia sabia?

E, por que não eu?

Por que não?

Corri até a porta, coloquei no rosto o meu melhor sorriso, meu coração estava disparado!

Mas eu tinha que, de uma vez por todas, tornar nós dois real.

Abri a porta.

Bateu um vento e junto o medo.

Mas você passava em frente a minha casa, com seu jeito lindo.

Que sorriso!

Isso me encorajou.

Coloquei o pé direito para fora.

Num breve momento quis trazê-lo de novo para dentro de casa, para a minha segurança.

Mas te ver, assim tão perto me encorajou a por o outro pé para fora e, em um momento de loucura, medo, paixão e êxtase, chegar até você.

Você me olhou, com uma cara de assustada, como se eu fosse louco.

E talvez eu seja mesmo.

Mas, finalmente eu consegui dizer.

- Vo... Vo... Você é... Linda!





Continua...

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