Ontem ele se foi, partiu, ninguém soube, ninguém além de mim sentiu. Doeu, como quando alguém arranca um pedaço de nós, eu perdi grande parte dos meu sorrisos, perdi grande parte da minha inocência, ganhei uma enorme responsabilidade e precisei ser forte.
Forte. Era tudo o que eu queria ser, e eu tento, eu escondo as lágrimas, eu aparto as brigas, eu tento ter coerência, mas meu corpo clama cuidado, meu corpo pede socorro e eu adoeço e mesmo assim não percebo como eu sou fraca, como eu preciso de cuidado.
Cuidado. Todos querem que alguém cuide deles, querem que mostrem o quanto são importantes e únicos. Ninguém cuida de si mesmo, ninguém se mostra o quanto é importante, o quanto é único.
Único. Ele era único. Agora ele continua sendo, mas longe de mim... aquilo que dele eu sabia foi enterrado, com algumas poucas flores de importância em cima. Aquilo que eu não conhecia subiu... foi além daqui, foi percorrer novos rumos, conhecer novas essências. Pode ser que ele ainda olhe aqui, pode ser que eu queira acreditar nisso, mas no que acreditar? Daqui pouco tempo sou eu quem me vou. Quem irá perceber? Será que alguém vai sentir? E daí?
E daí?... E daí que eu já não quero mais saber o que pensam ou que acham. Eu aprendi que poucos são amigos. Poucos deixarão flores, assim como poucos estiveram ao seu lado.
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