quarta-feira, 25 de maio de 2011

Confusão

Eu deveria agora estar no meu curso de In Design.

Mas não consigo me mexer.

Não quero sair.

Não quero ficar.



Deveria fingir agora que está tudo bem.

Que nada se quebrou.

Que ninguém me magoou.

Que eu não magoei ninguém.



Deveria continuar com esse lance.

Buscar uma chance.

Tentar outra vez.

Deixar que tentem outra vez.


Mas e quando a gente não quer mais fazer o que se deve?

E quando a gente cansou de ser tratado como nada, como ninguém?

E quando a gente cansou de levar e levar as broncas no lugar de outro alguém?

E quando a gente não quer mais chegar em casa?

E quando tudo que a gente quer é fugir?


Como é que a gente faz?


Quantas amarras nos prendem nesse mundo, onde devemos de?

E como quebrá-las?

Como desarmar os príncipios, as morais e a ética (que mais falta do que tem)?

Por que devemos sempre fingir que está tudo bem?

Porque não podemos chorar?

Porque não podemos nos mostrar fracos?

Porque não podemos fraquejar?

Porque não podemos brigar com os nossos pais?

Porque não podemos querer sair de casa e começar um nova vida?

Porque devemos colocar os sorrisos falsos no rosto só pra convencer aos outros que está tudo bem quando se está desabando por dentro?


Por que ninguém quer ver?

E, algum dia alguém há de querer?


Não sei mais se a morte é um castigo, uma fuga ou uma benção.

Não sei mais se viver é realmente um presente.

Pode ser que seja uma rosa e que esconda nas suas belezas os espinhos.


O que é a família?

Quem são nossos pais?

E avós?

E primos?

E irmãos?


Quem é que somos nós?

2 comentários:

  1. Pra mim o conceito de evoluir parece com.
    Duvide
    Nunca se acomode, pergunte, duvide de tudo.

    Porque as pessoas querem seguir sua vida certa e segura e ensinar isso para seu futuro, mas ficam impressionadas e interessadas na vida nada certinha das novelas da globo.

    Quem é voce? Nem voce mesmo vai responder.

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  2. Pode ser que não consigamos responder... Mas devemos nos preocupar em começar a saber.

    Mesmo que não se chegue a conclusão alguma, precisamos parar de nos anular nesse mundo, onde já não se quer saber das pessoas (individualmente) e sim de como elas podem ajudar o sistema.

    Acho que uma das únicas perguntas, atualmente, que realmente vale a pena buscar a resposta é:

    Quem sou eu?

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